Últimas Notícias

Guia da Copa do Mundo de Futebol Feminino 2019 - Grupo A


FRANÇA



Ranking da FIFA: 4° lugar

Histórico em Copas
1991, 1995, 1999, 2007: Não Classificada 
2003: Fase de Grupos 
2011: Quarto Lugar 
2015: Quartas de Final 

Primeira Fase 
7 de Junho: França x Coreia do Sul (16h; Parc des Princes, Paris) 
12 de Junho: França x Noruega (16h; Allianz Riviera, Nice) 
17 de Junho: Nigéria x França (16h; Roazhon Park, Rennes) 


Time Base: Sarah Bouhaddi; Ève Perisset, Griedge Mbock-Bathy, Wendie Renard, Amel Majri; Amandine Henry, Élise Bussaglia; Kadidiatou Diani, Gaëtane Thiney, Delphine Cascarino; Eugénie Le Sommer. 

O time francês se destaque pelo seu setor defensivo com boa estatura, controle no meio campo e atacantes móveis. Pode-se notabilizar também grande movimentação e rotatividade, elenco com excelentes opções no banco de reservas. Como pontos negativos, temos uma goleira titular bem irregular e laterais que sobem demais ao ataque, deixando muitos espaços nos corredores. Chegar à grande decisão, em casa, é o principal objetivo dessa seleção francesa que tem batido na trave nas últimas competições.

Craque - Wendie Renard: É o principal nome desse time. Zagueira, capitã e líder dentro de campo, se notabiliza por sua imponente estatura, saída de bola e sobretudo seu papel como capitã dentro de campo. Multicampeã com o Lyon, terá boas chances de chegar a uma conquista com sua seleção nesse mundial. Renard vem de uma conquista recente de Liga dos Campeões da Europa com o Lyon, clube onde também veste a braçadeira. 


Fique de Olho - Delphine Cascarino: Uma ponta extremamente habilidosa e que tem feito excelentes partidas com a camisa do Lyon nessa temporada. Veloz e com muitos recursos técnicos dentro de campo, é uma das esperanças da equipe para a Copa do Mundo.

Técnica - Corinne Diacre: É a treinadora que tem como objetivo guiar a seleção francesa a uma campanha de destaque no mundial. Ex-jogadora, foi a primeira a treinar a equipe masculina do Clermont, na Ligue 2. Apreciadora da rotatividade em seus elencos e de relativa variação tática, Diacre gosta de equipes ofensivas, explorando ao máximo o potencial de suas convocadas.


Convocação Final:

Goleiras: 1-Solène Durand (Guingamp), 16-Sarah Bouhaddi (Lyon), 21-Pauline Peyraud-Magnin (Arsenal-ING);

Defensoras: 2-Ève Périsset (PSG), 3-Wendie Renard (Lyon), 4-Marion Torrent (Montpellier), 5-Aïssatou Tounkara (Atlético de Madrid-ESP), 7-Sakina Karchaoui (Montpellier), 10-Amel Majri (Lyon), 19-Griedge Mbock Bathy (Lyon), 22-Julie Debever (Guingamp);

Meio Campistas: 6-Amandine Henry (Lyon), 8-Grace Geyoro (PSG), 14-Charlotte Bilbault (Paris FC), 15-Élise Bussaglia (Dijon), 17-Gaëtane Thiney (Paris FC), 23-Maéva Clemaron (FC Fleury 91);

Atacantes: 9-Eugénie Le Sommer (Lyon), 11-Kadidiatou Diani (PSG), 12-Emelyne Laurent (Guingamp), 13-Valérie Gauvin (Montpellier), 18-Viviane Asseyi (Bordeaux), 20-Delphine Cascarino (Lyon).



