A Itália é, disparada, o país com maior número de atletas dopados no relatório anual de 2017 divulgado recentemente pela Agência Mundial Antidoping (WADA). É o segundo ano consecutivo que o País da Bota aparece na liderança do ranking.
O documento identificou 1.804 infrações de regra, referentes a 93 esportes com 114 países envolvidos. Os números representam um aumento de 13% em relação a 2016.
A Itália teve um total de 171 casos confirmados, muito à frente da segunda colocada França, que teve 128. Os Estados Unidos completam o "pódio", com 103 violações. O Brasil aparece na quarta colocação com 84 episódios registrados, a frente até mesmo da Rússia, que teve 82.
Por esporte, o fisiculturismo apresentou 266 casos de violação e ultrapassou o atletismo, líder em 2016, que ficou em segundo lugar neste ano com 242 casos; o ciclismo foi o terceiro colocado com 218 relatos.
A inflação na contagem italiana tem uma explicação: foram registrados muitos casos não-analíticos, aqueles que não surgem da detecção de uma substância ou método proibido na amostra de um atleta. As estatísticas mostram que foram 77 os casos não-analíticos registrados contra os italianos.
"O número de casos não analíticos das violações de regras antidoping aumentou cerca de 28% entre 2016 e 2017”, explicou o diretor geral da WADA, Olivier Niggli.
Além de todos estes dados registrados, houve ainda outros 210 casos de violações de atletas italianos excluídos da lista final porque os envolvidos não eram membros de nenhuma federação ou associação esportiva.
"Testes em competição e fora de competição continuam a ser cruciais para a detecção de doping, mas acontecimentos recentes mostraram que as investigações desempenham um papael cada vez mais importante na proteção dos direitos do atletas limpos de todo o mundo”, disse Niggli.
Foto: AP/Sohn
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