As candidaturas que concorrem a organização dos Jogos Olímpicos de 2024 - Paris, Los Angeles e Budapeste - podem levar a escolha de duas sedes, um para a edição em votação, outra para a seguinte, de 2028.
"Sei que a ideia de uma dupla votação está em cima da mesa", disse uma fonte próxima do processo para a agência AFP, explicando que existe um processo claro para 2024 e que 2028 ainda não está definido.
"Sei que a ideia de uma dupla votação está em cima da mesa", disse uma fonte próxima do processo para a agência AFP, explicando que existe um processo claro para 2024 e que 2028 ainda não está definido.
A
mesma fonte explicou que as cidades candidatas têm primeiro de
concordar com a dupla votação e que depois o Comité Olímpico
Internacional (COI) terá de ter apoio da Associação Nacional de Comités
(ANOC) e falar com as cidades que mostraram já interesse em 2028, como é
o caso de Madri.
Esta discussão surge depois de Thomas Bach,
presidente do COI, ter expressado o seu lamento com o fato de as
candidaturas derrotadas acabarem por sentir-se desmotivadas para
voltarem a apresentar-se a novas organizações.
Em dezembro de 2016, o
presidente do comitê tinha mostrado a sua preocupação em relação aos
efeitos que pode ter a derrota de uma candidatura: "temos de ter em
consideração que o atual processo, nas condições em que está, produz
demasiados derrotados".
Se Paris perder novamente, depois de ter
sido derrotada em 1992 (por Barcelona), em 2008 (por Pequim) e em 2012
(por Londres), é possível que a cidade não queira apresentar-se a votos outra vez.
Em relação a Los Angeles, Patrick Nally,
especialista em marketing esportivo, sublinha que uma das grandes
preocupações para o COI é a possibilidade de a cidade norte-americana
perder, tendo em conta a importância dos Estados Unidos no movimento
olímpico.
Segundo o mesmo, o COI não se pode dar ao luxo de
deixar de 'fora' os Estados Unidos, que foram "os salvadores do
movimento olímpico", quando o mesmo teve graves problemas financeiros em
1980.
"Paris é uma grande cidade, Paris perdeu algumas vezes
anteriormente, mas não é comercialmente tão importante para a estrutura
do COI", acrescentou Patrick Nally, dizendo ainda que a 'dupla votação'
poderá ser uma solução prática para o problema.
Foto: Reuters
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