COREIA DO SUL


Ranking da FIFA: 14° lugar

Histórico em Copas
1991, 1995, 1999, 2007, 2001: Não Classificada 
2003: Fase de Grupos 
2015: Oitavas de Final 

Primeira Fase 
7 de Junho: França x Coreia do Sul (16h; Parc des Princes, Paris) 
12 de Junho: Nigéria x Coreia do Sul (10h; Stade des Alpes, Grenoble) 
17 de Junho: Coreia do Sul x Noruega (16h; Stade Auguste-Delaune, Reims) 


Time Base: Kang Ga-ae; Kim Hye-ri, Kim Do-yeon, Lim Seon-joo, Lee Eun-mi; Cho So-hyun; Kang Yu-mi, Lee Min-a, Ji So-yun, Lee Geum-min; Yeo Min-ji.


O meio campo é o setor mais qualificado do time. O tridente formado por Cho So-hyun, Ji So-yun e Lee Min-a é forte, possui bom entendimento e dificilmente vai ser mexido durante o mundial por opção técnica. As três jogadoras dão combatividade, qualidade técnica e ótima chegada ao ataque além da imprevisibilidade, já que todas possuem bom recurso para ajudar na criação dos lances ofensivos e aparecer na frente para finalizar de fora da área. A indefinição maior se dá sobre as jogadoras a ocuparem as vagas de meias laterais. Nomes interessantes e experientes como Kang Yu-mi e Lee Geum-min são as mais cotadas, mas até mesmo a jovem Son Hwa-yeon pode ganhar seu espaço já que vem de boas atuações pela seleção principal. A defesa conta com a experiência de nomes como Kim Hye-ri, Lee Eun-mi e Lim Seon-joo, todas com boa experiência em torneios internacionais. Shin Dam-yeong, que atua preferencialmente no meio da defesa mas também pode aparecer como volante, é outra aposta para manter a experiência no setor coreano. Uma perda importante é a goleira Kim Jung-mi. A atleta de 34 anos foi titular no último mundial e perderá a Copa do Mundo por conta de uma lesão no tendão de Aquiles sofrida no meio de Maio.

O centro do ataque parece ser o setor onde a seleção mais carece de peças. Jung Seol-bin vem jogando por ali mas fica claro que atua melhor quando recuada em uma das pontas. A falta de alguém para definir os lances ofensivos é um problema que já vem de alguns anos. A promissora Yeo Min-ji, artilheira nas seleções de base e bola de ouro da FIFA no Mundial Sub-17 de 2010, convive com problemas físicos que a impedem de ter uma sequência maior dentro do time. Se conseguir se livrar deles, é quem larga na frente para assumir o posto. Em torneio preparatório realizado na China no começo do ano, chegou a marcar contra a Romênia. Outra que aproveitou muito bem os torneios preparatórios foi a meio campista Moon Mira. Em competição recente na Austrália, a atleta marcou gols, mostrou boa técnica e velocidade e se tornou uma das atletas a se ficar de olho. Inicialmente cotada a iniciar a campanha no banco de reservas, pode aparecer como bom trunfo para a sequência das partidas.


Craque - Ji So-yun: Um dos grandes nomes do futebol inglês desde que chegou ao Chelsea, Ji é a referência técnica e grande responsável pelo toque diferenciado no meio campo sul-coreano. Ainda que seja a maior artilheira da história da seleção, a camisa 10 vem mudando sua forma de atuar nos últimos anos, buscando mais a bola no centro do campo e ajudando na saída de bola. Desta maneira, participa mais do jogo e se torna mais perigosa aos adversários. Ainda assim, fui utilizada como atacante em torneio recente e não fez feio. Em exibições contra Nova Zelândia, Argentina e Austrália neste ano, mostrou porque é a grande referência técnica da equipe e marcou dois belos gols. Ji tem a experiência de um terceiro lugar em uma Copa do Mundo Sub-20 (em 2010) e um mundial principal, tendo disputado o do Canadá quatro anos atrás. Na ocasião, marcou no empate por 2x2 contra a Costa Rica em uma partida que se tornou crucial para que as sul-coreanas atingissem as oitavas-de-final da competição. 

