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Grand Slam de Judô - Etapa de Paris - Dia 1: Brasil sai sem medalhas

O Grand Slam de Paris reservou uma disputa direta entre as brasileiras aspirantes à vaga olímpica. Porém, em uma competição acirrada, ninguém se sobressaiu e a melhor campanha ficou por conta da campeã olímpica Rafaela Silva, que disputou a medalha de bronze, sendo, no entanto, superada pela sul-coreana Jisu Kim e ficando em quinto lugar. Rafaela chegou a estar em vantagem de um waza-ari no início da luta, mas cedeu às investidas de Kim, que conseguiu dois waza-ari para ficar com a medalha. 

Rafa chegou como uma das cabeças-de-chave na competição e fez valer o favoritismo nos primeiros combates, superando Wen Zhang, da China, e Diana Dzhigaros, da Rússia, por ippon nas preliminares. 

O único revés veio nas quartas-de-final diante da mongol Enkhriilen Lkhagvatogoo. A brasileira chegou a colocar duas punições de vantagem, mas sofreu um waza-ari no golden score e foi para a repescagem. 

Para continuar na briga por medalha, ela precisou encarar a pressão da torcida francesa por Automne Pavia, bronze em Londres 2012, e não decepcionou. Pontuou com um waza-ari e administrou a vantagem até o fim para garantir seu lugar no bloco final. 

Dois sétimos interessantíssimos, com Larissa Pimenta e Eleudis Valentim no -52kg, categoria em crise, já que Érika Miranda se aposentou e Jéssica Pereira, sua substituta direta, foi pega no doping.

Além de Rafaela, outras duas brasileiras chegaram às repescagens de suas categorias, ambas no meio-leve (52kg). Estreante em etapas de Grand Slam e caçula da equipe, Larissa Pimenta, de 19 anos, não se intimidou diante de adversárias mais experientes e estreou em Paris com duas vitórias por ippon nas preliminares, derrotando Evelyne Tschopp, da Suíça, e Yangying Wu, da China. Caiu nas quartas imobilizada por Nina Esteo Linne, da Espanha, e na repescagem contra Astride Gneto, da França, nas punições (3-1).

Mesmo desempenho da sua companheira de seleção e do Esporte Clube Pinheiros, Eleudis Valentim, que ficou em sétimo lugar ao cair na repescagem por ippon para a vice-campeã olímpica Odette Giuffrida, da Itália. 

Antes disso, Eleudis vencera Tinka Easton, da Austrália, e Charline Van Snick, da Béligica. O revés nas quartas foi diante de Urantsetseg Munkhbat, da Mongólia. 

Outras quatros atletas brasileiras lutaram nesta manhã, mas não avançaram às fases finais em suas chaves. As ligeiros Nathália Brígida e Gabriela Chibana pararam nas oitavas-de-final do torneio, enquanto as meio-médios Aléxia Castilhos e Ketleyn Quadros ficaram na primeira rodada, assim como a peso leve Tamires Crude. 

Competição continua no domingo, 10, com mais seis brasileiras no tatame

No domingo, o Brasil terá mais seis oportunidades de subir ao pódio com Maria Portela (70kg), Ellen Santana (70kg), Mayra Aguiar (78kg), Samanta Soares (78kg), Maria Suelen Altheman (+78kg) e Beatriz Souza (+78kg). 

Vejamos o resumo de cada categoria:

CATEGORIA FEMININA

(-48kg)

A medalhista olímpica de bronze do Rio 2016, Ami Kondo (JPN), ganhou seu sexto título de Grand Slam, sendo a primeira em Paris, despachando a vencedora do World Judo Masters, Distria Krasniqi (KOS), com um belo ko-uchi-gari, vencendo por ippon. A vitória de Kondo a encaminha ao mundial da modalidade em Tóquio, ainda este ano. 

Melodie Vaugarny (FRA) e Otgontsetseg Galbadrakh (KAZ) ficaram com as medalhas de bronze.

(-52kg)

A ex-campeã mundial Ai Shishime (JPN) derrotou a medalhista de ouro do World Judo Masters Natsumi Tsunoda (JPN), em uma final 100% nipônica. Shishime conquistou seu terceiro título de Grand Slam. A vitória de Shishime sobre sua companheira de equipe a coloca na frente do ranking japonês, que ainda tem a forte Uta Abe (JPN) na corrida para Tóquio. 

Subiram ao pódio, ainda, em terceiro lugar Astride Gneto (FRA) e Odette Giuffrida (AIE).

(-57kg)  

Dessa vez a final foi 100% canadense. E o país mostrou mais uma vez a força nesta categoria, que tem como expoente Jéssica Klimkait (CAN), aquela que ganhou de três japonesas no Grand Slam do Japão. Mas sua adversária, Christa Deguchi (CAN), não deixa por menos. Foi medalhista de bronze no último mundial e defendeu com sucesso o seu título de Paris. A dupla lidera a luta pela vaga canadense nas Olimpíadas no peso. Deguchi ampliou seu recorde contra Jéssica no corpo a corpo: 4-0. 

Momo Tamaoki garantiu a vaguinha japonesa no pódio, com um terceiro lugar. Mesma posição de Jisu Kim (KOR). 

(-63kg)

A campeã mundial Clarisse Agbegnenou (FRA) escreveu o mais recente capítulo da maior rivalidade no judô feminino quando a superestrela francesa derrotou a arquirrival, campeã olímpica e duas vezes vencedora do Grand Slam de Paris, Tina Trstenjak (SLO), conquistando seu quinto Grand Slam (bom, hein!?). A revanche da final olímpica do Rio 2016 encerrou um empolgante primeiro dia de competição, já que as duas campeãs deram tudo de si em Paris. 

Nami Nabekura (JPN) e Andreja Leski (SLO) completaram o pódio. 

CATEGORIA MASCULINA

(-60kg)

O tricampeão mundial Naohisa Takato (JPN) venceu Grand Slam de Paris pela quarta vez, vencendo o ex-campeão mundial Yeldos Smetov (KAZ). O craque japonês, que já venceu em Paris em 2013, 2015, 2017 e, agora, 2019, estabeleceu um novo recorde, já que sua vitória foi a nona em Grand Slam. 

Amartuvshin Dashdavaa (MGL) e Temur Nozadze (GEO) completaram o pódio.

(-66kg) 

O medalhista de bronze do Grand Prix de Budapeste, Denis Vieru (MDA), ganhou a sua primeira final de Grand Slam, registrando a primeira vitória do seu país em um Grand Slam. Vieru aplicou um imponente tai-otoshi para ganhar, por ippon, de Vazha Margelashvili (GEO).

Baruch Shmailov (ISR) e Georgii Zantaraia (UKR) levaram as medalhas de bronze para casa. 

(-73kg)

O ex-campeão mundial Soichi Hashimoto (JPN) bateu na final o atleta Tsogtbaatar Ochir (MGL). O japonês medalhista mundial de prata aplicou seoi-otoshi para garantir um ippon a apenas 12 segundos do fim. A vibração envolveu toda a multidão. 

Lasha Shavdatuashvili (GEO) e Fábio Basile (ITA) foram os medalhistas de bronze.

Foto: Divulgação




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