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Guia da Copa do Mundo de Futebol Feminino 2019 - Grupo C

AUSTRÁLIA 


Ranking da FIFA: 6° lugar 


Histórico em Copas

1991: Não Classificada 
1995, 1999, 2003: Fase de Grupos 
2007, 2011, 2015: Quartas de Final 


Primeira Fase 

9 de Junho: Austrália x Itália (8h; Stade du Hainaut, Valenciennes) 
13 de Junho: Austrália x Brasil (13h; Stade de la Mosson, Montpellier) 
18 de Junho: Jamaica x Austrália (16h; Stade des Alpes, Grenoble) 

Time Base: Lydia Williams; Ellie Carpenter, Clare Polkinghorne, Alanna Kennedy, Steph Catley; Elise Kellond-Knight, Emily van Egmond, Katrina Gorry; Caitlin Foord, Lisa De Vanna, Sam Kerr. 

Mesmo com a troca do comando técnico a menos de seis meses do mundial, pouca coisa se alterou no time australiano. O esquema ainda é o 4-3-3, com duas atletas de velocidade pelo lado do campo e três responsáveis pela qualidade do passe no meio campo, além da forte chegada para lances aéreos e rebotes. Caitlin Foord e Hayley Raso são ótimas opções para o contra-ataque pela direita, enquanto a experiente Lisa de Vanna continua sendo uma referência para o setor ofensivo da seleção. Por vezes a atleta troca de função com Sam Kerr, assumindo um posto mais fixo dentro da grande área. No centro do campo, Katrina Gorry e Emily van Egmond são imprescindíveis para o funcionamento da engrenagem australiana pela força na marcação e também nas chegadas ao ataque. A companheira das duas troca de acordo com a partida. Chloe Logarzo, Elise Kellond-Knight e Tameka Yallop já desempenharam esse papel e a verdade é que nem o técnico tem total convicção de quem escalar pelo pouco tempo à frente das Matildas. 

Van Egmond é a principal atleta em matéria de qualidade no passe, sendo a responsável direta pela saída de bola. O fato de atuar ali não a impede de avançar para marcar em finalizações de longe, como na partida contra a China três anos atrás que confirmou a Austrália na Olimpíada do Rio de Janeiro. Na defesa encontram-se os nomes mais experientes da atual seleção. Lydia Williams (31), Clare Polkinghorne (30) e Laura Alleway (29) são figurinhas carimbadas e dão segurança para que a jovem Ellie Carpenter, de apenas 19 anos, figure como titular e renda no mais alto nível. A titularidade da garota, porém, depende das condições clínicas de Caitlin Foord, já que antes da grave lesão que sofreu a atleta do Portland Thorns era a titular na lateral-direita. Caso Foord atue como atacante (posição de origem), Carpenter deve herdar o posto no setor direito da defesa. A dupla se entende muito bem e certamente será um incômodo enorme aos times adversários. Quem voltou a aparecer com Ante Milicic no comando técnico foi Steph Catley, titular no ciclo olímpico passado mas ausente em algumas atuações nacionais recentes. Seu apoio ao ataque com bons cruzamentos e sua velocidade são importantes para a seleção. 


Craque - Sam Kerr: Melhor atleta da Ásia no ano de 2017, a atacante de 25 anos vem evoluindo a cada temporada que passa, a ponto de alguns australianos exigirem a presença de Kerr entre as melhores do mundo na anual lista da FIFA. Para se ter uma ideia, a atacante ficou em terceiro lugar na escolha da BBC para a Jogadora do Ano de 2018, provando que consegue sim render em alto nível mundialmente. Polivalente, atua como centroavante ou meia pelo lado esquerdo dependendo da partida e é sempre um perigo para as adversárias pela capacidade de improviso em lances individuais e o faro de gol. Nesse quesito, Kerr é a recordista na história da Liga Norte-Americana (NWSL), tendo marcado 61 e deixando para trás nomes consagrados como Alex Morgan e Christine Sinclair. É a cereja do bolo em um forte time que tem tudo para surpreender e dar trabalho para as ditas favoritas. 

