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Guia da Copa do Mundo de Futebol Feminino 2019 - Grupo D

INGLATERRA 


Ranking da FIFA: 3° lugar 

Histórico em Copas: 
1991, 1999, 2003: Não Classificada 
1995, 2007, 2011: Quartas de Final 
2015: Terceiro Lugar 

Primeira Fase 
9 de Junho: Inglaterra x Escócia (13h; Allianz Riviera, Nice) 
14 de Junho: Inglaterra x Argentina (16h; Stade Océane, Le Havre) 
19 de Junho: Japão x Inglaterra (16h; Allianz Riveira, Nice) 

Time Base: Karen Bardsley; Lucy Bronze, Steph Houghton, Abbie McManus, Demi Stokes; Keira Walsh, Jill Scott; Nikita Parris, Fran Kirby, Toni Duggan; Ellen White. 

A equipe inglesa já teve diversas variações táticas desde a chegada de Phil Neville, sendo o 4-2-3-1 o mais utilizado. No gol a experiente Bardsley é a titular absoluta, enquanto Telford e Earps são duas boas opções no banco de reservas. Para a lateral, Lucy Bronze é a melhor do mundo na posição e até já foi testada no meio campo, mas sem sucesso. Na esquerda, Stokes tem a concorrência de Greenwood, curiosamente atletas dos dois times de Manchester. Na defesa, Houghton e McManus foram uma dupla de zaga segura e com boa qualidade na saída de bola e caso seja necessário uma zagueira mais física, há a opção de Millie Bright, tendo ainda Williamson como opção versátil para a defesa ou volancia. Walsh e Scott são responsáveis pelo controle no meio campo, tendo Moore como outra opção. Para o setor ofensivo, Duggan, Kirby, White, Parris e Mead são as principais opções no setor.


Craque - Steph Houghton: É a zagueira e capitã das Lionesses que lutarão para chegar novamente entre as melhores do mundo. Técnica, inteligente e com ótima bola parada, além de sua liderança, fornece muita qualidade dentro de campo. A jogadora irá para seu terceiro mundial.

Fique de Olho - Keira Walsh: Passou por todas as categorias de base da Inglaterra até ter sua oportunidade na seleção principal, onde não largou mais. Típica meio campista box-to-box, fez boa temporada no Manchester City e garante qualidade de passe, controle e visão de jogo para as inglesas.


Técnico - Phil Neville: É um nome novo no futebol feminino e vem encaixando boas ideias desde sua chegada. O time vem ganhando mais padrão de jogo e versatilidade, porém, ainda carece de organização tática em alguns momentos. O time chega com força máxima para a Copa.


Convocação Final:

Goleiras: 1-Karen Bardsley (Manchester City), 13-Carly Telford (Chelsea), 21-Mary Earps (Wolfsburg);


Defensoras: 2-Lucy Bronze (Lyon-FRA), 3-Alex Greenwood (Manchester United), 5-Steph Houghton (Manchester City), 6-Millie Bright (Chelsea), 12-Demi Stokes (Manchester City), 14-Leah Williamson (Arsenal), 15-Abbie McManus (Manchester City), 17-Rachel Daly (Houston Dash-EUA);


Meio Campistas: 4-Keira Walsh (Manchester City), 8-Jill Scott (Manchester City), 16-Jade Moore (Reading), 19-Georgia Stanway (Manchester City), 20-Karen Carney (Chelsea), 23-Lucy Staniforth (Birmingham);

Atacantes: 7-Nikita Parris (Manchester City), 9-Jodie Taylor (Seattle Reign-EUA), 10-Fran Kirby (Chelsea), 11-Toni Duggan (Barcelona-ESP), 18-Ellen White (Birmingham), 22-Beth Mead (Arsenal).






ESCÓCIA 


Ranking da FIFA: 20° lugar 

Histórico em Copas: Estreante 


Primeira Fase 
9 de Junho: Inglaterra x Escócia (13h; Allianz Riviera, Nice) 
14 de Junho: Japão x Escócia (10h; Raozhon Park, Rennes) 
19 de Junho: Escócia x Argentina (16h; Parc des Princes, Paris) 


Time Base: Lee Alexander; Sophie Howard, Rachel Corsie, Jennifer Beattie, Nicola Docherty; Kim Little, Caroline Weir; Lisa Evans, Jane Ross, Hayley Lauder; Erin Cuthbert. 

