O Conselho Mundial de Boxe (WBC) enviou um comunicado alertando o Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre os perigos da presença de profissionais em disputas contra o boxeadores amadores nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Quem for disputar o evento poliesportivo ficará proibido de disputar qualquer evento realizado pela WBC num período de dois anos.
A ideia partiu da Associação Internacional de Boxe (AIBA em inglês), organizadora dos eventos amadores, e recebeu a oposição da WBC antes mesmo do início dos Jogos Olímpicos Rio 2016, alertando dos perigos que essa proposta, caso confirmada, poderia gerar aos boxeadores amadores em lutas contra os profissionais.
"Um lutador de quatro rounds tem características muito diferentes de um campeão de 12 rounds", disse o presidente do WBC, Mauricio Sulaiman. "Existe uma atitude muito diferente entre amadores e profissionais. Além disso, o presidente ressaltou a importância da integridade dos atletas. "Nós do WBC não temos outra agenda além da proteção dos boxeadores".
No Rio 2016, três pugilistas profissionais foram qualificados para lutar, todos eles com mais de 30 anos. Entretanto, nenhum deles conseguiu vencer a competição, nem mesmo o ex-campeão mundial dos médios Hassan N'Dam, de Camarões, que perdeu para o brasileiro Michel Borges na categoria até 81 kg.
Pelos problemas de gestão administrativa e talvez financeira, a AIBA perdeu o direito de sediar a modalidade dentro das Olimpíadas de Tóquio 2020. O torneio será organizado por uma força-tarefa ad-hoc do COI, ligerada pelo presidente da Federação Internacional de Ginástica.
Foto: WBC
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