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Jogador da seleção brasileira, Zeba se despede do Handebol levando o Pinheiros ao título da Liga Nacional masculina

 Por Juvenal Dias
 
No começo da tarde do último domingo (11), o Pinheiros bateu o Handebol Taubaté e se sagrou octacampeão da Liga Nacional. Iguala à extinta Metodista como maior campeão nacional da modalidade entre os homens. A partida foi extremamente tensa e o placar correspondeu ao equilíbrio, 21 a 20 para os donos da casa.

Sempre vemos jogadores ressaltar o quanto difícil é ser campeão de um torneio. Imagine então o que é ser octacampeão nacional. Foi o tamanho do feito que o Esporte Clube Pinheiros conseguiu ao derrotar o seu grande rival, Handebol Taubaté. Assim como a Metodista, o clube paulista agora tem 8 conquistas do torneio. Foi o segundo triunfo seguido na competição. Era o confronto de desempate entre as equipes na Liga Nacional. Cada uma havia vencido duas nas oportunidades que tiveram de disputa entre si. Fato que vem se repetindo desde 2014. O jogo foi disputado no Ginásio Poliesportivo Henrique Vilaboim, dentro do clube Pinheiros.

O embate tinha muitos precedentes interessantes que apontavam para uma grande partida, como, de fato, foi. Pinheiros não perde em seus domínios desde 2016. Taubaté já havia ganho dois campeonatos este anos, o Paulista e o Pan-Americano. Nas duas vezes que os times se enfrentaram no ginásio da capital, foi o time da casa que tinha saído vencedor. São as duas melhores equipes do cenário nacional, com jogadores selecionáveis. O fato é que a supremacia neste campeonato é do Pinheiros.

O jogo
A partida começou bem equilibrada e teve uma característica predominante durante a partida: tensão. Não só por se tratar de uma final, mas justamente pelas equipes se conhecerem tão bem. Taubaté inaugurou o placar. Pinheiros correu e alternou liderança nos primeiros minutos. Com a partida em ritmo frenético, o Pinheiros tomou a frente e finalizou o primeiro tempo com uma vantagem pequena, 12 a 9. Foi interessante acompanhar o duelo respeitos entre as torcidas na arquibancada. O público encheu as dependências do local.

No início da segunda etapa, a alternância de bons momentos, fez o placar progredir de forma alternada, até um momento que Taubaté parou de acertar ataques e Pinheiros chegou a abrir 18 a 11.Parecia que iria deslanchar a fazer gols, mas o time da capital tomou seguidas penalizações, fazendo com que a equipe do Vale do Paraíba encostasse novamente faltando alguns minutos.

Mais uma vez o clima tenso prevaleceu no ar, o Pinheiros converteu poucos ataques e Taubaté se aproveitava da vantagem de um homem a mais para ficar há apenas dois gols. Estava 21 a 19, o Pinheiros passou a administrar a bola, enquanto seu adversário avançou e marcou pressão. No último contra-ataque do jogo, a equipe do interior de São Paulo arremessou e descontou no último segundo. Depois disso, foi apenas comemoração e levantar o troféu.
Os campeões...

Depois da cerimônia de premiação, os jogadores Diogo Hubner e Fernando Pacheco Filho, o Zeba, conversaram o a reportagem do Torcedores e falaram da conquista. "Foi um ano difícil em termos de resultados. Nós colocamos a Liga Nacional como um objetivo a ser alcançado. Tinha que ser nosso, dentro da nossa casa. A atmosfera aqui dentro é importante para nós. O time joga muito bem aqui. Conseguimos jogar uma partida muito boa, principalmente defensivamente. O Marcão foi um monstro no gol. Conseguimos fazer as coisas de modo muito bem feito", exaltou o armador Diogo.

"Sabíamos que contra o Taubaté seria uma partida complicada. O elenco deles é qualificado demais. Fazem um trabalho muito sério. Mas também sabíamos de nossa força. É um grupo jovem que se dedica muito. Temos um suor de sangue dentro da quadra. E hoje fomos merecedores", completou Zeba. O jogador ganhou mais destaque depois da disputa por outro motivo. Foi sua última partida como atleta profissional, depois de 24 anos dedicados ao esporte, incluindo passagens pela seleção. Ele ficou muito emocionado, foi homenageado com aplausos pelo público e pôde levantar a taça de campeão.

... e a despedida
Zeba também comentou de sua despedida: "Nem no meu melhor sonho imaginei que poderia fechar a carreira com chave de ouro. Já tinha conversado desde o meio do ano que seria meu último. Passa um filme. Imaginar que a partir de amanhã não tem mais essa rotina, treinamentos, proximidade com os amigos. Mas eu já preparei um caminho a ser seguido. Dentro de quadra meu corpo já tinha me avisado que não dava mais, estou totalmente limitado. Quando estava nos segundos finais, o juiz apitou, foi emocionante, passou um filme de quanto eu ralei para conquistar tudo o que conquistei".

"É um cara que me ajudou muito dentro e fora da quadra. Vai fazer muita falta dentro do grupo, mas que fez o papel dele fantasticamente. Quem lembra de Pequim-2008, o Zeba fazendo doze gols em uma olimpíada, em cima da Espanha, e quase tirá-los de uma briga por medalha... acho que não precisa falar mais nada do que esse cara fez", reconheceu o amigo Diogo.

Na disputa do terceiro lugar, Londrina venceu São Caetano por 28 a 23 no jogo da prévia.
 
Foto: Divulgação
 
 

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