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Rumo ao Rio 2016, Soares mira se firmar no Top 10 e título de Grand Slam






Bruno Soares só pensa em relaxar para recuperar as energias depois de uma temporada intensa e brilhante. Antes de entrar de férias, porém, o tenista traçou seus planos para 2014. Depois de se tornar o brasileiro mais bem ranqueado da história, o duplista número 3 do mundo mira desafios mais difíceis. Ele quer seguir no Top 10 e conquistar o tão desejado título de um Grand Slam em mais um ano ao lado do austríaco Alexander Peya.

- A parceira está confirmadíssima. Começamos a temporada no ATP 250 de Doha, e quem sabe teremos um ano ainda melhor do que 2013. Nosso objetivo agora é nos firmamos entre as melhores duplas do mundo. Queremos continuar no Top 5 ou Top 10 do ranking e como a segunda melhor dupla da temporada. Vamos buscar títulos maiores também: conquistar mais etapas de Masters 1.000 e o tão sonhado Grand Slam. Tem duas coisas que faltam na minha carreira: ser o número 1 do mundo e um título de Grand Slam. Ser o número 1 é algo que está bem distante por causa dos Bryan. Vou começar com o Grand Slam então e ir passo a passo - disse Bruno, durante uma tarde de autógrafos em São Paulo.
O mineiro até já tem uma taça de Grand Slam, mas conquistada nas duplas mistas, no US Open de 2012, ao lado da russa Ekaterina Makarova. Nas duplas masculinas, a melhor colocação foi o vice também na competição americana, só que neste ano - perderam a final para o indiano Leander Paes e o tcheco Radek Stepanek. Além disso, dos seis títulos do brasileiro em 2013, apenas um foi vencido em uma etapa de Masters 1.000, segundo torneio da hierarquia do Circuito da ATP (Associação de Tenistas Profissionais) - ele e Peya foram campeões em Montreal.

A maior barreira para a dupla número 2 do mundo ganhar um Grand Slam é a superioridade dos gêmeos americanos Mike e Bob Bryan, únicos à frente de Bruno Soares no ranking. Os campeões olímpicos levaram os títulos do Aberto da Austrália, de Roland Garros e de Wimbledon em 2013. Só que os irmãos pisaram no freio nas últimas competições da temporada, o que animou Bruno Soares.

- Eles são a referência de dupla no mundo, mas estamos nos aproximando. A tendência é haver uma disputa mais parelha em 2014. Os Bryan estão em um ano muito forte, e isso acabou puxando as outras duplas. Se você quer encarar os caras, tem de aumentar seu nível. Foi o que aconteceu no fim da temporada. Algumas duplas começaram a jogar mais perto deles e algumas até tiveram vitórias - disse Bruno, que venceu os gêmeos na final do ATP 500 de Valência em outubro, mas tomou o troco na decisão do Masters 1.000 de Paris e na semifinal do Torneio dos Campeões da ATP.

Uma das armas de Bruno Soares é o entrosamento com o austríaco Peya. Os dois jogam juntos desde julho de 2012 e construíram uma grande amizade fora de quadra.

- Nós nos damos super bem, e isso é extremamente importante. Temos gostos parecidos, gostamos de comer sushi, somos caras tranquilos, casados, nossas famílias se dão bem também. No dia a dia, na hora que tem de passar mais de duas horas trocando bola debaixo do sol e conversar depois de uma derrota, a amizade ajuda a superar - disse Bruno, que usa o inglês para driblar a barreira da linguagem com o austríaco.

Peya continuará como parceiro de Bruno Soares em 2014, mas o mineiro diz que ainda é cedo para confirmar a parceria também nas temporadas seguintes, as que antecedem as Olimpíadas de 2016. O torneio olímpico de tênis ganhou maior destaque em Londres, no ano passado. Foi a primeira vez que a competição distribuiu pontos para o Circuito da ATP. Por isso, a próxima edição, no Rio de Janeiro, é um dos focos do brasileiro. Na caminhada rumo a 2016, ele não descarta retomar a parceria com Marcelo Melo, também em grande fase e atual número 5 do mundo.

- As Olimpíadas do Rio de Janeiro são um grande objetivo nosso. Acreditamos que estaremos no nosso auge (Bruno tem 31 anos e Marcelo, 30). No nível que estamos jogando, sabemos que temos condições de brigar por uma medalha. Queremos jogar juntos lá e vamos trabalhar para isso. No Circuito ainda está indefinido. Devemos jogar mais juntos antes das Olimpíadas, mas só programamos temporada por temporada. Eu continuo com o Alex, e o Marcelo com o Ivan (Dodig, da Croácia). Aos poucos vamos encaixando isso - disse Bruno.


Bruno e Marcelo foram parceiros durante as temporadas 2010 e 2011 do Circuito. Eles se separaram, mas juntaram forças novamente nos Jogos Olímpicos de Londres e ficaram perto do pódio, parando na dupla francesa vice-campeã de Michael Llorda e Jo-Wilfried Tsonga nas quartas de final - Melo também participou dos Jogos de Pequim, mas ao lado de André Sá.

Os brasileiros só jogaram juntos este ano em duas ocasiões, sempre para defender o Brasil na Copa Davis. Apesar de a equipe ter perdido os dois confrontos do ano, eles venceram os jogos, inclusive batendo os irmãos Bryan nos Estados Unidos. Bruno acredita que os dois podem manter o ritmo intenso até 2016 para conquistar a inédita medalha.

- Vamos ter de aprender a dosar. Tirar torneio aqui, colocar torneio ali. Só assim para o corpo aguentar e chegar bem a 2016.

Fonte: Globoesporte.com

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