O meio campo é o setor mais forte da equipe. O trio formado por Kim Little, Caroline Weir e Jane Ross é muito técnico e tem um importante apoio em Lisa Evans e Erin Cuthbert, as duas com maior capacidade de dar velocidade ao ataque escocês. A preocupação principal se dá nas condições físicas de Little, quase sempre assolada por lesões. Caso isso se repita em meio ao mundial, Christie Murray seria a substituta. Experiente e de melhor marcação do que a armadora do Arsenal, teria um papel mais defensivo ao lado de Caroline Weir e liberaria ainda mais os contra-ataques, já que tanto Evans quanto Cuthbert não precisariam se preocupar tanto com marcação. Jo Love é outra opção para a função. Sem Kim Little, porém, o time perde grande parte da criatividade em seu meio campo. Seu deslocamento mais atrás, ajudando na saída de bola, é uma ideia que veio com a técnica Shelley Kerr. Assim, o time consegue sair ao ataque com mais qualidade e aproveita melhor os lançamentos longos da meia do Arsenal. 

A defesa é segura e experiente. Sophie Howard e Nicola Docherty são defensivas e dificilmente largam suas posições de laterais. Por conta dos duelos contra Inglaterra e Japão, em que se espera que a Escócia mais se defenda do que ataque, as duas pouco devem passar o meio campo. Docherty é a substituta imediata de Emma Mitchell, lateral que já atuou como zagueira no Arsenal e também na seleção, ausência para o mundial por não estar nas melhores condições clínicas. Caso o 3-5-2 seja utilizado (com Docherty como zagueira), Hayley Lauder, polivalente jogadora que pode jogar tanto na meia quanto na ala esquerda, seria o apoio pelo setor. Outra atleta reserva que deve ter seus minutos durante o mundial é Claire Emslie, de bom rendimento no crucial jogo contra a Suíça que encaminhou a vaga escocesa na Copa. Meia pelo lado direito, aumentaria a velocidade da seleção no contra-ataque, deslocando Lisa Evans para o lado esquerdo e fixando Erin Cuthbert, velocista de origem, pelo centro. Fiona Brown (meia-esquerda) também foi um nome importante para a classificação, tendo feito boa eliminatória. 



Craque - Kim Little: A grande referência da seleção é responsável pelos momentos de brilho da Escócia. Motorzinho da equipe e de uma qualidade técnica ímpar, já foi eleita três vezes a melhor jogadora do ano na Grã-Bretanha e é uma peça indispensável também no Arsenal, seu atual clube. O grande problema que assola sua carreira é o das lesões. Após ser o grande destaque de uma Escócia que pela primeira vez iria participar de um torneio importante no futebol feminino, uma lesão de ligamento cruzado impediu a presença da atleta na Eurocopa de 2017. Tendo pela frente uma Copa do Mundo e a chance de enfim aparecer com o país em uma competição de grande apelo, o fã do futebol feminino e do jogo bonito espera que a meia chegue nas melhores condições e consiga desempenhar seu papel em campo guiando sua seleção diante de uma chave complicada que ainda conta com Japão e Inglaterra, vice-campeã e terceira colocada no Mundial passado. Armadora no Arsenal, Kim Little atua mais atrás no selecionado escocês, organizando os ataques desde o começo e dando qualidade na distribuição de bola para as jogadas em velocidade pelos lados do campo. 


Fique de Olho - Erin Cuthbert: Aos 18 anos a agora meio campista do Chelsea já aparecia defendendo as cores do país na Eurocopa, a primeira competição de grande porte da Escócia no futebol feminino. E obteve destaque, entrando nos três jogos e marcando na derrota contra Portugal, em partida válida pela segunda rodada. Por conta do bom rendimento, iniciou o duelo contra a Espanha, o último da breve participação do país no torneio continental. Dois anos após a Eurocopa, é protagonista no clube londrino e titular indispensável dentro do selecionado escocês. Cuthbert vem de uma ótima eliminatória e é uma das esperanças ofensivas do time que tem no meio campo o setor mais forte. Meia que preferencialmente atua pelos lados, em alguns momentos é colocada como referência para que a escapada em contra-ataque seja a principal arma dentro do jogo. Contra a Suíça, no confronto que se tornou decisivo para a classificação ao mundial, atuou mais à frente e contou com o apoio de Jane Ross e Hayley Lauder. Nos difíceis duelos contra inglesas e japonesas, os avanços em velocidade serão importantes. Assim, a chance de a meia aparecer e mostrar o seu valor é grande. 


