O segundo 2+0+1+2 perguntas é com o jornalista, e um dos que me inspirou a fazer esse blog, Marcelo Laguna, editor assistente do IG e dono do blog Espírito Olímpico no mesmo Portal.
Fale um pouco da sua da sua vida e sua carreira no Jornalismo.
Bom,
o meu interesse em seguir pelo jornalismo começou muito cedo e tem tudo
a ver com minha paixão por esportes. Como todo garoto da minha geração,
adorava jogar bola e também futebol de botão. Com os botões, eu criava
campeonatos, fazia tabelas, e narrava os jogos, mesmo quando brincava
sozinho. E a “minha equipe esportiva” era completa, tinha narrador,
comentarista e repórter. Claro que tudo isso influenciado pela minha
paixão em ler e ouvir tudo o que tinha de futebol (e de esporte de modo
geral) que aparecia pela frente.
Ao mesmo tempo, na escola eu já demonstrava mais interesse nas
matérias ligadas à área de humanas, especialmente português. Daí a
chegar à conclusão que queria ser jornalista, foi um pulo. Aos 13 anos,
eu já tinha decidido que seria jornalista esportivo.
O que te levou a falar dos Esportes Olímpicos?
Minha grande
paixão, e a da maioria dos brasileiros, obviamente é o futebol. Para
mim, em especial, a Copa do Mundo. Quando garoto, eu colecionava tudo o
que podia sobre Copas. Mas a minha primeira oportunidade para trabalhar
profissionalmente, quando ainda estava na faculdade, foi na Rádio
Gazeta, em São Paulo, atuando como repórter em um programa dedicado aos
chamados “esportes amadores”. Isso em 1984, véspera das Olimpíadas de
Los Angeles. É claro que eu já tinha acompanhando, como torcedor, as
Olimpíadas de Montreal-76 e Moscou-80, e ficara encantado com aqueles
atletas participando das mais variadas modalidades. Em especial,
basquete e atletismo, dois dos esportes que mais me atraiam.
Ao trabalhar na retaguarda dos jogos de 1984, em descobri uma paixão que seria para a vida inteira: os esportes olímpicos.
O que você espera do Brasil em Londres 2012?
Temos
que ser realistas em relação ao que esperar do desempenho do Brasil nas
próximas Olimpíadas. De forma alguma o desempenho no Pan de Guadalajara
pode servir como parâmetro, pois as realidades são completamente
diferentes. Mas em termos práticos, acho que a previsão que o COB andou
fazendo, que seria a da repetição do desempenho em Pequim 2008, é a mais
próxima da realidade.
E o Rio 2016? O Brasil tem condições de fazer um bom papel nos esportes?E quanto ao legado dos Jogos?
Muito
mais difícil ainda é prever o que será a realização dos Jogos Olímpicos
do Rio. Em primeiro lugar, devo deixar claro que nunca defendi a
candidatura do Brasil. Acredito que o país tem outras prioridades muito
mais urgentes do que investir um dinheiro sem tamanho para organizar um
evento desta envergadura. E nem a desculpa do legado olímpico cola, vide
o que houve no malfadado Pan 2007.
Porém, como os dirigentes do COI se encantaram com o discurso de
Lula e com as garantias de Henrique Meirelles, a questão agora é
torcermos para que os problemas sejam mínimos e que o Brasil organize
uma bela festa. Não sei se a população, que em sua grande maioria
desconhece qualquer outra modalidade que não seja o futebol, poderá
usufruir desta festa maravilhosa que são os Jogos Olímpicos. Estive em
dois deles e sei do que estou falando. Mas que ninguém espere ver o
Brasil brigando cabeça a cabeça com as grandes potências (EUA, China,
Rússia, Alemanha) pelos primeiros lugares no quadro de medalhas. Isso
não ocorrerá de forma alguma.
Momento Palpitão Total: Favoritíssimos para Londres 2012, Quem
leva o quadro de medalhas geral e quantas medalhas o Brasil ganhará em
Londres?
Acredito que o Brasil deverá conquistar algo entre 15 e
17 medalhas. Difícil é saber quantas serão de ouro, mas podemos
considerar perfeitamente possível esperar ouros de César Cielo (50m
livre), vôlei masculino, Juliana e Larissa (vôlei de praia), algum ouro
do judô e talvez Fabiana Murer, no salto com vara.
No quadro geral, China e EUA brigarão medalha por medalha pela
liderança geral, mas acredito que os chineses mais uma vez levarão a
melhor.
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