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Guam e Samoa mostram interesse em sediar os Jogos do Pacífico de 2019

Após a desistência oficial de Tonga em realizar os Jogos do Pacífico em 2019, Guam e Samoa expressaram o seu interesse em receber a competição em seu território. O Taiti, que perdeu a disputa para Tonga em 2012, também poderia entrar na disputa, mas ainda irão avaliar junto ao governo do país a possibilidade. A proposta de Guam já estaria formalizada, enquanto Samoa deve oficializar em breve sua proposta em receber o evento. Tanto Papua Nova Guiné quanto Fiji, que foram sedes em 2015, já descartaram a possibilidade do retorno do evento em um futuro tão próximo.

Agora o Conselho dos Jogos do Pacífico (PGC) começará a inspecionar os novos interessados com visitas técnicas. Uma delegação do órgão deve viajar para Guam na semana do dia 07 de julho e duas semanas depois seguirá para Samoa. Se o Haiti realmente apresentar proposta, a comissão também visitará o país. A intenção do PGC é anunciar a substituta de Tonga até o final de agosto. O diretor executivo dentidade, Andrew Minogue, comemorou o fato de, mesmo estando tão perto, terem países interessados em hospedar os Jogos Asiáticos. “Nós estaremos na posição afortunada de termos uma escolha”, disse Minogue.

Se Guam for eleita como sede será a terceira vez que o território não incorporado dos Estados Unidos sediará o evento. A primeira vez ocorreu em 1975 na cidade de Tumon, e a segunda edição foi realizada 2009, em Santa Rita. Já a ilha de Samoa abrigou os Jogos do Pacífico em 2007, em Apia. O país também recebeu os Jogos da Juventude da Comunidade Britânica (Commonwealth) de 2015. Já o Taiti, se confirmado na corrida pela vaga, também sediaria sua terceira edição, depois de receber os Jogos de 1971 e 1995, em Papete.

Tonga havia sido escolhida como sede dos Jogos do Pacífico em 2012 pelo Conselho dos Jogos do Pacífico, mas desde o ano passado o governo da pequena ilha da Polinésia já dava mostras de querer desistir do evento. Na ocasião, o primeiro-ministro do país Akilisi Pohiva, afirmou que várias obras prometidas para a realização dos Jogos não poderiam ser entregues. Em maio deste ano o país resolveu então desistir do evento, mas uma tratativa para conseguir uma solução financeira para que os jogos continuassem em Tonga foi iniciada e se estendeu até o mês de junho, quando Pohiva confirmou a decisão final do país em não hospedar os jogos.

O primeiro-ministro de Tonga teria alegado que concentraria as verbas do país em áreas da economia com mais importância. Um porta-voz do gabinete de Pohiva teria dito para a imprensa do país que o governante de Tonga descreveu o abandono dos Jogos como sendo necessário para salvar o país de “um erro caro”. Além disso um relatório do Banco Mundial teria sido entregue a Pohiva informando que seguir com o projeto de sediar os Jogos Asiáticos poderia trazer graves consequências para a saúde financeira do país, nas áreas mais importantes.

Agora o PGC estuda possíveis medidas contra Tonga. O órgão já advertiu que considera entrar com ações judiciais por violação de contrato por parte do pequeno país do Pacífico.

Foto: Marc Le Chelard/Agence France-Presse-Getty Images


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