A Seleção Brasileira de Conjunto de Ginástica Rítmica iniciou as
atividades de 2018 na última segunda-feira (22.01) no Centro Nacional
de Treinamento, em Aracaju (SE), de olho nas principais competições
deste ciclo olímpico. Com parte do grupo renovada, a expectativa da
equipe é de garantir a sequência do bom desempenho conquistado no ano
passado, que incluiu o sétimo lugar na Copa do Mundo de Kazan, na
Rússia, nas finais de cinco arcos.
O Mundial de Pesaro, na Itália, em setembro, que teve mais resultados
positivos para o Brasil. A Seleção terminou na 13ª posição no geral, à
frente de potências da modalidade como Alemanha e Espanha, vice-campeã
olímpica. Além disso, a equipe brasileira conquistou três medalhas de
ouro no Sul-Americano de Cochabamba, na Bolívia, uma na série de cinco
arcos, um na de três bolas e duas cordas e também no conjunto geral. Por
último, no Pan-Americano de Daytona Beach, nos Estados Unidos, garantiu
o ouro no all around e na série das três bolas e duas cordas, e mais a
prata nos cinco arcos.
Quanto à nova formação, cinco atletas foram selecionadas durante
avaliação realizada em dezembro. As novas integrantes do conjunto são
Alessandra Maria Corrêa - AGIBLU (SC), Débora Medrado - Escola de
Campeãs (ES), Gabriela Paixão - GNU (RS), Nicole Pircio Duarte - Unopar
(PR), e Victoria Anderson S. Borges - C.S.S (SE).
Já no primeiro dia do retorno das ações, as atletas têm programado os
treinamentos habituais na parte da manhã, e à tarde, irão à clínica
REAB, para um trabalho forte de preparação da parte física, com
fortalecimento muscular, comandado pelo fisioterapeuta da Seleção, Paulo
Márcio.
"A maioria das ginastas treina somente um período nos clubes, e após
um longo tempo de férias, acabam chegando aqui com o físico pouco
preparado para suportar a carga de treino, que tem em média oito horas
diárias, ou seja, muito maior do que estão acostumadas. Para que esse
fator não acabe atrasando nosso trabalho lá na frente, com o surgimento
de alguma dor ou lesão, que possam prejudicar a performance da ginasta,
faremos esse trabalho prévio. Este ano estamos começando os treinamentos
em janeiro e será ideal para fazermos essa adaptação", explicou a
treinadora da Seleção de Conjunto, Camila Ferezin.
Como o grupo ganhou novas integrantes esse ano, o planejamento irá
levar em conta a inclusão das ginastas à rotina. "Vamos fazer um
trabalho como fizemos no ano passado, que foi muito válido e produtivo
na primeira semana. As ginastas convocadas participarão de um ciclo de
palestras com todos os profissionais envolvidos com a Seleção Brasileira
de Conjunto. Temos uma equipe interdisciplinar muito forte, com os
melhores profissionais da área médica, fisioterápica, nutricional e de
psicologia do esporte. É a oportunidade delas conhecerem e entenderem
como funciona toda a estrutura, logística, planejamento e condutas da
Seleção. Estes profissionais também irão apresentar os resultados das
avaliações feitas durante a seletiva e traçar metas para serem atingidas
durante o ano".
O Conjunto terá uma agenda importante de competições em 2018. As
competições começam com a Copa do Mundo de Sofia, na Bulgária, no final
de março. "Se tudo der certo, esse será nosso primeiro desafio. É
importante nossa participação neste evento internacional porque o
Campeonato Mundial deste ano será no mesmo local. Chegaremos acostumadas
com o ambiente e na GR isso faz a diferença", disse Camila Ferezin.
Como em 2017 a equipe conquistou importantes resultados, as metas
deste ano são ainda mais ousadas. "Cada ano que se aproxima dos Jogos
Olímpicos de Tóquio a complexidade aumenta. O ano passado foi ótimo, mas
este tem que ser ainda melhor", encerrou otimista Camila.
Foto: GRD
0 Comentários