O segundo entrevistado do De Olho no Futuro é Rudá Franco, de 25 anos, atleta do Pólo Aquático e ele fala um pouco da situação do Pólo Aquático e sobre o desempenho da modalidade em 2016.
Fale um pouco da sua vida e sua carreira no Pólo Aquático.
Comecei a treinar por influência
do meu pai e do meu irmão mais velho, em 1999, com 12 anos no Clube Jundiaiense
em Jundiaí. Joguei
em Jundiai até 2008 (vice-campeão brasileiro junior, 4 vezes campeão paulista),
em 2008 fui pra Espanha onde joguei duas temporadas pelo Club Deportivo
Waterpolo Turia de Valencia, Campeão da 2ª Divisão Espanhola (Artilheiro com 78
gols) na temporada 2008/2009 e Vice-Campeao da 1ª Divisão Espanhola ( 61 gols )
nesse mesmo período. Quando voltava para o Brasil, jogava pelo Club Athletico
Paulistano (4 vezes Campeão Paulista e 3 colocado na Liga Nacional 2010) em
2011 fui para o SESI-SP (2 vezes vice Campeao Paulista, campeão da Copa
Mercosul e 3º colocado na Liga Nacional 2011).
Eis meus resultados mais
importantes com a seleção brasileira:
2004 – Vice Campeão Pan Americano
Junior
2005 – Campeão Sul Americano
Junior
2005 – 14º Colocado Mundial
Junior
2009 – 13º Colocado Mundial Roma
2011 – Vice Campeão Copa UANA
2011 – 14º Colocado Mundial
Shanghai
2011 – 3º lugar Pan Americano
Guadalajara
2012 – 4º lugar Pan Pacifico
2012 – Vice Campeão Sul Americano
2012 – Classificação para a Super
Final da Liga Mundial pela 1ª vez na história
Mesmo sendo um esporte
ligado a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), porque o Pólo
Aquático tem mais dificuldades em ser competitivo mundialmente se comparado a
Natação?
O Pólo Aquático tem mais
dificuldades por ser um esporte coletivo. O fato de estarmos longe para fazer
intercambio com boas seleções em nível mundial também dificulta a evolução do
esporte, além de ainda ser um esporte pouco praticado no Brasil, os clubes
enfrentam grandes dificuldades em manter jogadores depois da categoria Junior.
Muitos desses atletas deixam de jogar quando estão na faculdade ou trabalhando.
Após ter Enfrentando
equipes fortes no cenário mundial da modalidade, como Canadá, Espanha e Romênia,
o que ficou como lição do torneio Pré Olímpico?
Fizemos bons jogos ate a primeira
metade dos jogos, depois pesa bastante o ritmo de treino e de jogo dos
adversários. Não nos preparamos o suficiente para enfrentar essas potencias do
pólo aquático mundial e temos que trabalhar muito pra evoluir até 2016, pois,
em casa, não podemos fazer feio.
Pensando nos Jogos do Rio
de Janeiro, como fazer para evoluir o Pólo Aquático a tempo para fazer um bom
papel nos Jogos Olímpicos de 2016?
É preciso o esforço de todos,
principalmente dos atletas. Muitos terão que abdicar de muitas coisas pra
evoluir e jogar bem os Jogos Olímpicos de 2016, temos “pouco” tempo e já
começamos atrasados. Poucas equipes no Brasil possuem estrutura profissional e
atletas que treinam de 5 a
8 horas por dia. Acredito que se treinarmos igual ou mais que as grandes
potencias, podemos vir um dia a ser uma grande potencia no pólo aquático e
fazer bonito no Rio 2016.
Deixe algumas palavras
para os leitores do blog.
Gostaria de agradecer ao Blog por
esse espaço para uma modalidade que quase não tem divulgação como é o pólo aquático,
aos leitores posso prometer que faremos de tudo para representar bem o Brasil
nos Jogos Olímpicos de 2016.
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