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Seleção feminina de vôlei vence segundo amistoso contra a Polônia

Por Juvenal Dias

Em mais uma noite inspirada, a Seleção Brasileira de vôlei feminino venceu a Polônia em partida amistosa por 3 sets a 0. A partida foi disputada no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, e serviu como parte da preparação para o Grand Prix, que começa dia 7 de julho. As meninas brasileiras repetiram o placar do jogo anterior e impuseram maior volume de ataque e grandes defesas para chegar à vitória, mesmo tendo um primeiro set mais complicado. Ainda houve um set de bônus, a exemplo do que aconteceu em Minas Gerais, também vencido pela equipe da casa.

Diferente do jogo da última terça-feira, o Brasil começou o jogo cometendo erros no ataque e encontrou uma Polônia mais solta e agressiva como previa o técnico José Roberto Guimarães. As adversárias chegaram a abrir 5 a 1, obrigando o técnico brasileiro a pedir tempo já no início do primeiro set. Depois disso, a sucessão de erros passou para o outro lado da quadra e a igualdade voltou ao placar no 7-7. Seguiu a alternância no marcador até o 12 a 12, quando uma combinação de sorte e boas jogadas fez com que o time visitante voltasse a abrir quatro pontos de vantagem. Novamente as brasileiras igualaram as ações. Foi um primeiro set que tiveram trabalho, mas no final venceram por 25 a 21, mostrando maturidade e frieza nos momentos decisivos. A parcial foi concluída em 23 minutos.

O segundo set parecia que começaria igual ao anterior, mas as brasileiras mudaram de lado na quadra e de atitude no jogo, muito mais concentradas no bloqueio e com ataques precisos, abrindo 9 a 3 logo nos primeiros pontos. A vantagem foi aumentando o jogo foi ficando mais parecido com o de Belo Horizonte. Tanto que mesmo pedindo tempo e substituindo jogadoras, a Polônia não fez frente, deixando a capitã Natália no saque por muito tempo, foi sair quando estava 20 a 9. Sem grandes problemas, a Seleção trocou pontos com o time oponente até fechar a parcial em 25 a 11, em apenas 22 minutos. O treinador aproveitou para promover algumas substituições e dar experiência a todo elenco, como já tinha sinalizado que iria fazer, visando a preparação para o Grand Prix.

O equilíbrio retornou ao marcador no terceiro set. Mas durou apenas nos primeiros pontos. Aos poucos, o Brasil foi construindo uma vantagem confortável, principalmente com os ataques de Tandara, Rosamaria e Carol. Foi um set que o time impôs novamente velocidade nos ataques de ponta, bloqueios precisos e defesas que proporcionaram contra-ataques cruciais para o placar ter mais de sete pontos de vantagem. Até a líbero Suelen marcou um ponto sem querer, ao defender uma cortada do ataque polonês, para a estatística conta como erro adversário. No final, o Brasil desconcentrou e deixou as europeias encostarem, fazendo o jogo ser parado duas vezes pelo técnico brasileiro. Depois disso, o Brasil fechou a parcial e o jogo em 25 a 23, 3 sets a 0. Demorou um pouco mais, 28 minutos.

O set a mais foi disputado com a maioria das reservas que atuaram menos na partida de fato, um jeito interessante de dar ritmo de competição às jogadoras, uma vez que todas devem ter uma chance de atuar em uma competição intensa e curta como é o Grand Prix. Aí foi possível perceber uma equivalência de forças. Tanto que ninguém conseguiu abrir uma diferença grande de pontos até o meio da parcial. Mas o segundo time voltou a ser decisivo nos momentos finais, superando o time principal adversário por 25 a 19.

Ao final da partida todas concordaram que foi uma partida mais dura que a anterior: “De fato, foi mais difícil, nós sabemos que elas vinham de uma viagem longa para o primeiro jogo e sabemos também o quanto o fuso horário influencia. Tínhamos consciência que hoje seria mais difícil, teríamos que vir mais concentradas. No terceiro set, cometemos muitos erros, que também é mérito do time delas. No geral, julgo que fizemos dois bons jogos para nos preparamos”, disse a ponteira Rosamaria. 

“Elas começaram abrindo 6 a 1 de vantagem, nossa equipe deu uma desconcentrada, mas depois voltamos para o jogo, acho que isso foi o mais importante. Conseguimos corresponder bem nos momentos de dificuldade, a equipe toda está de parabéns pelo placar de hoje”, falou a capitã Natália. Ela também falou a respeito desse novo posto em sua carreira: “Querendo ou não, a responsabilidade aumenta, não somente dentro de quadra, mas fora também. Tem que cuidar das meninas, é uma coisa nova, estou aprendendo, tive grandes exemplos, como a Fabiana e a Fofão. Por ser uma das mais experientes do grupo, estou tentando ajudar as meninas da melhor forma possível, passar um pouco da minha experiência para elas também”.

O técnico Zé Roberto gostou do que pôde acompanhar, mas não deixou de exigir de suas comandadas: “Foi um bom teste para começar nossa temporada. Nós temos que melhorar muitas coisas, sincronismo de contra-ataque, o sistema defensivo tem que continuar melhorando, tivemos boas ações hoje, mas pode ser melhor. O bloqueio esteve bem consistente hoje, mas algumas bolas passaram no meio e aí é o ajuste que estou dizendo que precisamos melhorar, evoluir, bem como alguns contra-ataques, o time perdeu poucos, mas perdeu. No primeiro set, cometemos alguns erros que não podiam ter sido cometidos, por isso começamos mal, depois retomamos e conseguimos vencer”. Ele também falou sobre o set extra: “Para deixar as outras jogadoras atuarem e dar ritmo, é importante que elas joguem, pois nós vamos precisar de todo mundo, principalmente nesses seis jogos iniciais”.

Foto: Felipe Rau/MPix/CBV

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