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COB tem mais de R$ 7 mi bloqueados por sanção do COI após prisão de Nuzman

A apresentação da nova turma de atletas apoiados pelo Projeto Solidariedade Olímpica (SOI), do Comitê Olímpico Internacional (COI), evidenciou o momento delicado na gestão esportiva do Comitê Olímpico do Brasil (COB). O programa vai beneficiar diretamente 12 jovens atletas é um dos 22 na alçada do SOI a não sofrer com a suspensão internacional do COB, mas representa uma fatia pequena do repasse de verbas do COI. A outra grande vertente dessa parceria, o programa Top Sponsor, teve mais de US$ 2 milhões (mais de R$ 7 milhões) do repasse anual à entidade brasileira bloqueados após a prisão do ex-presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, no início de outubro.

O Top Sponsor se refere à repartição das verbas de marketing e direitos de transmissão do COI entre todos os Comitê Olímpicos Nacionais – valor dividido igualmente por todos os países filiados, à exceção dos EUA, que recebem um montante maior. Dos 3.045.000,00 referentes a 2017, apenas 841.500,00 já tinham sido repassados. Os R$ 2.203.500,00 restantes só seriam transferidos para o COB em dezembro desde ano. Assim, há ainda a expectativa de que a suspensão internacional seja encerrada antes deste prazo, de forma a não comprometer as finanças do COB.

"A gente tem que respeitar a opinião do COI. O COI tomou uma decisão e a gente está aguardando. O COB vem trabalhando normalmente no desenvolvimento dos atletas e tudo para que possa fazer a coisa andar da melhor forma possível. O que está acontecendo é isso. O programa é fantástico, revela talentos, dá oportunidade de os atletas evoluírem. Com o esporte não tem problema nenhum, os atletas não têm problema algum quanto à sanção do COI. Tudo 100%" disse o diretor de relações institucionais do COB e membro da comissão do SOI no COI, Bernard Rajzman.

A título de comparação, os 22 programas da parceria com o SOI renderam cerca de US$ 500 mil (mais de R$ 1,6 milhão) a projetos do COB neste ano. Por visarem diretamente ao desenvolvimento dos atletas, os mesmos não foram afetados pela sanção e seguem em andamento. Os 12 talentos apresentados nesta quarta-feira, no auditório do Centro Aquático Maria Lenk, receberão US$ 500 (pouco mais de R$ 1,6 mil) cada por mês para investirem na preparação para as Olimpíadas de 2020 – serão quase R$ 60 mil por atleta até o fim do contrato.


Os eleitos são Beatriz Rodrigues de Souza, Jéssica Pereira (judô), Beatriz Ferreira (boxe), Bruna Takahashi (tênis de mesa); Thais Fidelis, Bernardo Actos (ginástica artística), Viviane Jungblut (maratona aquática), Edival Marques (taekwondo), Guilherme Costa (natação), Isaac de Souza Filho (saltos ornamentais), Marcelo Costa Filho (tiro com arco) e Paulo André Camilo (atletismo).

Todos os nomes foram aprovados pelo COI e pelas Federações Internacionais e Confederações Brasileiras de cada modalidade. Dentre os critérios de seleção estavam o potencial de desenvolvimento e classificação para Tóquio, o não recebimento de verba através do Bolsa Pódio, além da igualdade de gêneros e da diversidade de esportes individuais contemplados.

O pagamento será feito em quadrimestres e estará diretamente atrelado à prestação de contas dos atletas beneficiados. O valor poderá ser utilizado para cobrir despesas com alimentação, médicos, equipe de apoio, logística de viagem, material de apoio, taxas de inscrição, dentre outros. Há ainda uma verba extra de US$ 4 mil (quase R$ 13 mil) para custeio de passagem para competições classificatórias para os Jogos de Tóquio.


Com informações de globoesporte.com
Foto: Divulgação

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