Técnica - Michelle Kerr: Ex-zagueira do time escocês, "Shelley" Kerr assumiu a seleção logo após a participação do país na Eurocopa realizada na Holanda. E manteve os resultados em alta, com a Escócia batendo a favorita Suíça na última rodada da eliminatória e conseguindo a vaga direta ao mundial de maneira surpreendente. Se esteve distante de conseguir o feito enquanto atleta profissional, logo no seu primeiro qualificatório a uma competição de maior nível conseguiu colocar seu nome na história do futebol feminino local. Falando exclusivamente de títulos, Kerr venceu duas edições da FA Women's Cup pelo Arsenal na breve passagem que teve pelo clube londrino entre 2013 e 2014. Enquanto defensora, atuou em equipes importantes da Escócia como Kilmarnock e Hibernian, além de ter se aventurado no inglês Doncaster Rovers. Com a camisa da seleção, que defendeu 59 vezes em um período de quase 20 anos, foram três gols marcados e a faixa de capitão por um longo período. 


Convocação Final:

Goleiras: 1-Lee Alexander (Glasgow City), 12-Shannon Lynn (Vittsjo GIK-SUE), 21-Jenna Fife (Hibernian); 

Defensoras: 2-Kirsty Smith (Manchester United-ING), 3-Nicola Docherty (Glasgow City), 4-Rachel Corsie (Utah Royals-EUA), 5-Jennifer Beattie (Manchester City-ING), 7-Hayley Lauder (Glasgow City), 14-Chloe Arthur (Birmingham-ING), 15-Sophie Howard (Reading-ING), 17-Joelle Murray (Hibernian); 

Meio Campistas: 6-Jo Love (Glasgow City), 8-Kim Little (Arsenal-ING), 9-Caroline Weir (Manchester City-ING), 10-Leanne Crichton (Glasgow City), 16-Christie Murray (Liverpool-ING), 23-Lizzie Arnot (Manchester United-ING);

Atacantes: 11-Lisa Evans (Arsenal-ING), 13-Jane Ross (West Ham-ING), 18-Claire Emslie (Manchester City-ING), 19-Lana Clelland (Fiorentina-ITA), 20-Fiona Brown (FC Rosengard-SUE), 22-Erin Cuthbert (Chelsea-ING).



ARGENTINA 


Ranking da FIFA: 37° lugar 

Histórico em Copas
1991, 1995, 1999, 2011, 2015: Não Classificada 
2003, 2007: Fase de Grupos 


Primeira Fase 
10 de Junho: Argentina x Japão (13h; Parc des Princes, Paris) 
14 de Junho: Inglaterra x Argentina (16h; Stade Océane, Le Havre) 
19 de Junho: Escócia x Argentina (16h; Parc des Princes, Paris) 


Time Base: Vanina Correa; Adriana Sachs, Agustina Barroso, Aldana Cometti, Eliana Stábile; Vanesa Santana, Lorena Benitez; Mariana Larroquette, Estefania Banini, Florencia Bonsegundo; Sole Jaimes. 

Após 12 anos de ausência, a Argentina retorna a um mundial feminino. Com algumas atletas atuando no futebol da Espanha, as argentinas não tem tantas expectativas para surpreender nessa Copa, porém, se engana quem pensa que a equipe é extremamente limitada, visto que há alguns fatores individuais que podem ser importantes. Uma equipe que gosta de jogar explorando as laterais de campo e que tem uma experiente centroavante com passagem pelo futebol brasileiro, asiático e europeu.


Craque - Sole Jaimes: É, ao lado de Estafania Banini, o nome mais conhecido do time. Centroavante com excelente presença de área, seus gols são a esperança da equipe argentina, mas para que isso ocorra, o meio campo precisa estar bem coeso para que as bolas possam chegar à centroavante do Lyon.

Fique de Olho - Eliana Stábile: Apelidada de La Zurda, é uma lateral esquerda que tem ótima presença ofensiva. Aos 25 anos e atuando no futebol colombiano, ela tem muita importância na criação de jogadas ofensivas para a Argentina.


Técnico - Carlos Borrello: Está desde 2017 no comando da Argentina e foi o responsável por guiar sua seleção as participações em Copas do Mundo Femininas em 2003 e 2007, além das Olimpíadas em 2008. Após o bom trabalho na equipe do Urquiza, retornou a seleção nacional e conseguiu essa qualificação para o mundial, derrotando a Colômbia no quadrangular final, resultado crucial para a qualificação.


