Jesse Owens (USA) nasceu em 12 de setembro de 1913, em Danville (USA). Neto de escravos, aos 7 anos ele catava 45 kg de algodão por dia. Quando tinha 9 anos sua familia se mudou para a cidade de Cleveland (USA), onde Jesse enchia gasolina de carros e fazia delivery de produtos de lojas. Após ter batido os recordes escolares nacionais das 100 e 220 jardas e do salto em distãncia, ele foi recrutado por 28 colégios (segundo grau).
Quando disputou os 100m, Owens já tinha vencido as provas dos 200m, 4x100m e do salto em distância. Na primeira fase, ele igualou o recorde Olímpico de 10s3. Na segunda fase, fez 10s2, com a ajuda do vento. Nas semifinais, ele tirou o pé marcando o tempo de 10s4. Na Final, Owens assumiu a liderança desde o começo e abriu uma distância de 1,5m para Ralph Metcalfe (USA) nos primeiros 50m. Metcalfe se aproximou nos ultimos 25m, mas não conseguiu alcançar e Jesse Owens ganhou a quarta medalha de ouro naquela Olimpíada.
A propaganda Nazista retratava os negros como inferiores, desprezando os EUA por confiarem em "auxiliares negros". Entretanto, a mensagem do regime teve pouco efeito nas massas alemãs, que consideravam Owens o Herói de Berlim. Por onde ele fosse na cidade, ele era seguido por fãs procurando pelo seu autografo ou fotografia. Eles até jogavam livros para ele autografar na janela de seu quarto na Vila Olímpica, enquanto ele tentava dormir.
Mas o maior dos mitos de Owens, era o que Hitler teria recusado-se a entregar a medalha de ouro nos 100m rasos para ele. O que é mentira, pois Hitler, pessoalmente, tinha entregue as medalhas de Ouro dele nas três provas anteriores. Se ele foi ignorado por um lider mundial, foi pelo próprio Presidente dos EUA, Franklin Roosevelt, que alem de não convidar o atleta para a Casa Branca, sequer escreveu uma carta de felicitações para Owens. O que reforça o mito, é que durante anos ele sempre falou que Hitler não o esnobou e que os alemães o trataram bem. Mas depois de tanta persistência da imprensa e do público, Owens parou de negar e acabou incorporando o suposto episódio aos seus discursos.
Em 1968, Jesse Owens ficou do lado do Comitê Olímpico Americano na luta dele contra a militância negra negra, sendo que dois anos depois escreveu um livro "Blackthink" em que criticava a militância racial. Mas em 1972, ele escreveu outro livro "I Have Changed", se retratando de suas criticas.
Em 31 de Março de 1980, Owens faleceria vitima de câncer de pulmão, e quatro anos depois, Berlim renomeou uma rua da cidade em sua homenagem.
0 Comentários