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Judocas paralímpicos do Brasil conquistam oito medalhas em Mundial nos Estados Unidos


A seleção brasileira de judô para cegos obteve sua melhor participação em Jogos Mundiais de Judô Paralímpico, realizado em Fort Wayne, nos Estados Unidos. Com duas medalhas de prata e seis bronzes, sendo um 3º lugar por equipes, o grupo conseguiu ainda duas quintas e duas sétimas colocações, pontuando com onze dos doze atletas que viajaram.

No primeiro dia subiram ao tatame Karla Cardoso (-52Kg, 7º lugar), Lúcia Araújo e Maria Núbea Lins (-57Kg, ambas com bronze), Thiego Marques (-60Kg, 5º lugar) e Luan Pimentel (-73Kg, 7º lugar). Ontem foi a vez de Alana Maldonado (-70Kg, prata), Rebeca Silva e Meg Emmerich (+70Kg, prata e bronze respectivamente), Harlley Arruda (-81Kg, 5º lugar), Arthur Cavalcanti (-90Kg, bronze) e Antônio Tenório (-100Kg, bronze). Giulia Pereira (-48Kg), de 19 anos, foi a única que não conseguiu pontuação, perdendo na primeira luta.

As finais, protagonizadas por Alana e Rebecca, foram muito disputadas, apesar do ouro não ter vindo para o Brasil. Alana levou a luta para o Golden Score contra a mexicana, última campeã paralímpica, quem havia derrotado no Mundial do ano passado, mas repetindo o último Grand Prix a medalha dourada ficou com o México. Já Rebeca, depois de passar para a final derrotando a italiana campeã do último Grand Prix, encarou a chinesa, campeã mundial da categoria. Apesar da diferença de estatura e experiência das competidoras, a brasileira lutou com coragem ao som das rápidas orientações do técnico Alexandre Garcia e também ficou com a prata.

Para o técnico Jaime Bragança o resultado do Brasil foi muito importante. “Os atletas tiveram um bom desempenho técnico, vencendo importantes lutas. Dos doze participantes apenas um não obteve classificação” e enfatizou “nós somamos muitos pontos aqui e subiremos muitas posições no ranking mundial.”

A competição desse terceiro dia foi por equipes e o Brasil conquistou mais um bronze. Apesar de não computar pontos no ranking, Garcia destacou a importância dessa participação: “é mais uma oportunidade de lutarmos contra adversários diretos e perceber o que ainda podemos melhorar. Alguns desses atletas não havíamos enfrentado no individual, e essa possibilidade de mais algumas lutas nos dá um feedback importante.”

Parte da delegação, composta pelos dois técnicos e nove atletas, segue agora para um intercâmbio nas cidades de Hirosaki e Hamamatso, no Japão. O grupo, que retorna ao Brasil apenas no dia 27, terá o ensejo de, pela terceira vez ao longo do ciclo, se aproximar da realidade que encontrarão no próximo ano durante os Jogos Paralímpicos. Jaime, que seguirá então como Chefe de Missão, destacou ainda que esses períodos de treinamentos têm contribuído de forma bastante significativa para o desenvolvimento dos atletas.

Foto: Divulgação

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