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COB socorre e seleção feminina de nado artístico terá uniformes para o Pan após fazer 'vaquinha' online


Diante da crise financeira da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), as atletas da seleção brasileira de nado artístico lançaram uma "vaquinha" virtual para arrecadar fundos para a compra de uniformes específicos para competirem no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de Gwangju, na Coreia do Sul, em julho, e nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, em agosto.

Mas a tentativa de angariar fundos foi interrompida graças a uma ajuda do COB (Comitê Olímpico do Brasil), que vai custear o material para a equipe feminina).

No site da campanha (www.kickante.com.br/campanhas/uniforme-selecao-brasileira), lançado nesta semana, as selecionáveis afirmam que os "maiôs de competição são muito específicos e, infelizmente, não conseguimos nenhum patrocínio para custeá-los". Em seguida, elas dizem que estão "em busca de mais uma medalha para o nosso país e precisamos muito da ajuda de todos".

Até a manhã de sexta-feira, o grupo - que se autodenomina "sincrobrasil" e tem uma página no Instagram com o mesmo nome - havia arrecadado R$ 1.510 dos R$ 16 mil pretendidos, advindos de 12 doadores. Ele encerrou a campanha após o socorro do COB.

"A gente está em treinamento para o Mundial e o Pan e, como o nado sincronizado é um esporte muito artístico, usa um maiô diferenciado para competir. Ele é mais caro do que um maiô normal de treino. Esse ano, não conseguimos verba para os maiôs. Com isso, tentamos arranjar maneiras de conseguir dinheiro e uma delas foi por meio desse site de arrecadação" afirmou Maria Eduarda Miccuci, atleta da seleção e uma das idealizadoras da campanha, ao GloboEsporte.com antes de encerrada a "vaquinha" online.

Segundo a nadadora de 23 anos, a CBDA se ocupou de custos como passagens aéreas, hospedagem e alimentação para o Mundial - o COB já ia bancar a operação para o Pan de Lima. Mas, dada a escassez de recursos por estar sem patrocínio no momento, não conseguiu pagar uniformes para o time de nado artístico.

"Nós estamos sempre em contato com a CBDA. Na verdade, a prioridade da confederação é em relação à passagem, hospedagem, alimentação e etc. Isso tudo já está sendo bancado, não é nada por nossa conta. O caso do maiô foi o único que ficou fora da verba" comentou.

Duda, como é mais conhecida no esporte, disse que é a segunda temporada que a entidade não fornece material para as apresentações.

A reportagem entrou em contato com a CBDA, que compartilhou posicionamento do COB. O comitê olímpico nacional ofereceu às confederações possibilidade de usar uniformes de competição confeccionados pelo seu fornecedor oficial - a marca chinesa Peak. A CBDA, porém, declinou da oferta para tentar buscar um fornecedor próprio.

Além de Duda, Giovana Stephan, Lorena Molinos, Maria Clara Lobo, Gabriela Regly, Laura Miccuci, Jullia Catharino, Vitória Cazali e Rebecca Rodrigues fazem parte da seleção. Duda disse que ter uma vestimenta de primeira linha ajuda na confiança e a impressionar os árbitros.

"Os maiôs são diferentes porque são cheio de brilhos, para aparecer bastante dentro da água e de longe. E são feitos normalmente de acordo com o tema da coreografia, por isso só algumas pessoas específicas que conseguem fazer o maiô" afirmou.

A seleção feminina treina seis vezes por semana, por até seis horas diárias, em preparação para o Mundial e o Pan. Em março, a equipe disputou uma competição de aquecimento na França. Apesar das dificuldades, a expectativa é positiva para os dois eventos.

"Estamos muito animadas. Ainda mais porque a equipe não foi ao último Mundial, então estamos querendo aparecer com tudo e conseguir uma vaga na final. E o Mundial é logo antes do Pan, então temos que ir muito bem para chegar com moral ao Pan e conquistar de novo uma medalha" concluiu Duda.

foto: Sátiro Sodré/ SS Press/CBDA
Com informações de globoesporte.com

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