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Aos 13 anos, campeão das Paralímpiadas Escolares treina com a Seleção de tênis de mesa paralímpica


Parte dos integrantes da Seleção Brasileira de tênis de mesa utilizam o Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, para treinos e preparação para as principais competições da modalidade. Em 2020, há um rosto novo entre os atletas experientes. É o de Lucas Arabian, de 13 anos, que foi convidado pelo técnico Raphael Moreira para treinar junto com a Seleção da modalidade.

O mesa-tenista conheceu o esporte há três anos, à convite de um professor em sua escola. Com apenas um ano de idade, ele teve um tumor na medula, que o deixou paraplégico. Lucas participou das Paralímpiadas Escolares pelo Estado de São Paulo em 2018 e 2019 e, nas duas ocasiões, levou o ouro na equipe masculina e no individual. No fim de 2019, foi campeão no Campeonato Brasileiro adulto de tênis de mesa.

"Eu comecei a dar aula para o Lucas quando eu trabalhava em outra instituição, mas o projeto acabou. Ele foi treinando onde dava e o nível dele ficou um pouco melhor. A gente queria acompanhar ele de perto e o convidamos para treinar junto com a gente no período da manhã", comentou Raphael Moreira.

Lucas estudava de manhã mas sua família se mobilizou e procurou uma nova escola para que ele pudesse estudar no período da tarde e participar dos treinos com a Seleção.

"Ele gosta de treinar e de jogar, o que é muito importante, e aprende muito rápido. Qualquer coisa que a gente ensina, ele consegue replicar quase na mesma hora, sem muita explicação. Tenho certeza que o Lucas tem futuro no tênis de mesa porque ele ganhou o Brasileiro adulto competindo com pessoas que têm de carreira o que ele tem de idade."

Para o jovem atleta, mudar de escola não foi um grande problema. Suas aulas começaram nessa semana e ele afirma já ter feito amizades. O que vale mesmo é a experiência de treinar com a Seleção: "Está sendo muito importante para mim. O treino é muito diferente, mais pesado, e eu sinto que nesse mês já evoluí bastante."

E, apesar da pouca idade, os planos para o futuro já foram feitos. "A experiência de treinar com atletas profissionais que já foram para competições internacionais é uma inspiração muito grande para mim. Eu quero continuar treinando e me manter firme, para que o tênis de mesa seja minha profissão".

Foto: Alê Cabral/CPB

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