A maior potência do boxe olímpico corre o risco de não ter atletas nos próximos Jogos. Segundo relatou Umar Kremlev, secretário-geral da Federação Russa de Boxe em entrevista à Associated Press, na quarta-feira (12), os boxeadores russos só participarão da Olimpíada de Tóquio 2020 se as sanções da WADA que os forçam a competir por bandeira neutra forem derrubadas
A punição da Agência Mundial Antidoping, que foi anunciada no começo da semana, bane o uso do nome, da bandeira e do hino russos das Olimpíadas. Assim, a Rússia está excluída dos Jogos de 2020 e seus atletas só poderão competir sob bandeira neutra.
Os boxeadores russos sentem-se injustiçados por terem que assumir a culpa de violações cometidas em outros esportes. "Se os outros esportes são culpados e os atletas violaram o código da WADA, por que nós somos punidos? Somos a favor do esporte honesto e contra o doping. Queremos que o nosso esporte seja limpo", declarou Umar Kremlev.
Após o anúncio das punições a Rússia, o time de boxe chegou a contatar a organização olímpica para impor algumas condições, mas todas elas foram rejeitadas por unanimidade.
Eles, então, bateram o pé e decidiram que não competiriam em Tóquio sem sua bandeira e sem seu hino. "Não vamos por medalhas, mas sim pelo sentimento de honra ao nosso país", disse Kremlev, que ainda afirmou que os boxeadores preferem tornar-se profissionais do que competir na próxima Olimpíada.
De todo jeito, os pugilistas russos ainda têm esperanças de que o resultado possa ser revertido. A decisão oficial da Rússia sobre seu posicionamento acerca das sanções impostas pela WADA será tomada em 19 de dezembro, pelo conselho da agência anti-doping russa.
Foto: Peter Cziborra/REUTERS
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