Convocação Final:

Goleiras: 1-Vanina Correa (Rosario Central), 12-Gabriela Garton (Sem Clube), 23-Solana Pereyra (UAI Urquiza);

Defensoras: 2-Agustina Barroso (Madrid CFF-ESP), 3-Eliana Stábile (Boca Juniors), 4-Adriana Sachs (UAI Urquiza), 6-Aldana Cometti (Sevilla FC-ESP), 13-Virgínia Gómez (Rosario Central), 18-Gabriela Chávez (River Plate), 21-Natalie Juncos (Sem Clube);

Meio Campistas: 5-Vanesa Santana (Logrono CFF-ESP), 8-Ruth Bravo (CD Tacón-ESP), 10-Estefanía Banini (Levante UD-ESP), 14-Miriam Mayorga (UAI Urquiza), 16-Lorena Benítez (Boca Juniors), 17-Mariela Coronel (Granada CF-ESP), 20-Dalila Ippolito (River Plate);

Atacantes: 7-Yael Oviedo (Rayo Vallecano-ESP), 9-Sole Jaimes (Lyon-FRA), 11-Florencia Bonsegundo (Sporting Huelva-ESP), 15-María Potassa (UAI Urquiza), 19-Mariana Larroquette (UAI Urquiza), 22-Milagros Menéndez (UAI Urquiza).



JAPÃO 


Ranking da FIFA: 7° lugar 

Histórico em Copas
1991, 1999, 2003, 2007: Fase de Grupos 
1995: Quartas de Final 
2011: Campeão 
2015: Segundo Lugar 


Primeira Fase 
10 de Junho: Argentina x Japão (13h; Parc des Princes, Paris) 
14 de Junho: Japão x Escócia (10h; Raozhon Park, Rennes) 
19 de Junho: Japão x Inglaterra (16h; Allianz Riveira, Nice) 


Time Base: Ayaka Yamashita; Risa Shimizu, Saki Kumagai, Shiori Miyake, Aya Sameshima; Emi Nakajima, Mizuho Sakaguchi, Rumi Utsugi, Yui Hasegawa; Yuika Sugasawa, Mana Iwabuchi. 

O esquema 4-4-2 permanece como o padrão do time japonês. Mantendo a distribuição que deu ao país seu período mais vitorioso dentro do futebol feminino, a técnica Asako Takakura optou apenas por renovar algumas peças que compõem a nova seleção. Algumas atletas nem são tão jovens assim, mas são novidades em relação aos elencos passados. Se antes o meio campo era mais lento e de melhor controle de bola, com nomes como Kawasumi, Miyama e Sawa, desta vez a opção maior se dá pela velocidade de Emi Nakajima pelo lado direito e Yui Hasegawa pela esquerda. Novos nomes aparecem em diferentes setores, com Kumi Yokoyama e Yuika Sugasawa ganhando espaço no setor ofensivo enquanto Risa Shimizu, Nana Ichise, Shiori Miyake e Moeka Minami se tornaram opções para a defesa. Saori Ariyoshi, experiente jogadora que atua tanto como volante quanto na lateral, foi uma ausência surpreendente na lista final para a Copa do Mundo. Bem como a goleira Erin Yamane, titular da Nadeshiko em torneios recentes. Mana Iwabuchi, Mizuho Sakaguchi, Rumi Utsugi (volante e lateral), Saki Kumagai e a polivalente Aya Sameshima são os nomes que atravessaram todo esses últimos anos de sucesso dentro da Nadeshiko e conseguiram se manter na equipe mesmo com forte concorrência em seus setores. 

O miolo de zaga é o que o Japão parece ter de melhor hoje em dia. Se Sawa e Miyama eram os diferenciais da seleção há poucos anos, a defesa atualmente montada com Kumagai, Miyake e Sameshima dá conta do recado e sabe se portar contra seleções mais fortes. Essa última, por vezes, deixa a posição de lateral e é fixada na defesa ao lado de Kumagai. Em partidas contra rivais teoricamente mais fracos e que buscam se defender na maior parte do tempo, um avanço pelo meio ou um passe mais qualificado de Sameshima podem fazer a diferença e abrir espaços no setor defensivo adversário. Para melhorar a produção ofensiva e ter mais opções para o decorrer das partidas, Takakura promoveu atletas campeãs do mundo Sub-20 em 2018, casos de Jun Endo e Saori Takarada (essa última após substituir a lesionada Riko Ueki, também do Sub-20, após a divulgação da lista final). As duas tiveram grande participação na conquista e não sentiram a responsabilidade de aparecer em uma seleção principal, obtendo destaque nas oportunidades recebidas. Yuka Momiki, mais experiente, foi outra meio campista que garantiu sua vaga após boas exibições em 2019 (especialmente na SheBelieves Cup, quando marcou contra o Brasil). 


