Por Bruno Bezerra, Bruno Guedes, Bruno Vieira, Daniel Barbosa, Juvenal Dias, Kaique Oliveira, Marcos Antônio e Regys Araújo
A Copa acabou, a FIFA elegeu os melhores, mas agora é a vez do Surto opinar sobre os destaques da Copa do Mundo Rússia 2018.
Courtois (BEL)
O goleiro belga teve um início de Copa discreto, mas cresceu a partir do jogo contra o Brasil, em que ele fez importantes defesas, especialmente uma finalização do Neymar no final da partida, garantindo a vitória e a classificação, a primeira desta geração belga perante uma grande seleção. Mesmo perdendo para a França, Courtois foi muito bem, fazendo boas intervenções. Foi um dos grandes nomes da melhor campanha da história da Bélgica em Copas do Mundo.
Pavard e Hernandez (FRA)
Os dois laterais franceses antes da Copa eram os jogadores menos badalados da equipe comandada pelo técnico Didier Deschamps. Com atuações consistentes, eficientes no apoio e na marcação, ambos fizeram uma grande Copa, em especial o Pavard, que atua como zagueiro no Stuttgart e acabou sendo improvisado na posição. Os dois foram protagonistas do gol mais bonito da Copa eleito pelo Surto (ler abaixo), com cruzamento do Hernández e um golaço do Pavard.
Varane (FRA) e Vida (CRO)
Os dois zagueiros se destacaram por serem os xerifões das respectivas defesas. Varane fez uma Copa impecável, seguro na defesa e perfeito nas bolas aéreas, foi dele o gol que encaminhou a classificação da França para as semifinais diante do Uruguai. Já o Vida, destacou-se especialmente pela garra e espírito de luta, que foi o símbolo da campanha croata na Copa. Ele também deixou sua marca nas quartas de final contra a Rússia, com um gol na prorrogação.
Kanté e Pogba (FRA)
A melhor dupla de volantes do Mundial foi a da seleção campeã do mundo. Kanté e Pogba se completavam em campo e eram o ponto de equilíbrio do time, com o primeiro se destacando pela sua regularidade de sempre, desde os tempos de Leicester, estando sempre em várias parte do campo. Já o segundo se destacava pelos passes médios e longos para os atacantes. Pogba foi premiado com um gol na final.
Kane (ENG)
O centroavante da nossa seleção da Copa é ninguém menos que o artilheiro do Mundial. Harry Kane fez seis gols, três deles de pênalti, é verdade, mas em uma Copa em que muitos pênaltis foram marcados, eles acabaram sendo importantes para o camisa 9 inglês. A artilharia da Copa do Mundo foi a coroação de uma grande temporada, com mais de 50 gols marcados.
Hazard (BEL)
O camisa 10 belga foi o jogador mais importante da sua seleção neste Mundial. Foi o que fez a Copa mais regular. Foi um dos grandes destaques da eliminação belga contra o Brasil, puxando contra-ataques, predendo a bola quando necessário e dando um baile no Fágner, ganhando todas as disputas contra o lateral-direito brasileiro. Mesmo na derrota contra a França na semifinal, Hazard foi o único destaque do sistema ofensivo belga. Fez três gols na Copa, o último deles contra a Inglaterra, que garantiu o terceiro lugar, melhor posição da Bélgica em Mundiais.
Mbappé (FRA)
O jovem de 19 anos correspondeu às expectativas de quem esperava que ele fizesse um grande Mundial. Começou deixando sua marca na segunda partida diante do Peru. Nas oitavas, contra a Argentina, ele brilhou, marcando dois gols e sofrendo o pênalti que originou o primeiro, em uma arrancada sensacional. Nas quartas e na semi, ele não marcou, mas também foi importante. E na final contra a Croácia, ele também deixou sua marca, fechando com chave de ouro o grande Mundial, ganhando merecidamente o prêmio de Melhor Jogador Jovem.
Modric (CRO)
O meio-campista croata, além de ter sido eleito o nosso maestro no meio-campo, foi também eleito o melhor jogador da Copa. Modric comandou a equipe a uma final inédita de Copa do Mundo para o seu país. Fez um grande jogo contra a Argentina, ainda na primeira fase, e outra grande partida contra a Inglaterra, nas semifinais, garantindo a inédita vaga da Croácia na decisão do Mundial.