Fique de Olho - Lee Min-a: Assim como Ji, atua fora do futebol sul-coreano e vem conseguindo destaque. Também fez parte da geração que terminou em terceiro lugar na Copa do Mundo Sub-20 em 2010, deixando claro que teria uma longa carreira internacional pela frente. Com mais chegada ao ataque do que a época, é quem auxilia Ji So-yun na armação das jogadas ofensivas pelo centro. Possui boa finalização de fora da área e se destaca também nos passes longos buscando a velocidade das pontas. Lee foi eleita a melhor jogadora do país no ano de 2017, quando defendia o Incheon Hyundai Steel Red Angels. Durante a temporada, a meio campo marcou 14 gols e deu 10 assistências em 28 partidas. Seu desempenho chamou a atenção do japonês INAC Kobe Leonessa, clube que defende até o atual momento. Num jogo que se desenha complicado contra a França, é quem deve aparecer ao lado de Ji para a armação de algum contra-ataque.


Técnico - Yoon Deok-yeo: Desde 2013 à frente da seleção nacional, tem na bagagem duas classificações a mundiais, participando também da edição realizada no Canadá quatro anos atrás. Yoon foi um defensor importante dentro do futebol sul-coreano, tendo representado a seleção do país na Copa do Mundo de 1990. Se aposentou jovem, aos 32 anos, para começar a treinar equipes masculinas de Pohang, inclusive o famoso Pohang Steelers entre os anos de 1996 e 1999. Passou também por Ulsan Hyundai e Gyeongnam FC antes de virar coordenador técnico do Chunnam Dragons em 2012. A Coreia do Sul é a primeira experiência do treinador dentro do futebol feminino mas a segunda à frente da seleção nacional, tendo dirigido o time masculino Sub-17 por dois anos (entre 2001 e 2003). É quem está há mais tempo no cargo entre as nações asiáticas classificadas à atual Copa do Mundo.

Convocação Final

Goleiras: 1-Kang Ga-ae (Gumi Sportstoto), 18-Kim Min-jung (Hyundai Steel Red Angels), 21-Jung Bo-ram (Hwacheon KSPO); 

Defensoras: 2-Lee Eun-mi (Suwon UDC), 3-Jeong Yeong-a (Gyeongju KHNP WFC), 4-Hwang Bo-ram (Icheon Daekyo WFC), 5-Kim Do-yeon (Incheon Hyundai Steel Red Angels), 6-Lim Seon-joo (Incheon Hyundai Steel Red Angels), 14-Shin Dam-yeong (Suwon UDC),16-Jang Sel-gi (Incheon Hyundai Steel Red Angels), 20-Kim Hye-ri (Incheon Hyundai Steel Red Angels); 

Meio Campistas: 7-Lee Min-a (INAC Kobe Leonessa-JPN), 8-Cho So-hyun (West Ham-ING), 9-Moon Mira (Suwon UDC WFC), 12-Kang Yu-mi (Hwacheon KSPO), 15-Lee Young-ju (Incheon Hyundai Steel Red Angels), 19-Lee So-dam (Incheon Hyundai Steel Red Angels), 23-Kang Chae-rim (Hyundai Steel Red Angels); 

Atacantes: 10-Ji So-yun (Chelsea-ING), 11-Jung Seol-bin (Incheon Hyundai Steel Red Angels), 13-Yeo Min-ji (Gumi Sportstoto), 17-Lee Geum-min (Gyeongju KHNP), 22-Son Hwa-yeon (Changnyeong).


