Foto: Ministério da Defesa |
A experiência positiva nos megaeventos recentes e a coordenação e
integração entre as instituições de segurança são as apostas para manter
o clima de paz nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Estes foram
alguns dos temas debatidos no
seminário “Emprego do Ministério da Defesa na Segurança dos Jogos Rio
2016”, que contou com a presença dos ministros da Defesa, Raul Jungmann,
da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, e do Gabinete de Segurança
Institucional da Presidência, general Sergio Etchegoyen.
A operação de segurança dos Jogos contará com 38 mil militares das
Forças Armadas, sendo 20 mil do Rio de Janeiro, que atuarão em ações
marítimas e fluviais, aeroespaciais e aeroportuárias, no transporte
aéreo e logístico, na defesa química, biológica, radiológica e nuclear,
na proteção de estruturas estratégicas, na segurança e defesa
cibernética, na fiscalização de produtos controlados e explosivos e no
enfrentamento ao terrorismo. O número total ainda pode aumentar, de
acordo com solicitação do governo do estado do Rio de Janeiro.
Segundo o ministro Raul Jungmann, a experiência adquirida nos últimos
dez anos em eventos como a Copa do Mundo FIFA 2014, a Jornada Mundial
da Juventude, em 2013, e os Jogos Mundiais Militares, em 2011, será
fundamental para a atuação no Rio 2016. “Isso resultou em um acúmulo de
conhecimentos e de capacidade de operação conjunta, mas também êxito na
segurança desses eventos, fruto de um trabalho integrado da Defesa,
Justiça, Segurança e Inteligência”, destacou o ministro da Defesa.
Outro fator positivo na preparação para a segurança nos Jogos tem
sido o trabalho de cooperação com agências internacionais de
inteligência. Este ano agentes brasileiros acompanharam a operação de
segurança do Super Bowl, a final do futebol americano, nos Estados
Unidos. Um exemplo do trabalho que vem sendo realizado em diversas
frentes.
“Nós hoje temos a confirmação da presença de pelo menos 113 agências
internacionais, organizadas e reunidas no Centro de Inteligência de
Serviços Estrangeiros (CISE), que vai funcionar no Rio de Janeiro, sob a
coordenação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Todas essas
agências de inteligência vêm para o Brasil para a troca de experiências e
aprendizados”, detalhou o general Etchegoyen.
Segundo o ministro Alexandre de Moraes, na terça-feira (21.06) foi
assinado mais um acordo com o governo dos Estados Unidos para a
disponibilização de um software utilizado para o controle de
passageiros.
O seminário realizado em Brasília ainda deve abordar outros aspectos
do esquema de segurança, como planos de operações, logística, proteção
de estruturas críticas, defesa aeroespacial e outros. O evento reúne
todas as autoridades do eixo de defesa nacional envolvidos no Rio 2016.
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