O uso da tecnologia da informação no esporte — em especial nos Jogos
Olímpicos Rio 2016 — foi o tema do painel de abertura da 31ª edição da
Inforuso, evento realizado em Belo Horizonte com o objetivo de promover o
intercâmbio de experiências entre empresas e usuários do setor.
Convidado para debater sobre o assunto, o ministro do Esporte, George
Hilton, destacou a importância da inovação para garantir o sucesso das
Olimpíadas e Paralimpíadas.
“O Brasil vai receber milhares de atletas e as equipes que acompanham
cada um deles. São 206 países representados. Além disso, receberemos
vários chefes de Estado. Jornalistas credenciados para a cobertura
direta dos Jogos são 25 mil. Milhares de turistas brasileiros e
estrangeiros vão circular por aqui. E cada uma dessas pessoas terá seu
aparelho capaz de transmitir tudo que virem. Essa é a medalha que a TI
disputa: garantir que toda essa gente e todos os meios de comunicação
tenham condições de transmitir suas informações com qualidade e
rapidez”, disse.
Durante o evento, o ministro apresentou dados sobre o setor de TI no
Brasil, que mostram que o país já possui uma boa infraestrutura para a
transmissão de informações. “No ano passado, eram mais ou menos 280
milhões de linhas telefônicas, sendo 30% de smartphones. Isso quer dizer
que a qualquer momento, cerca de 80 milhões de pessoas podem gravar e
enviar vídeos, mensagens de voz, informações visuais e compartilhar
experiências. Números recentes atestam que metade da população
brasileira usa internet e quase 50 milhões fazem isso pelo celular”,
apontou Hilton.
A tecnologia também estará a serviço da segurança durante os Jogos
Rio 2016. O sistema integrado que foi usado durante a Copa do Mundo de
2014, com Centros de Comando fixos e móveis, torres de monitoramento e
câmeras de alta definição instaladas nas arenas e pontos estratégicos
das cidades-sede será repetido nas Olimpíadas e Paralimpíadas.
Os eventos-teste já realizados, além de checarem os sistemas de
segurança, também colocaram à prova a tecnologia de apuração de
resultados, cronometragem e outras medições. Experiências e estruturas
que ficarão de legado para o país após os Jogos. “O Brasil vai se
beneficiar de tudo que está sendo feito. Estamos montando uma rede que
vai integrar federações, clubes, atletas, o COB (Comitê Olímpico do
Brasil) e o CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro). Isso vai permitir a
troca de experiências administrativas, debates sobre novas tecnologias
aplicadas ao esporte, os atletas poderão acompanhar, mesmo à distância,
os treinamentos de outros competidores, rever o próprio treino e se
aprimorar”, explicou Hilton.
A Rede Nacional de Treinamento que está sendo montada pelo governo
federal irá permitir que gestores e comissões técnicas utilizem recursos
tecnológicos na formação e aperfeiçoamento dos atletas. “Iremos usar,
dentro da ciência do esporte, todas as ferramentas disponíveis”,
concluiu o ministro. O Inforuso é um evento organizado pela Sociedade de
Usuários de Informática e Telecomunicações (Sucesu), com mais de 100
mil associados corporativos.
Foto: ME
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