NORUEGA


Ranking da FIFA: 12° lugar

Histórico em Copas
1991: Segundo Lugar 
1995: Campeã 
1999, 2007: Quarto Lugar 
2003: Quartas de Final 
2011: Fase de Grupos 
2015: Oitavas de Final 

Primeira Fase 
8 de Junho: Noruega x Nigéria (16h; Stade Auguste-Delaune, Reims) 
12 de Junho: França x Noruega (16h; Allianz Riviera, Nice) 
17 de Junho: Coreia do Sul x Noruega (16h; Stade Auguste-Delaune, Reims) 

Time Base: Ingrid Hjelsmeth; Synne Hansen, Maria Thorisdóttir, Maren Mjelde, Kristine Minde; Vilde Risa, Ingrid Engen, Guro Reiten, Emilie Haavi; Caroline Graham Hansen, Isabell Herlovsen. 

Uma das escolas mais tradicionais do futebol feminino, a Noruega buscará reencontrar o bom futebol nesse mundial após passar por problemas extracampo na última Eurocopa, sobretudo com a “aposentadoria” de sua principal jogadora, Ada Hegerberg. O sistema defensivo tem boa estatura, pontas com velocidade e criativas, além de uma dupla de ataque bem complementar, onde Hansen faz uma função de atacante flutuando entre o meio campo e a centroavante Herlovsen. O time tem boas chances de passar como segundo colocado do grupo e tem como meta chegar pelo menos as quartas de final.

Craque - Caroline Graham Hansen: É o grande destaque desse time. Pilar ofensivo durante o tempo de Wolfsburg, Hansen tem visão de jogo, inteligência tática e bom chute de média/curta distância. Podendo jogar como meia armadora ou ponta por qualquer lado, seu principal ponto negativo refere-se a sua regularidade e as frequentes lesões, que a tiraram da Copa em 2015. Após a Copa, a norueguesa defenderá o atual vice-campeão europeu Barcelona em transferência confirmada ainda no final de Maio. 

Fique de Olho - Frida Maanum: É uma meio campista de 19 anos que atua no Linkoping, clube sueco. Podendo jogar como primeira volante e até como zagueira se necessário, já chama a atenção por sua qualidade na saída de bola. Já chama a atenção de alguns clubes das principais ligas europeias.

Técnico - Martin Sjögren: Foi o responsável por guiar o Linkoping ao título sueco, tendo a dinamarquesa Pernille Harder como grande destaque da equipe. Apesar dos problemas de relacionamento com Ada Hegerberg, o treinador sueco se notabiliza por montar boas defesas e explorar principalmente as bolas paradas, além de pontas velozes e uma atacante fixa.

Convocação Final:

Goleiras: 1-Ingrid Hjelmseth (Stabaek IF), 12-Cecilie Fiskerstrand (LSK Kvinner FK), 23-Oda Bogstad (Arna Bjornar);

Defensoras: 2-Ingrid Wold (LSK Kvinner FK), 3-Maria Thorisdóttir (Chelsea-ING), 4-Stine Hovland (IL Sandviken), 5-Synne Hansen (LSK Kvinner FK), 6-Maren Mjelde (Chelsea-ING), 17-Kristine Minde (VfL Wolfsburg-ALE), 19-Cecilie Redisch Kvamme (IL Sandviken);

Meio Campistas: 8-Vilde Boe Risa (Kopparbergs/Göteborg-SUE), 13-Therese Asland (LSK Kvinner FK), 14-Ingrid Engen (LSK Kvinner FK), 15-Amalie Eikeland (IL Sandviken), 16-Guro Reiten (LSK Kvinner FK), 18-Frida Maanum (Linköpings FC-SUE), 20-Emilie Haavi (LSK Kvinner FK), 21-Karina Saevik (Kolbotn);

Atacantes: 7-Elise Thorsnes (LSK Kvinner FK), 9-Isabell Herlovsen (Kolbotn), 10-Caroline Graham Hansen (VfL Wolfsburg-ALE), 11-Lisa-Marie Utland (FC Rosengard-SUE), 22-Emilie Nautnes (Arna-Bjornar).


