De volta ao cenário das grandes competições
internacionais, a Coreia do Sul realizou a sua apresentação sobre os
Jogos de Inverno PyeongChang 2018. A competição será pela terceira vez
realizada em solo asiático – Saporo (1972) e Nagano (1998) e pela
primeira vez no país que recebeu a Olimpíada de Verão de 1988, em Seul.
Os sul-coreanos prometem “gastar” menos que os russos.
De acordo com o presidente do Comitê Organizador, Kim Jin-sun, o
orçamento está previsto em US$ 9 bilhões (cerca de R$ 21 bi), sendo US$ 7
bi (cerca de R$ 16 bi) em infraestrutura. Para realizar Sochi 2014, o
governo russo e o Comitê desembolsaram US$ 50 bi (R$ 117 bi) e o custo
estimado do Rio de Janeiro 2016, por sua vez, em infraestrutura e para a
competição está previsto em R$ 29 bilhões.
Na apresentação, os sul-coreanos reforçaram o lema dos
Jogos: “Novos Horizontes”. Jin-sun afirmou que os esportes de inverno
ainda são subdesenvolvidos em relação à Europa e à América do Norte e
PyeongChang “abrirá uma janela de oportunidades” para o continente.
Uma questão que foi respondida de maneira política foi
em relação à Coreia do Norte, já que o país não enviou delegação para
Sochi. O dirigente foi questionado se pretendem colaborar para que os
vizinhos consigam levar alguns atletas para PyeongChang. “A Coreia do
Norte tem algumas instalações de esportes de inverno e estão em
desenvolvimento. Espero que nesses próximos quatro anos eles possam
crescer estar presentes em PyeongChang”, comentou.
O marketing da apresentação foi em relação às
instalações e à logística. Em PyeongChang, a promessa é que as obras das
instalações esportivas começam neste ano e a maior parte seja entregue
em 2016. Trens de alta velocidade e novas estradas estão em construção
para atender a demanda de atletas, turistas e mídia.
No deslocamento, a promessa do Comitê Organizador é de
uma maior facilidade e velocidade em relação à última edição em Sochi.
Segundo os sul-coreanos, o percurso entre o novo Estádio Olímpico, e a
região das provas de montanha será de apenas 30 minutos (em Sochi – o
mesmo deslocamento era de 1h20min).
Em Sochi 2014, os russos tiveram de investir pesado em
segurança, especialmente em razão das ameaças de minorias e grupos
religiosos contrários ao poder central. O presidente do Comitê
Organizador declarou que a Coreia do Sul é um dos países mais seguros do
planeta e não irá poupar investimentos por entender que a “segurança é
um dos principais fatores para o sucesso de uma Olimpíada”.
Em 12º lugar no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), a
Coreia do Sul recebeu em 1988 a Olimpíada de Seul e em 2002 dividiu a
Copa do Mundo da Fifa com o Japão. “A Coreia se desenvolveu muito nos
últimos 30 anos e o mundo poderá comprovar esse real desenvolvimento em
PyeongChang”, completou Jin-sun.
Foto: Divulgação
Fonte: Terra/Anderson Régio
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