Na próxima quinta-feira (24), a seleção feminina de Handebol do Brasil dá o
primeiro passo para uma nova fase. A equipe se reúne em Belém (PA) para
treinamentos e para a disputa do II Torneio Quatro Nações e vem com uma
cara um tanto diferente. Com a saída de atletas que fizeram história nos
ciclos anteriores, o técnico Morten Soubak teve que renovar boa parcela
do grupo, dar oportunidade a jogadoras que já faziam parte do trabalho e
que agora podem ganhar mais espaço, alem de conhecer outros talentos
que vem se destacando na modalidade.
Isso significa que o planejamento não irá partir do zero, mas
pode tomar rumos um pouco diferentes daqui para a frente, como o próprio
treinador já adiantou, até mesmo pelas características das convocadas.
A nova etapa é vista com bons olhos e com uma certa curiosidade
das veteranas, como a goleira Bárbara Arenhart, a Babi. "Estou
sinceramente ansiosa pra ver como tudo está. Este vai ser nosso primeiro
reencontro depois das Olimpíadas e com o grupo muito renovado e
diferente", frisou.
Mesmo sendo uma das mais experientes da equipe, Babi não sente
que terá mais responsabilidade daqui para a frente. "Eu acho que a
responsabilidade não muda. Todas nós que fazemos parte da Seleção temos a
mesma responsabilidade de dar o nosso melhor e lutar pela camisa que
vestimos, desde as mais novas até as mais velhas. Isso sempre foi assim,
sempre nos cobramos para que todas sentissem o mesmo respeito e
tivessem o mesmo empenho dentro da quadra. O que muda com certeza é a
experiência que já adquirimos ao longo desses anos, até mesmo em
conhecer umas as outras, mas isso também só tem a nos ajudar em um
momento como este", lembrou a atleta de 30 anos, que atua no clube
húngaro Vaci NKSE.
Babi aponta que o Torneio Quatro Nações servirá como uma espécie
de aquecimento. Durante a competição, as brasileiras irão enfrentar o
Uruguai no dia 1º de dezembro, Cuba no dia 2 e a Eslováquia no dia 3.
"Eu acredito que o mais importante agora nesse primeiro momento é usar
este torneio pra que nós comecemos a familiarizar as jogadoras
recém-chegadas com o estilo de jogo e filosofia de trabalho. Vai ser um
torneio interessante, com três equipes com estilos de jogo diferentes
umas das outras e eu acho que para nós será muito importante já começar a
treinar e a colocar em prática coisas novas em jogos oficiais. O
trabalho agora tem que ser focado em nós, mas vai ser muito legal
iniciar este ciclo perto da nossa torcida, dentro da nossa casa",
destacou a goleira.
Na mesma posição, Babi estará ao lado de Jéssica Oliveira e
Gabriela Moreschi. Ambas são mais jovens, mas já passaram em várias
ocasiões pela Seleção. Como a mais experiente das três, a gaúcha reitera
o potencial das companheiras. "Eu já conheço e trabalhei tanto com a
Gabi quanto com a Jéssica e eu estou muito feliz em ter a oportunidade
de dividir o gol com elas novamente. Nós nos damos muito bem e sempre
foi muito fácil trabalhar com elas. Elas são de gerações mais novas que a
minha e têm muito talento, esforço e trabalham muito sério. Tenho
certeza que ainda vamos vê-las levarem o nome do Brasil muito longe.
Para mim é uma honra viver de perto a evolução das duas como jogadoras e
poder fazer parte da carreira delas dentro da Seleção", finalizou
elogiando.
Foto: Reuters
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