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Em depoimento, ex-governador do Rio diz que cidade comprou votos para sediar os Jogos de 2016


Em depoimento na quinta-feira (5) no Rio de Janeiro, o ex-governador do estado, Sérgio Cabral, admitiu pela primeira vez que que comprou, por US$ 2 milhões, votos que garantiram a escolha da capital fluminense como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

O depoimento fez parte de um pedido da defesa do ex-governador, que pretende colaborar com as investigações da Operação Unfair Play. Ele afirmou que o ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, indicou o então presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), Lamine Diack, como intermediário da negociata.

Além de Cabral e de Nuzman, o ex-diretor do COB Leonardo Gryner e o empresário Arthur Soares Filho, conhecido como Rei Arthur, foram denunciados por corrupção devido à suspeita de compra de votos. As defesas negam. Lamine Diack e o filho dele, Papa, são acusados de intermediar o pagamento de US$ 2 milhões. 

No depoimento, Cabral disse que o ex-presidente Lula e o ex-prefeito Eduardo Paes não participaram do esquema, mas sabiam da propina.

Foram mencionados ainda dois nomes de ex-atletas, atuais dirigentes, como votos que foram comprados: o ex-campeão olímpico no salto com vara, o ucraniano Sergey Bubka e o ex-campeão olímpico da natação, o russo Alexander Popov.

Lula se manifestou através de sua assessoria e disse que "É inverídica e sem provas a referência feita ao ex-presidente Lula pelo ex-governador Sergio Cabral". A assessoria de Paes também se manifestou e falou que: "no depoimento dado hoje, o Sr. Sérgio Cabral disse, com todas as letras, que Eduardo Paes não participou de qualquer esquema de compra de votos. Eduardo Paes reafirma, ainda, que nunca soube da existência do referido esquema.”

Nesta sexta-feira 6, Bubka e Popov se manifestaram sobre a acusação. Atual presidente da, IAAF, Bubka negou a acusação no seu perfil no Twitter, falando que irá contatar Lamine Diack, através de seus advogados, para explicar as acusações de Cabral e disse ainda que irá utilizar de todos os meios legais para garantir os seus direitos.

Popov também se manifestou e disse que  "Para a grande pena da cidade do Rio e do ex-governador Sérgio Cabral, estou pronto a oficialmente declarar que, em primeiro lugar, não votei pelo Rio de Janeiro e, em segundo lugar, não participei de nenhuma negociação."

O Comitê Olímpico Internacional também se manifestou, e disse que o comitê de ética já entrar em contato com os membros citados na acusação.

Com informações de: G1 e UOL
Foto: Divulgação


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