A equipe de iatismo da Suíça esteve no Brasil para disputar a Copa Brasil de Iatismo, realizada na raia Olímpica de 2016, e relatou problemas com a poluição, inclusive com casos de diarreia.
Segundo Yannick Braulic (SUI), da classe 470: “ A qualidade da água é muito ruim. Ela tem muitos detritos e peixes
mortos. Eu tenho um pouco de medo de velejar nesta água suja e sofrer
com sérios problemas de saúde”,
Recentemente, numa análise de rotina da água da baía, técnicos da
Fiocruz, identificaram uma “ superbactéria”, a KPC, resistente aos
antibióticos. Normalmente, ela se apresenta em lixo hospitalar.
Uma
vez ingerida, a vítima pode sofrer infecção das vias urinárias,
problemas gastrointestinais e pulmonares. Porém, as autoridades locais
tentaram tranquilizar os atletas. Elas divulgaram um comunicado
afirmando que a KPC não resiste à luz e nem à água salgada e somente
ataca pessoas debilitadas.
Ela foi encontrada e “pescada” em amostras, na praia do Flamengo.
Durante as duas semanas de treinos no Brasil, Braulic sofreu
com febre e diarreia por alguns dias. “E não aconteceu somente
comigo, outros velejadores de outros países também ficaram mal. Não sei
se foi culpa da água. Tentamos não bebê-la, desinfetamos sempre as mãos
depois de velejar e tomamos muitas vitaminas”, conta ele. “A situação
piorou. Sinto falta dos lagos limpos de casa”, diz Romuald Hasser, companheiro de Braulic.
“A
água está imunda. Não é a ideal, sem dúvida. Este é um problema sério.
Mas é um problema para todos aqui. E já é muito difícil navegar aqui com
as correntes e os ventos, muito complicado” diz o Matias Bühler (SUI),
da classe Nacra, enquanto toma goles de água mineral durante a montagem
do seu catamarã, junto com a parceira Nathalie Brugger (SUI).
Foto: Guilherme Aquino
Fonte: Swissinfo.ch
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