As seleções femininas de base do Brasil têm dois desafios importantes pela frente. Em 2018, as equipes juvenil e júnior de handebol irão entrar em quadra para defender a hegemonia pan-americana e classificar o país para o Campeonato Mundial.
Os treinadores, no entanto, não trabalham apenas de olho nas medalhas que podem conquistar neste ano. Outra meta do trabalho a ser desenvolvido na base é alinhar a filosofia e os métodos de treinamento com os da seleção adulta, criando assim um caminho bem pavimentado para a chegada das atletas novatas à equipe principal do Brasil.
As jogadoras dos times juvenil e júnior se apresentaram no dia 19 para a primeira fase de treinamentos, em São Bernardo do Campo (SP). O técnico espanhol Jorge Dueñas, que assumiu a seleção adulta no ano passado, irá acompanhar os trabalhos, passar orientações e observar as jogadoras.
"O Brasil há um tempo já figura entre as potências mundiais de handebol e desenvolve conceitos modernos de trabalho", diz Cristiano da Rocha Silva, treinador da seleção júnior e assistente de Dueñas.
"Agora, vamos tentar aproximar ainda mais o trabalho da base dos conceitos que o Dueñas vai empregar no adulto. Assim, alinhando esses conceitos, essas meninas terão mais capacidade de render bem quando chegarem ao time principal", completa ele.
Daniel Cubano Suarez, treinador do juvenil, também irá usar a equipe adulta como molde para suas jogadoras.
Os treinadores aproveitarão a primeira fase de treinos para aprimorar a preparação física das jogadoras que estão em começo de temporada. Mas o foco principal deve ser observar as atletas que mais se destacam e aperfeiçoar o jogo das equipes.
"Temos de ajustar a parte técnica-tática de cada uma para criarmos uma equipe forte para os campeonatos do ano. Nós vamos manter a dinâmica que já vem sendo utilizada de filmagem de jogos e treinos editados para a melhoria diária das atletas. Elas terão períodos de treinos em quadra e períodos de vídeo em que serão mostrados seus erros e seus acertos", afirma Suarez.
As duas seleções irão defender o título pan-americano de handebol e têm como meta a conquista de mais uma medalha de ouro. O time júnior competirá em março, e o juvenil, em abril. Os campeonatos continentais distribuem vagas para os Mundiais, em julho.
Para Silva, o desafio da seleção júnior neste ano será mais complicado, já que várias jogadoras de Paraguai, Uruguai e Argentina, principais rivais do Brasil, passaram a atuar em equipes da Europa, o principal centro de handebol do mundo. Duas brasileiras com idade para integrar o time jogam na Espanha: a goleira Renata Arruda e a armadora Iasmim Albuquerque.
"Iremos enfrentar adversárias mais experientes. Teremos mais dificuldades do que no último ciclo", diz Silva.
Foto: CBHb
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