NIGÉRIA 


Ranking da FIFA: 38° lugar


Histórico em Copas
1991, 1995, 2003, 2007, 2011, 2015: Fase de Grupos 
1999: Quartas de Final

Primeira Fase 
8 de Junho: Noruega x Nigéria (16h; Stade Auguste-Delaune, Reims) 
12 de Junho: Nigéria x Coreia do Sul (10h; Stade des Alpes, Grenoble) 
17 de Junho: Nigéria x França (16h; Roazhon Park, Rennes) 

Time Base: Tochukwu Oluehi; Osinachi Ohale, Faith Michael, Onome Ebi, Ngozi Ebere; Ngozi Okobi, Halimatu Ayinde, Rita Chikwelu; Asisat Oshoala, Desire Oparanozie, Francisca Ordega.

Com uma das escalações mais experientes do atual mundial, a Nigéria espera que a alta rodagem faça a diferença em um grupo que conta com a dona da casa França mas não possui um segundo time que prevaleça sobre os demais. O ataque é o ponto mais forte, especialmente com a velocidade de Asisat Oshoala pelos lados e o oportunismo da dupla Ordega e Oparanozie. Bem móvel, o setor conta com a frequente troca de posições dessas três atletas. Outras opções para essa faixa do campo são as jovens Rasheedat Ajibade, fundamental na campanha nigeriana no Mundial Sub-20 do ano passado, e Chinwendu Ihezuo, polivalmente meia que já atuou até mesmo como ala dentro da seleção. Como as quatro defensoras ficam mais presas, as três atuam soltas e sem tanta responsabilidade na recomposição ao meio campo. O 4-3-3 é o esquema preferido, mas contra seleções mais fortes o povoamento de defesa e meio campo é uma opção, com o 3-5-2 podendo aparecer.

O meio campo é forte e também conta com boas peças para marcação e qualidade no toque de bola. Geralmente a saída de bola se dá com Halimatu Ayinde, mas Ngozi Okobi e até mesmo Rita Chikwelu, que se caracteriza por ter uma aproximação perigosa à área adversária e muitas vezes no passado foi a armadora principal nigeriana, aparecem ali. Além dessa qualidade na chegada ao campo defensivo rival, outro aspecto importante para a seleção é a imposição. As três são fortes fisicamente e possuem um fôlego invejável. Amarachi Okoronkwo, também de boa experiência internacional, é outra opção para compor o meio campo da Nigéria e tem a força como virtude principal. Muito pela característica altamente acanhada da linha defensiva, são as três meio campistas quem mais se aproximam do trio de frente para a criação dos lances ofensivos. As laterais dificilmente aparecem no ataque em jogadas de bola rolando, subindo à área rival apenas em lances aéreos. Lá, tanto elas quanto as duas zagueiras podem fazer a diferença. 

Craque - Asisat Oshoala: Fundamental para o bom funcionamento do setor ofensivo, é a atleta imprevisível do setor de frente. Se suas duas companheiras tem como principal característica o faro de gol, Oshoala é quem constroi boa parte dos ataques e dá a velocidade que a transição meio campo/ataque exige. Podendo jogar tanto pelo lado esquerdo quanto pelo direito, foi peça importante no bicampeonato nacional do Dalian Quanjian, clube chinês que defendeu nas duas últimas temporadas antes de se transferir em definitivo para o Barcelona-ESP. A atacante também teve passagem marcante na Inglaterra, onde defendeu clubes importantes como Liverpool e Arsenal antes de rumar à Ásia. Por esse primeiro, chegou a receber o prêmio de melhor atleta do ano de 2015 pela BBC em briga que envolvia apenas jogadoras que atuavam na Grã-Bretanha. Dentro da seleção, foi peça fundamental nos títulos do Campeonato Africano em 2016 e 2018, além de ter sido vice-artilheira e melhor jogadora do torneio na campanha de 2014, ano em que mais uma vez o título ficou em solo nigeriano. O detalhe é que esse foi seu primeiro torneio pela seleção principal. Demonstrando toda a qualidade que iria mostrar nos anos seguintes, não sentiu a pressão de guiar a seleção (como armadora à época) mesmo com somente 20 anos. 

