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Entre os melhores do mundo no Mountain Bike, Henrique Avancini mantém os pé no chão: "Nunca fui um fenômeno"

O ciclista Henrique Avancini não tem pressa para chegar ao topo, mas a velocidade com que desce ladeiras e vence obstáculos no ciclismo mountain-bike tem feito o brasileiro conquistar resultados expressivos um após o outro a pouco mais de dois anos antes de Tóquio 2020, o seu grande objetivo.  Em entrevista para o globesporte.com, Avancini diz que não se vê como um fenômeno, pelo contrário. Acredita que o trabalho diário e sua paixão pelo esporte podem o fazer voar mais alto.


"Nunca fui um grande fenômeno, nunca serei. Mas sempre trabalhei muito. A dedicação e a paixão que coloco pela bicicleta e no que acredito é o que posso prometer. Enquanto estiver competindo, estarei fazendo com amor e objetivo maior do que alcançar resultados"

Recentemente anunciado no segundo lugar no ranking mundial, Henrique vive uma temporada impressionante. Antes do resultado na Itália, ficou em terceiro lugar na Cape Epic, principal prova mundial de ultramaratona, disputada na África do Sul, e venceu a Copa Internacional de Mountain Bike disputada em Araxá, Minas gerais. O primeiro plano, de se manter no top 5 mundial, foi conquistado.

O próximo era entrar em uma prova de elite com a possibilidade real de brigar pela vitória. E isso aconteceu em Val di Sole, quando chegou a liderar por um período. O momento é bom e o atleta nascido em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, se vê em uma evolução constante, mas como sempre, sem pressa e sem buscar metas específicas.

"O ano passado foi expressivo. Terminei em quarto lugar no Mundial, em quinto no ranking. Em 2018 o meu objetivo era consolidar esse nível. Não tenho como meta subir isso. Se ocorrer, obviamente ou ficar muito feliz. Mas o grande objetivo era consolidar essa performance. Estar entre os primeiros nos grandes eventos, fazendo resultados melhores eventualmente. O mountain-bike é peculiar. Você precisa ser experiente, adaptável, não temos pistas iguais no mundo. Quanto mais vivência no pelotão de frente, melhor. Mais do que resultados concretos dentro de um ciclo olímpico."

Entre os dias 13 e 15 de julho, ele terá mais uma etapa da Copa do Mundo, desta vez em Andorra. No fim do mês, Avancini estará no Brasil para a disputa do Campeonato Brasileiro, no bairro de Parelheiros, na zona sul da capital paulista, entre os dias 20 e 22. Aos 29 anos, ele é o maior atleta da história do país no mountain-bike e integra atualmente a equipe Cannondale, uma das mais fortes do mundo, além de aprimorar sua técnica junto ao time em Stellenbosch, na África do Sul. Faltando dois anos para Tóquio, Henrique sabe que cada bom resultado conquistado e a posição no ranking mundial fazem com que ele gere expectativa nos brasileiros.

"O ciclo é um processo longo. Hoje, me veria em condições de brigar por uma medalha. Mas é algo distante, não tenho preocupação grande com o resultado. Ainda preciso aprender mais a andar na frente, ter consistência em diferentes formatos e circuitos. Esse ano tem sido uma temporada muito boa. No cross-country tenho sido um dos mais consistentes. Meu pior resultado a margem é menor que os outros atletas. Isso é um bom sinal, mostra que estou alcançando minha meta. Ao fim desse ano, vamos refletir no que foi feito e redireciona para 2019. Ainda tenho muito a crescer até 2020 e chego numa idade que teoricamente estarei mais maduro fisiologicamente e experiente, então tem tudo para ser um bom ciclo. Jogos Olímpicos é uma corrida, uma prova só, é uma coisa muito pouco controlável, mas tenho tudo para chegar muito bem."

O Mundial da categoria acontece em Lenzerheide, na Suíça, entre os dias 5 e 9 de setembro. No ano passado, ele ficou em quarto lugar na competição disputada em Cairns, na Austrália.

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