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Coluna Lógos Olympikus - Celebrando Maurren e Phelps

Por Juvenal Dias

Você já se deu conta que metade de 2017 já passou? Isso significa que estamos prestes a recordar (com saudades) um ano pós Rio-2016, estaremos a seis meses de Pyeong Chang. Significa também que todos os atletas olímpicos estão a plenos vapores treinando, competindo, buscando melhorar seus índices, suas performances e conquistando títulos em busca de um lugar no desfile de abertura em Tóquio, daqui três anos.

Enquanto isso não chega, encontramos um tempo para homenagear grandes campeões olímpicos de um passado recente. Nesta semana dois atletas importantes comemoram mais um ano de vida: Maurren Maggi completou 41 anos no último dia 25, enquanto Michael Phelps fará 32 anos no próximo dia 30.

Lembro-me muito claramente daquelas madrugadas de 2008, assistindo pela televisão e iniciando minha carreira de jornalista literalmente, pois tinha acabado de ingressar na universidade. Dentre essas lembranças, está uma muito feliz para o povo brasileiro: 7,04m. Essa foi a distância que Maurren saltou para conquistar o ouro olímpico e manter a tradição de grandes saltadores nacionais, vindos de Adhemar Ferreira da Silva e João do Pulo. Como foi especial aquela medalha que veio na segunda semana de competições. Ver a ex-atleta de São Carlos correndo com a bandeira do Brasil no Ninho do Pássaro, depois ela no alto do pódio, a conversa com a filha que queria medalha de prata.

“Na final, todas tinham seis oportunidades de fazer seu melhor. Maurren era a nona a saltar. Precisou apenas, do primeiro salto para se consagrar. Conseguiu a incrível marca de 7,04m com um aproveitamento total da barra de impulsão. Assim, teve de esperar mais cinco saltos seus e da russa, que saltou 7,03m na última tentativa. Com esse resultado, Maurren conquistou a primeira medalha de ouro no feminino individual, a primeira e única do atletismo nos Jogos e a segunda para a delegação brasileira nas Olimpíadas de Pequim 2008”. Esse é um trecho do meu relato da conquista, escrito no blog, um dos primeiros textos que eu trazia com a certeza de seguir e prosperar na profissão que tanto me identifico. Eram tempos mais tranquilos, mas não menos emocionantes.

O outro homenageado é uma lenda no mundo esportivo, principalmente nas piscinas por onde passou. Michael Phelps é simplesmente o maior medalhista de todos os tempos.  Se for analisar a quantidade de medalhas em Olimpíadas e Campeonatos Mundiais, a lista é gigantesca, quase interminável. É uma lenda viva. São muitas recordações desde Atenas-2004 até a piscina do Parque Olímpico da Barra no último ano, passando pelo incrível desempenho em Pequim e o não menos fantástico desempenho de Londres.

Mas a recordação mais interessante que tenho deste nadador é justamente aqui no Brasil. Estava eu no Parque Olímpico, tinha acabado de assistir uma rodada classificatória de ginástica artística e acabou relativamente cedo. Fiquei me perguntando o que poderia fazer, ainda estava conhecendo as dependências do complexo e pesquisei no site que havia ingressos disponíveis sendo vendidos. Fiz a loucura de gastar uma boa quantia para ver um dia de finais da natação, já que não teria outra oportunidade. Mas é aquela loucura que não dá para se arrepender. Era dia 7 de agosto. Dentre tantas competições que assisti, vi a primeira medalha conquistada pelo americano. Foi no revezamento 4x 100m livres do impressionante time americano, com o tempo de 3min09s92. Naquele momento tinha a certeza de estar presenciando a história sendo escrita e que estava no lugar certo, na hora exata. Poucos puderam presenciar in loco algum de seus feitos. Eu posso dizer que fui um desses sortudos.
Então deixo aqui os parabéns para esses dois heróis olímpicos, com muita longevidade, ainda que fora das pistas e piscinas. Merecem todo reconhecimento.


foto: Montagem sobre fotos de AP e Getty Images

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