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Beatriz Souza prevê ano de evolução e conquistas de olho em Tóquio 2020


A cada ciclo olímpico, é comum dentro do esporte o surgimento de jovens talentos. No judô, um dos esportes mais vitoriosos do Brasil, não é diferente. Um dos maiores destaques do país em 2018 foi Beatriz Souza, a judoca de 20 anos da categoria pesado (+78) que conquistou a medalha de prata no Mundial Sub-21 e fez sua estreia na seleção adulta.

Para 2019, Bia planeja superar ainda mais seus limites e somar bons resultados, isso incluí uma vaga para Tóquio. “A cada dia eu acredito mais na minha capacidade. E com humildade e muito treino, eu vou conquistando meus objetivos”, disse.

A atleta do E.C. Pinheiros falou com exclusividade ao Surto Olímpico durante o treinamento da Seleção Feminina, que acontece na cidade de Pindamonhangaba (SP), para uma série de três competições internacional - Grand Slam de Paris, Aberto de Oberwart e Grand Slam de Dusseldorf.

Beatriz, primeiro eu gostaria que fizesse uma avaliação de 2018, que foi um ano de importantes conquistas, como a medalha de prata no Mundial Sub-21, e também de mudanças, como a sua estreia na categoria adulta. 


Beatriz: 2018 foi um ano muito importante para mim, principalmente porque percebi que estava conseguindo superar os meus limites. O ano também serviu como teste, para eu ver o quanto eu aguentava e vi que mesmo sobre pressão eu consegui grandes resultados, medalhando tanto nas competições da categoria júnior quanto na sênior. Fui vice-campeã mundial sub-21, disputei meu primeiro Mundial na categoria adulta, acho que conquistei muita coisa.

Além disso, 2018 marca minha evolução nessa caminhada como atleta, meus resultados me mostraram que estou no caminho certo, que estou me preparando bem e que tenho muito ainda a crescer de agora em diante.

Durante os treinamentos com a seleção adulta, você tem a chance de trabalhar ao lado de judocas muito experientes, entre elas Maria Suellen Altheman. Como isso te ajuda?

Para mim é incrível ter essa oportunidade. O treinamento serve como uma troca de experiências entre as atletas, principalmente no meu caso com a Maria Suellen, que tem muito a me ensinar e é uma inspiração para mim nesse caminho de buscar bons resultados e medalhas. Ela é uma adversária forte e assistir ela lutando é inspirador, com certeza acaba se tornando um espelho para mim.

E treinar com a seleção é aprender a todo momento e preciso absorver o máximo que puder, ainda mais entrando em um ano tão importante para quem sonha com uma vaga olímpica.

Você terá um ano de 2019 bem cheio. Além das competições do calendário, você representará o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Lima e está na corrida olímpica por Tóquio. Como você define suas metas para o ano e como se motiva para atingi-las?

Meu objetivo é simplesmente ganhar tudo o que eu puder, é pensando assim que me sinto motivada. Mas tem várias coisas que vão acontecer que são importantes para meu desenvolvimento, o Jogos Pan-Americanos é o maior exemplo, pois não conta pontos para o ranking olímpico, mas é uma competição incrível que sempre quis participar e me sinto honrada de representar o Brasil nela. Será uma experiência nova para mim que acredito somará na minha caminhada de crescimento durante o restante da temporada. Estou bem ansiosa.

Apesar das atletas serem muito unidas, existe a questão da briga interna pela vaga nas Olimpíadas, que deve crescer esse ano. Como vocês lidam com isso de maneira saudável?

Esse tipo de competição fica só dentro do tatame. É uma coisa natural que todo atleta vai passar em algum momento, pois uma Olimpíada é o sonho de todas aqui. Mas em treinamento, é cada uma ajudando a outra para todo mundo evoluir junto, deixando a briga para as competições, que é cada um por si.

E como estão suas expectativas para as primeiras competições dessa temporada? Como esse treinamento ajuda na preparação?

O importante desse treinamento é que está todo mundo junto, concentrado e treinando no mesmo lugar, isso ajuda muito na preparação. Vamos encarar um período longo de competições e precisamos iniciar o ano forte nos treinos, pois é aqui que corrigimos os erros. Eu estou aprendendo muito e acredito que vou chegar para as próximas competições não só com a parte física ajustada, mas com mental também. E se tudo der certo, o ano será de muita evolução e conquistas. É para isso que estou me dedicando tanto.


Foto: Lays Guerrero

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