A Secretaria de Aviação da Presidência da República realizou na
terça-feira 17, no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de
Janeiro, um simulado que testou o fluxo de armas e munições no terminal
durante os Jogos Olímpicos de 2016. A avaliação verificou o
atendimento a padrões definidos conjuntamente pelo governo federal,
autoridades aeroportuárias e demais membros do Comitê Técnico de
Operações Especiais (CTOE), órgão criado no âmbito da Comissão Nacional
de Autoridades Aeroportuárias (Conaero). Uma equipe técnica do Exército
brasileiro também participou da operação.
Procedimentos de entrada e saída de armas e munições nos aeroportos
estão entre os fluxos especiais definidos pelo Manual de Planejamento
para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O documento estabelece
ação coordenada e integrada entre operadores aeroportuários e órgãos do
sistema nacional de aviação civil para a operação nos terminais
envolvidos no megaevento. Ao todo, 39 aeródromos, localizados nas
cidades-sede e a uma distância máxima de 200 quilômetros delas, serão
impactados pelas medidas.
Doze fluxos, entre ordinários e especiais, foram criados para
garantir fluidez e segurança ao trânsito de passageiros e cargas pelos
aeroportos brasileiros. De acordo com o coordenador do CTOE, Thiago
Meirelles, o gerenciamento estratégico da infraestrutura aeroportuária
impede imprevistos e atrasos que podem impactar a operação de rotina dos
terminais, gerando efeitos como atrasos em cascata e obstrução de áreas
importantes do aeroporto. "Há um grande volume de passageiros, bagagens
e cargas que precisa atender a critérios de tempo, espaço e etapas
dentro do aeroporto. No caso do simulado de hoje, vamos colocar em
prática um fluxo menos utilizado dentro dos terminais, mas não por isso
menos relevante, que envolve equipamentos com exigência de tratamento,
inspeções e verificações de alta segurança", explica.
Pelo aeroporto do Galeão passarão boa parte das armas utilizadas em
modalidades de Tiro Esportivo Olímpico: carabinas, pistolas e tiro ao
prato. Elas serão usadas por cerca de 390 atletas olímpicos (9 dias de
competição) e 150 atletas paralímpicos (7 dias de competição).
Foto: Getty Images
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