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Andrew Parsons admite imperfeição do sistema de reclassificações paralímpicas e frisa: 'Temos muito a evoluir'


O presidente da IPC (Comitê Paralímpico Internacional) o brasileiro Andrew Parsons admitiu em entrevista ao site 'globoesporte.com', que o novo sistema de reclassificações paralímpicas, que acabou deixando o nadador André Brasil inelegível , é imperfeito e precisa evoluir muito para deixar o esporte paralímpico mais justo sem perder a inclusividade.

Presente em Lima para acompanhar os jogos Parapan-americanos e para divulgar um acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) do Japão e a Fundação Agito para a segunda edição a renovação de um programa que visa desenvolver o esporte paralímpico em regiões carentes de países da América Latina, Andrew se pronunciou sobre as polêmicas reclassificações:

"A reclassificação é algo que via de regra afeta diretamente todos os atletas. No caso específico do André Brasil, o meu coração fica despedaçado. Se tem alguém que ajudou e apoiou o André Brasil a ser um S10, fui eu. Muitas pessoas sabem que ele me chamou de "papai" durante muitos anos. Mas isso mostra que existe muito a se evoluir no sistema de classificação. [...] Nem sempre a ciência funciona em todas as situações" explicou.

Andrew ainda ressaltou que mesmo sendo brasileiro e próximo a André Brasil por ter sido presidente do Comitê paralímpico brasileiro, não pode interceder por ele e nem pelo mais 12 atletas que ficaram inelegíveis ao redor do mundo. 

"O IPC tem uma governança muito sólida. Temos as nossas instâncias que são independentes entre si, exatamente para que um presidente não seja absoluto. Eu sei que existe a expectativa de um presidente brasileiro resolver problemas de atletas brasileiros, inclusive esse atleta que é tão próximo a mim. Mas para o bem ou para o mau, e a gente entende que essa estrutura de governança é muito sólida, não há, nem que eu quisesse, por respeitar as regras da instituição, enfiar a minha mão e modificar só porque é um atleta brasileiro e inclusive um amigo meu".

Parsons ainda rebateu as críticas do seu vice na CPB e agora presidente, e seu amigo pessoal, Mizael Conrado sobre a mudança da reclassificação  ter sido feita de forma amadora: "Essas mudanças foram anunciadas em setembro de 2017. Foi aprovada pelos comitês dos países em uma assembleia do esporte durante o Mundial do México, em dezembro de 2017. Era um anseio antigo da comunidade da natação, especificamente. Não foi uma decisão do Comitê Internacional. O sistema anterior era baseado nas boas práticas. Esse agora traz mito mais ciência, foi feito em parceria com universidades mundo afora. Claro que temos muito a evoluir" concluiu Parsons, que disse que além do Brasil , dois países europeus fizeram reclamações formais sobre as reclassificações.



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