Fique de Olho - Rasheedat Ajibade: Eleita pela federação local a melhor jogadora jovem do país em 2018, a atacante deve começar a competição no banco de reservas já que a concorrência é pesada no setor mais produtivo do time. De qualquer forma, tem tudo para aparecer no andamento das partidas e renovar velocidade e presença de área no conjunto nigeriano. No Mundial Sub-20 realizado na França em 2018, Ajibade foi o principal nome do ataque africano e deixou sua marca no 1x0 contra o Haiti que selou a classificação da Nigéria para a fase final no difícil grupo que ainda contava com China e Alemanha. Brilhando dentro da seleção desde o Sub-17, chamou a atenção de Thomas Dennerby desde o princípio. O sueco já a utiliza em torneios da seleção principal, tendo marcado presença no elenco campeão da Copa das Nações Africanas realizada no ano passado. Apesar das poucas oportunidades no time de cima, Ajibade é vista como uma atleta para o futuro e um dos grandes nomes para a renovação que deve acontecer no futebol feminino do país dentro dos próximos anos. 

Técnico - Thomas Dennerby: Um ex-meio campista e chefe de polícia, o sueco assumiu o comando da seleção principal no ano passado e já ganhou prestígio dentro do país após o título da Copa Africana das Nações conquistado nos pênaltis contra a África do Sul após eliminar a rival equipe de Camarões na semifinal. Muito experiente, esteve no comando da seleção feminina da Suécia durante 2005 e 2012, tendo participado dos mundiais de 2007 e 2011 além dos Jogos Olímpicos de Pequim (2008) e Londres (2012) durante esse período. Dennerby foi campeão nacional com o time masculino do Hammarby IF, clube que também defendeu enquanto jogador, em 2001. E, apesar de não ter conquistado títulos com a seleção nórdica feminina, venceu a Liga Feminina (Damallsvenskan) com o Djugarden/Älvsjö pouco antes de assumir o comando técnico do time nacional. Terá pela frente logo na primeira fase a dona da casa França, país que venceu na Copa do Mundo de 2011 na disputa do terceiro lugar.

Convocação Final

Goleiras: 1-Tuchukwu Oluehi (River Angels), 16-Chiamaka Nnadozie (River Angels), 21-Alaba Jonathan (Bayelsa Queens);

Defensoras: 3-Osinachi Ohale (Växjö DFF-SUE), 4-Ngozi Ebere (Arna Bjornar-NOR), 5-Onome Ebi (Henan-CHN), 14-Faith Michael (Pitea IF-SUE), 20-Chidinma Okeke (FC Robo);

Meio Campistas: 2-Amarachi Okoronkwo (Nassarawa Amazons), 6-Evelyn Nwabuoku (River Angels), 10-Rita Chikwelu (Kristianstads DFF-SUE), 11-Chinaza Uchendu (SC Braga-POR), 13-Ngozi Okobi (Eskilstuna United DFF-SUE), 15-Rasheedat Ajibade (Avaldsnes IL-NOR), 18-Halimatu Ayinde (Eskilstuna United DFF-SUE), 23-Ogonna Chukwudi (Djurgardens IF-SUE);

Atacantes: 7-Anam Imo (FC Rosengard-SUE), 8-Asisat Oshoala (Barcelona-ESP), 9-Desire Oparanozie (EA Guingamp-FRA), 12-Uchenna Kanu (Southeastern Fire-EUA), 17-Francisca Ordega (Shanghai-CHN), 19-Chinwendu Ihezuo (Henan-CHN), 22-Alice Ogebe (River Angels).


0 Comentários

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar