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Chris Froome nega informações de que aceitaria suspensão por doping na Vuelta a España

O ciclista britânico Chris Froome negou os relatos de que ele estaria pronto para aceitar uma punição após ter sido pego no exame antidoping durante a Vuelta a España do ano passado.

A União Internacional de Ciclismo (UCI) anunciou no mês passado que o ciclista britânico havia falhado em um exame antidopagem com o medicamento salbutamol, que o atleta utiliza no tratamento de asma, durante o tour espanhol, onde Froome acabou se sagrando campeão. No mesmo ano Froome também levou o título do Tour de France, o seu quarto no evento, logo no início da temporada.

O exame antidoping constatou que havia uma concentração do medicamento duas vezes superior aos 1.000 nanogramas por mililitro permitidos em uma amostra. Froome negou qualquer irregularidade e se disse um atleta limpo.

Dias atrás o jornal italiano Corriere della Sera informou que Froome estaria pronto para aceitar uma proibição de seis meses imposta pela UCI. "Eu entendi a guerra e estou pronto para assinar um armistício honrado", teria dito Froome.

Entretanto, o piloto da equipe Sky negou a história nesta terça-feira. Frrome recorreu ao Twitter para negar que tenha feito um acordo de "aceitação de consequências". "Eu vi o relatório do Corriere della Sera esta manhã. É completamente falso", disse ele.

Froome contratou o advogado londrino Mike Morgan para defender sua posição no caso. Sua empresa, Morgan Sports Law, defendeu com sucesso a ciclista britânica Lizzie Armistead quando acabou livrando a atleta de uma proibição de quatro anos em 2016 após a ciclista ter faltado a três testes de doping dentro de um período de 12 meses. Outros clientes recentes de Morgan incluem a tenista russa Maria Sharapova, o futebolista francês Mamadou Sakho, os ciclistas espanhóis e sul-africanos Sergio Henao e Daryl Impey, a velocista jamaicana Veronica Campbell-Brown e o tenista croata Marin Čilić.

O Salbutamol pode ser tomado sem a necessidade de uma Isenção de Uso Terapêutico (situação em que um atleta recebe permissão médica para tomar uma substância proibida), desde que o limite legal não seja excedido. Froome afirmou ter aumentado as dosagens do medicamento após o conselho de seu médico de equipe depois que sua asma piorou no meio da corrida.

Caso seja considerado culpado, Froome ficaria na fila para perder seu título da Vuelta a España. A UCI não suspendeu o atleta de forma imediata, decisão que causou controvérsia no mundo ciclístico.
O presidente da UCI, David Lappartient, disse recentemente ao jornal Le Telegrame que o time Sky deveria suspender o ciclista, embora a organização não tenha tomado nenhuma decisão.

Tony Martin, alemão especialista no contrarrelógio, integrante da equipe Katusha-Alpecin e que conquistou a medalha de prata nos Jogos de Londres 2012 quando Froome foi medalhista de bronze, está entre os ciclistas que criticaram o tratamento dispensado ao caso. "Estou totalmente com raiva. Há definitivamente um duplo padrão aplicado no caso Christopher Froome. Outros atletas são suspensos imediatamente após um teste positivo", afirmou Martin.

Foto: Tim de Waele/TDWSport.com


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