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Após lesão que o tirou do Pan, judoca Rafael Silva quer usar Grand Slam de Brasília para “marcar de vez” a volta ao circuito


Em junho deste ano, Rafael Silva sofreu uma lesão na mão esquerda, durante treinos no Japão, e acabou cortado dos Jogos Pan-Americanos de Lima. O episódio reeditou o ocorrido em Toronto, quando Baby também precisou ser substituído no torneio continental pelo rival compatriota David Moura. No Canadá, David foi ouro. No Peru, bronze. Baby até conseguiu se recuperar a tempo de disputar o Mundial de Tóquio, em agosto, mas deixou a competição em quinto lugar. Agora, o duas vezes medalhista olímpico espera cravar seu retorno aos tatames – e aos pódios – durante o Grand Slam de Brasília.

“Considerando que estava voltando de lesão, fiz um mundial muito bom. Agora acho que é uma competição para marcar de vez essa volta e tentar trazer um bom resultado”, avalia Baby. “Nós treinamos no limite, e tentando ultrapassar o limite. Estamos sujeitos a lesão, mas quem consegue balancear isso sai na frente e aguenta a maratona toda de competição, de classificação, até chegar na Olimpíada”, acredita.

A maratona é, de fato, extensa. A partir do próximo domingo (6), estarão em jogo, em Brasília, mil pontos no ranking mundial. Na sequência do calendário, ainda há etapas do Grand Prix, outras seis do Grand Slam e o Mundial Masters, antes que seja encerrado o período de classificação olímpica, em maio do ano que vem. Para garantir a vaga em Tóquio 2020, Rafael precisa estar entre os 18 melhores dos pesados, e ainda superar David Moura na listagem. Hoje Baby ocupa a quarta colocação, enquanto David é o sexto. Ambos competirão na capital federal.

Assim, apesar de a disputa em solo nacional não ser decisiva para a vaga nos Jogos, a soma dos pontos do evento pode contribuir no caminho para a definição do representante brasileiro no Japão. “É cedo para falar porque ainda tem bastante competição para rolar até maio do ano que vem. Mas claro que, se conseguir abrir uma grande vantagem em alguma delas, isso faz bastante diferença porque são muitos pontos. É encarar como se cada competição fosse a última”, pondera Baby.

Além da rivalidade interna, os brasileiros precisarão encarar o retorno da maior lenda do judô da atualidade ao cenário internacional. Depois de 20 meses afastado e de uma única participação no Grand Prix de Montreal, o francês Teddy Riner, dez vezes campeão mundial e bicampeão olímpico, estará em Brasília também almejando recuperar a pontuação no ranking.

“Acho interessante ele voltar no Brasil. Ele quer confrontar os brasileiros porque nós estamos sempre brigando por um lugar no pódio. Para mim é sempre um privilégio lutar com ele, com certeza é o principal adversário pensando em Tóquio”, afirma Rafael Silva. Riner está invicto desde 2010, há exatos 148 confrontos.

Pesando a favor dos brasileiros está o fato de competirem em casa, com a torcida, o fuso horário e a alimentação locais como apoios a um bom desempenho. O país não recebia uma competição internacional da modalidade desde os Jogos Olímpicos Rio 2016. “Competir em casa favorece muito a seleção brasileira. A gente pode inscrever quatro atletas por categoria, e nós não teremos as dificuldades dos outros países que precisam vir para cá. A gente acaba sofrendo quando vai para a Europa, para a Ásia. Essa simples localização favorece a gente com o fuso, o clima, a comida”, aponta o judoca, relembrando a realização do Troféu Brasil Interclubes também na capital federal, no mês passado.

“Fomos muito bem acolhidos em Brasília no Troféu Brasil. Acho que vai ser mais uma competição de grande sucesso”, prevê. “O nível vai ser alto, bem próximo das Olimpíadas, e vai ser bom para realmente tentar ganhar esses pontos e encaminhar a vaga. Estou feliz que esse Grand Slam vai ser realizado em casa”, comenta o atleta, que também deseja exibir as evoluções demonstradas nos treinamentos para confirmar a nova fase.

“Tenho evoluído e melhorado bastante minha maneira de treinar, conseguindo projetar. Acho que a cada competição tenho mostrado um trabalho interessante, e tenho tudo para construir uma história boa pensando nos Jogos. É cedo ainda, temos um ano aí, mas estou bastante entusiasmado com o trabalho que venho fazendo. As coisas estão acontecendo de maneira muito boa”, define.

Com informações de: Rede do Esporte
Foto: Roberto Castro/Rede do Esporte

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