Craque - Saki Kumagai: Zagueira de ótimo recurso técnico, já era uma das referências do elenco no período de títulos e vitórias. Um dos poucos nomes a permanecer nas convocações com o início da reformulação imposta pela técnica Asako Takakura, se tornou o grande destaque do país. As notáveis temporadas com o Lyon em competições locais e também na Liga dos Campeões da Europa popularizaram seus feitos e o reconhecimento internacional veio com ainda mais peso. Frequentemente seu nome aparece em listas que discutem as melhores defensoras em atividade no futebol mundial. Em torneios recentes que ficou de fora, o desempenho das Nadeshiko não foi o mesmo. A defesa sofreu oito gols em jogos contra Estados Unidos, Brasil e Austrália no ano passado. Três derrotas pesadas na preparação ao mundial e que serviram para mostrar que Kumagai é mais do que imprescindível para o bom rendimento do setor defensivo nipônico. Possui boa técnica, aparecendo como destaque também nas cobranças de pênalti. 

Fique de Olho – Mizuho Sakaguchi: É a jogadora remanescente do setor mais forte de uma geração que encantou o mundo pelos resultados e também pela forma de atuar. Algumas vezes ofuscada pelo desempenho ofensivo do trio Kawasumi, Miyama e Sawa (depois Utsugi), Sakaguchi sempre foi o ponto de segurança à frente da área japonesa. Agora líder do setor de meio campo, a atleta de 31 anos conta com mais liberdade para avançar e aparece para finalizar e criar lances ofensivos. Se tornou imprescindível para a Nadeshiko em uma posição em que a seleção possui jogadoras de destaque já consolidadas e outras surgindo nas esquadras de base. Para se ter uma ideia, atletas do nível de Fuka Nagano, Rin Sumida e Hikaru Naomoto ficaram de fora inclusive da lista final, não se tornando opções sequer para o andamento do mundial. Sakaguchi esteve ausente em algumas convocações mas sempre foi tratada como imprescindível pela técnica Asako Takakura, que buscava apenas dar maior rodagem para as jovens atletas tanto em torneios internacionais quanto em amistosos. 


Técnica - Asako Takakura: Ex-meio campista da seleção japonesa, assumiu o comando técnico da Nadeshiko após a não classificação do país para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. Se é verdade que a eliminação precoce foi algo inesperado, também é verdade que o antigo treinador, Norio Sasaki, vinha de um título mundial, um vice e uma medalha de prata em Olimpíada no período mais frutífero da história do futebol feminino do país. Tendo pela frente um elenco desgastado, desde cedo a técnica de 51 anos tratou de renovar os setores testando novas peças em quase todas as funções. Terá um desafio prazeroso pela frente que é mesclar boas peças do ciclo anterior com jovens de DNA vencedor em campeonatos mundiais de base que buscam seu espaço dentro do selecionado principal. Como toda responsabilidade é pouca, Takakura provavelmente será a comandante japonesa nos Jogos Olímpicos de 2020, a serem realizados em Tóquio. 


Convocação Final

Goleiras: 1-Sakiko Ikeda (Urawa Red Diamonds), 18-Ayaka Yamashita (Nippon TV), 21-Chika Hirao (Albirex Niigata); 

Defensoras: 3-Aya Sameshima (INAC Kobe), 4-Saki Kumagai (Lyon-FRA), 5-Nana Ichise (Mynavi Vegalta Sendai), 12-Moeka Minami (Urawa Reds), 16-Asato Miyagawa (Nippon TV), 22-Risa Shimizu (Nippon TV), 23-Shiori Miyake (INAC Kobe), 

Meio Campistas: 2-Rumi Utsugi (Reign FC-EUA), 6-Hina Sugita (INAC Kobe), 7-Emi Nakajima (INAC Kobe), 10-Mizuho Sakaguchi (Nippon TV), 14-Yui Hasegawa (Nippon TV), 15-Yuka Momiki (Nippon TV), 17-Narumi Miura (Nippon TV), 19-Jun Endo (Nippon TV); 

Atacantes: 8-Mana Iwabuchi (INAC Kobe), 9-Yuika Sugasawa (Urawa Reds), 11-Rikako Kobayashi (Nippon TV), 13-Saori Takarada (Cerezo Osaka Ladies), 20-Kumi Yokoyama (AC Nagano).


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