A principal competição do vôlei de praia em 2019 começa a partir
desta sexta-feira (28.06), em Hamburgo (Alemanha), com todos os olhares
voltados para a disputa envolvendo 96 times. O Campeonato Mundial, que
acontece a cada dois anos, é o torneio que oferece a maior pontuação na
corrida olímpica e terá a presença de oito duplas brasileiras, que
buscam manter a hegemonia – o país é o maior vencedor do torneio.
Além da glória de anotar o nome no hall de vencedores do Campeonato
Mundial, o torneio pode ser fundamental aos times brasileiros na disputa
por uma vaga aos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Enquanto uma etapa
quatro estrelas rende 800 pontos aos campeões, na disputa em Hamburgo a
primeira posição dará 1.000 pontos (veja a tabela de pontos em anexo).
No Circuito Mundial, os eventos são definidos pelo número de
estrelas, indo de um até cinco. Mas na corrida olímpica brasileira,
apenas os eventos de quatro e cinco estrelas, além do Campeonato
Mundial, são contabilizados, cada um com peso correspondente. Os times
descartam as piores participações, fazendo uma média dos 10 melhores
resultados.
Maior vencedor de Mundiais ainda em atividade entre os homens, com
dois títulos (Emanuel, já aposentado, possui três), Alison comentou
sobre a importância de manter a ‘fome’ de conquistas e destacou a
importância da comissão técnica no projeto visando 2020.
“A verdade é que você não pode parar de evoluir. É fácil chegar ao
topo e pensar que não há nada mais para aprender ou evoluir, mas esse é o
primeiro passo antes de cair. Eu estou muito agradecido por ter um
grande time e um parceiro incrível que me empurra na direção certa todos
os dias. Nada dura para sempre e mesmo que tenha vivido coisas tão
especiais, tento deixar isso de lado e focar nos próximos objetivos”,
declarou.
No naipe masculino, o Brasil será representado por Alison/Álvaro
Filho (ES/PB), André Stein/George (ES/PB), Evandro/Bruno Schmidt (RJ/DF)
e Pedro Solberg/Vitor Felipe (RJ/PB). No feminino, Ágatha/Duda (PR/SE),
Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE), Carol Solberg/Maria Elisa (RJ) e Fernanda
Berti/Bárbara Seixas (RJ) defendem o Brasil.
A fase de grupos conta com 48 times em cada naipe, divididos em 12
grupos com quatro duplas. Eles jogam entre si e os primeiros e segundos
avançam aos playoffs, assim como os quatro melhores terceiros colocados.
Os outros oito terceiros colocados disputam uma rodada eliminatória
chamada Lucky Looser, com os vencedores também avançando ao mata-mata,
totalizando 32 times. A competição segue em formato eliminatório com
round 1, oitavas de final, quartas de final, semifinais e disputas de
bronze e ouro.
O torneio será realizado pela primeira vez na história em Hamburgo. A
Alemanha já havia sediado a competição em 2005, mas com o torneio
baseado na capital Berlim.
Somando os naipes masculino e feminino, o Brasil soma 12 medalhas de
ouro, nove de prata e dez de bronze nas 11 edições realizadas. Brasil
contra Estados Unidos foi a final mais repetida na história, tendo
acontecido em sete oportunidades. O Campeonato Mundial é o principal
torneio da temporada, com uma premiação total de 1 milhão de dólares
(500 mil para cada naipe) e a maior pontuação ao ranking da temporada.
A corrida olímpica que define as duplas brasileiras acontece em
paralelo com a disputa para assegurar a vaga do país, que segue as
regras da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Cada nação pode
ser representada por, no máximo, duas duplas em cada naipe.
Os países possuem quatro maneiras de garantir a vaga: vencendo o
Campeonato Mundial 2019; sendo finalistas do Classificatório Olímpico,
que será disputado na China, também em 2019; estando entre as 15
melhores duplas do ranking olímpico internacional; vencendo uma das
edições da Continental Cup (América do Norte, América do Sul, África,
Ásia e Europa). O Japão, sede, tem uma dupla em cada naipe já garantida.
Foto: FIVB
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