O polêmico caso da mordida de Luis Suárez em Giorgio Chiellini, que rendeu ao uruguaio a suspensão mais pesada da história das Copas do Mundo,
finalmente ganhou a versão do atacante celeste. Documentos obtidos
junto à Fifa revelam que Suárez não se mostrou arrependido na carta de
defesa enviada à Fifa. Muito pelo contrário: ignorou a mordida e alegou
ter tropeçado no italiano, o que o teria feito “bater a cara” no
adversário.
“No momento do impacto, que me fez juntar os joelho, perdi o equilíbrio,
desestabilizando meu físico e caindo por cima do oponente”, escreveu
Suárez. “Neste momento bati minha cara contra o jogador, deixando um
pequeno hematoma e uma forte dor nas peças dentais, que determinou que o
juiz parasse o jogo. Isso foi o que aconteceu e em nenhum caso o
ocorrido se descreve como morder ou tentar morder”, decretou.
Ainda de acordo com os documentos, a defesa dos
uruguaios também apresentou fotos e um certificado médico, além de um
informe forense que avaliava o material fotográfico e as imagens da
marca no ombro do italiano. A Associação Uruguaia de Futebol adotou a tese de que o ato não foi “deliberado” e que “o que
ocorreu foi resultado de um movimento normal, provável e esperado”.
A Fifa, entretanto, não quis saber de nada: cassou a
credencial de jogador dada ao atacante e o retirou escoltado da
delegação uruguaia na sexta-feira. A punição aplicada pela entidade (a
maior da história das Copas) ainda tirou ao atleta das próximas nove
partidas com a camisa celeste e o afastou de qualquer atividade
relacionada ao futebol até 26 de outubro.
Segundo o Estado de S. Paulo, a suspensão foi rigorosa
desta forma porque a Fifa não viu arrependimento de Luis Suárez e
considerou que as outras duas punições aplicadas ao uruguaio (que mordeu
Bakkal e Ivanovic nos últimos quatro anos) não surtiram efeito. A
intenção, de acordo com os informes secretos obtidos pelo jornal, era de
que a nova sanção fosse “dissuasiva”.
Fonte: Terra
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