Roberto Martínez (BEL)
O treinador espanhol chegou à seleção belga após a Euro 2016 com a missão de dar um padrão de jogo a tão badalada geração belga, coisa que o seu antecessor, Marc Wilmots não havia conseguido. Suas variações de jogo e a mudança de estratégia de acordo com o adversário, ajudaram ao país obter o melhor resultado na história dos Mundiais.
A surpreendente campanha da Rússia
Antes da Copa do Mundo, nem o mais otimista russo imaginava que sua seleção fosse tão longe na competição. A Rússia não vencia uma partida desde outubro do ano passado e era cotada para cair na primeira fase, igualando o feito da África do Sul. Eis que começa o Mundial com uma goleada diante da Arábia Saudita. O jogo seguinte era praticamente um confronto direto por uma vaga e os russos venceram o Egito com autoridade. Nas oitavas, os donos da casa seguraram a Espanha, vencendo heroicamente nos pênaltis. A Rússia foi parar somente nas quartas de final, onde caiu pra futura vice-campeã Croácia, também nos pênaltis. De qualquer forma, foi a melhor campanha dos russos, desde a formação do novo país.
A decepção Alemanha
Campeã em 2014, a Alemanha vinha fazendo um ciclo impecável até chegar ao Mundial. Passou pelas Eliminatórias sem dificuldades, além de vencer a Copa das Confederações, com vários jovens jogadores, muitos deles que até fizeram parte do elenco da Copa do Mundo. Entretanto, escolhas equivocadas do técnico Joachim Löw, tanto na convocação, quanto na escalação e alterações da equipe nas partidas, fizeram todo o castelo alemão ruir. A equipe estreou perdendo na estreia para o México, o que seria o prenúncio de uma queda precoce. No jogo seguinte, uma virada diante da Suécia no apagar das luzes fez com que os alemães renascessem e bastava um triunfo simples diante da Coreia do Sul para garantir a classificação. Entretanto, conseguiram perder por 2 a 0, mantendo duas maldições: Nenhum campeão da Copa das Confederações foi campeão mundial no ano seguinte, além de ser a terceira seleção seguida que defendia o título de campeão do mundo a cair logo na fase de grupos.
França x Argentina e o golaço de Pavard (FRA)
As oitavas de final foram abertas com um jogo sensacional entre França x Argentina. Os franceses saíram logo na frente. Após uma arrancada sensacional de Mbappé, em que Griezmann abriu o placar. A Argentina chegou ao empate com um belo gol de Di María e virou no início do segundo tempo, com gol de Mercado. Eis que o lateral-esquerdo Hernández vai até a linha de fundo e cruza. A bola passa por todo mundo e o lateral-direito Pavard, na entrada da área, desfere um chute de raríssima felicidade. A bola faz uma curva e vai no ângulo do goleiro Armani. Este golaço, eleito pelo Surto como o mais bonito da Copa, foi o início da virada francesa diante dos argentinos, já que Mbappé fez outros dois gols. A Argentina ainda descontou com Agüero já no final, terminando o jogo em 4 x 3.
Portugal x Espanha e show de Cristiano Ronaldo
Outro jogaço a ser destacado foi logo no segundo dia da Copa, entre Portugal x Espanha, no jogo que abriu o Grupo B. Portugal saiu logo na frente, após Cristiano Ronaldo sofrer um pênalti e ele mesmo bater para abrir o placar. A Espanha chegou ao empate com Diego Costa e no fim do 1° tempo, Cristiano Ronaldo fez seu segundo gol, contando com a colaboração de De Gea. No 2° tempo, a Espanha virou a partida com outro gol de Diego Costa e um golaço de Nacho. Quando a partida parecia se encaminhar para um triunfo espanhol, eis que surge uma falta na entrada da área e Cristiano Ronaldo bateu com maestria, fazendo seu terceiro gol no jogo, terminando em 3 x 3. Com isso, o agora jogador da Juventus foi eleito pelo Surto como a melhor atuação individual em uma partida desta Copa.
Fotos: FIFA/Getty Images
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