Após constatar que a incidência de doenças durante o evento-teste
para os Jogos Olímpicos Rio 2016 foi menor do que os índices registrados
em competições em anos anteriores, a Federação Internacional de Remo
(Fisa) aprovou a qualidade da água da Lagoa Rodrigo de Freitas. A
instalação, que vai receber o remo durante as Olimpíadas, foi sede do
Mundial Júnior da modalidade, em agosto, competição que serviu como
evento-teste para o ano que vem.
A Fisa fez uma pesquisa com 54 federações nacionais que participaram
do campeonato, sendo que 40 não reportaram qualquer caso de doença entre
suas delegações. Segundo a Federação Internacional, 13 federações
reportaram entre 1 e 5 casos de doença entre os membros da equipe e uma
federação relatou mais de 5 casos.
O diretor-executivo da Fisa, Matt Smith, afirmou que é normal haver
um risco maior de doenças quando um grupo viaja para outro país. “Isso
pode ser devido a uma variedade de razões, incluindo o consumo de novos
tipos de comida, o impacto de longos voos, o efeito de um novo ambiente
ou de viajar com um número grande de pessoas. O nível de doenças no
Mundial Júnior do Rio foi menor do que muitos outros campeonatos de
juniores”, explicou.
A água da Lagoa foi testada todos os dias desde uma semana antes do
evento até o final do campeonato, informou a Fisa, sempre com resultados
positivos. A Federação acrescentou que a água tem sido testada em seis
pontos diferentes da Lagoa duas vezes por semana por vários anos, de
acordo com critérios internacionais.
A pesquisa com as federações também apontou que dois remadores
viraram seus barcos na Lagoa durante o campeonato e que um grupo de
membros da delegação holandesa nadou nas águas da instalação após a
vitória da equipe do país europeu em uma das provas. Nenhum deles teve
qualquer tipo de doença.
Por isso, a Fisa qualificou a condição da água na Lagoa Rodrigo de
Freitas como “muito aceitável”. Em nota, a Federação Internacional
completou: “embora seja lamentável que um remador fique doente e perca a
chance de disputar um campeonato, o número de doenças no evento deste
ano foi bem menor quando comparado aos torneios juniores de anos
anteriores”.
Foto: Brasil 2016
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