O Sindicato Internacional dos Trabalhadores da Construção (BWI em inglês) solicitou a investigação dos locais e das condições dos trabalhadores, sobretudo migrantes que estão atuando nos canteiros de obras onde serão realizados as competição das próximas Olimpíadas.
Em um relatório com o título "O Lado Negro dos Jogos Olímpicos de Verão de Tóquio 2020" o grupo alegou excesso de trabalho e irregularidades de contratos com pessoas estrangeiras. O secretário geral da BWI, Ambet Yuson solicitará uma "auditoria de construção ou inspeção conjunta", em reunião com o comitê organizador local, o Conselho de Esportes do Japão e o Governo Metropolitano de Tóquio.
"Eles são superprotetores e não querem que o exterior conheça essa situação", comentou Yuson a agência de notícias estadunidense Associated Press. “Eles estão tentando minimizar isso, dizendo que a construção está quase no fim. Mas não acaba até que as Olimpíadas acabem. A construção é perigosa e todo trabalhador que você salva faz a diferença.”
O método usado pela BWI, segundo Yuson, foi a entrevista com 50 trabalhadores para obter uma imagem das práticas trabalhistas nos locais olímpicos. O sindicato não conseguiu acesso a mais pessoas porque muitas delas temem revelar o nome e perderem seus empregos. Segundo o secretário, a maioria é japonesa com uma mistura de vietnamitas, chineses e filipinos.
Yuson deseja que o Comitê Olímpico Internacional (COI) pressione os organizadores para melhorias nesse sentido, mas já vê uma evolução das condições desde a publicação do relatório. "Queremos trazer legado para as Olimpíadas, não apenas para as empresas multinacionais, ou para os atletas, mas também para os trabalhadores", comentou.
Foto AP
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