Fique de Olho - Ellie Carpenter: Tendo estreado na seleção principal aos 16 anos de idade, já se sabia que Carpenter teria um futuro enorme dentro do time nacional. Mas a rapidez com que a jovem lateral se firmou dentro de um elenco tão experiente e de boas peças para seu setor ainda impressiona. A defensora é até hoje a atleta mais jovem do futebol feminino a entrar em campo em uma Olimpíada, além de ser a mais precoce a marcar na Liga Norte-Americana (NWSL). Mesmo com somente 19 anos, ela já possui experiência suficiente para entrar em uma Copa do Mundo e fazer um bom papel, visto que teve pela frente atletas como Marta, Tobin Heath e Megan Rapinoe e conseguiu dar conta do recado, obtendo vantagem na maior parte dos duelos. A alta competitividade na função pode atrapalhar o andamento de Carpenter dentro do mundial, ainda mais se o técnico optar por experiência e velocidade de Foord em confrontos contra seleções que possuem atletas rápidas que atacam pelo lado esquerdo, como é o caso de Brasil e Jamaica já na fase de grupos. 


Técnico - Ante Milicic: Ex-atacante, foi o escolhido para substituir Alen Stajcic no comando das Matildas após a conturbada saída do então comandante. O treinador de 44 anos vai para a sua primeira experiência no futebol feminino apesar de já possuir boa experiência em seleções australianas. Milicic foi assistente e técnico de time principal, Sub-20 e Sub-23 nos últimos cinco anos além de ter defendido o país como atleta também nessas três categorias. Pouco antes do Mundial, foi confirmada a manutenção de Milicic para o qualificatório olímpico também, pondo fim a muitas discussões sobre uma passagem que poderia ser a de técnico interino para a atual edição da Copa do Mundo. Com pouco tempo para avaliar o elenco e decidir formar um time titular, pouca coisa foi alterada desde que chegou. A maior dúvida cai sobre o lado direito, onde Carpenter, Foord e Raso brigam, teoricamente, por duas vagas. Um acerto do novo técnico foi bancar Emily Gielnik, de boa estatura, um pouco mais à frente, atuando como 9. A jogadora do Melbourne Victory pode se tornar uma opção para um abafa final em busca de resultado. 


Convocação Final:


Goleiras: 1-Lydia Williams (Seattle Reigns-EUA), 12-Teagan Micah (UCLA-EUA), 18-Mackenzie Arnold (Brisbane Roar); 

Defensoras: 2-Gema Simon (Newcastle Jets), 4-Clare Polkinghorne (Houston Dash-EUA), 5-Laura Alleway (Melbourne Victory), 7-Steph Catley (Seattle Reign-EUA), 14-Alanna Kennedy (Orlando Pride-EUA), 1-Ellie Carpenter (Portland Thorns-EUA), 23-Teigen Allen (Melbourne Victory); 

Meio campistas: 3-Aivi Luik (Levante-ESP), 6-Chloe Logarzo (Washington Spirit-EUA), 8-Elise Kellond-Knight (Seattle Reign-EUA), 10-Emily Van Egmond (Orlando Pride-EUA), 13-Tameka Yallop (Klepp IL-EUA), 19-Katrina Gorry (Brisbane Roar), 22-Amy Harrison (Washington Spirit-EUA); 

Atacantes: 9-Caitlin Foord (Portland Thorns-EUA), 11-Lisa De Vanna (Sydney FC), 15-Emily Gielnik (Melbourne Victory), 16-Hayley Raso (Portland Thorns-EUA), 17-Mary Fowler (Bankstown City Lions), 20-Sam Kerr (Chicago Red Stars-EUA). 




ITÁLIA 



Ranking da FIFA: 15° lugar 


Histórico em Copas 

1991: Quartas de Final 
1995, 2003, 2007, 2011, 2015: Não Classificada 
1999: Fase de Grupos 


Primeira Fase 

9 de Junho: Austrália x Itália (8h; Stade du Hainaut, Valenciennes) 
14 de Junho: Jamaica x Itália (13h; Stade Auguste-Delaune, Reims) 
18 de Junho: Itália x Brasil (16h; Stade du Hainaut, Valenciennes) 


Time Base: Laura Giuliani; Valentina Bergamaschi, Elena Linari, Sara Gama, Lisa Boattin; Aurora Galli, Manuela Giugliano, Valentina Cernoia, Barbara Bonansea; Ilaria Mauro, Daniela Sabatino.

Jogando em um 4-2-2-2 ou 4-2-3-1, A equipe italiana volta a Copa do Mundo Feminina após 20 anos de ausência. Com a não classificação da seleção masculina para o mundial em 2018, cabem as italianas, que vivem progressos com os avanços do Campeonato Nacional (sobretudo com Juventus, Milan e Fiorentina), buscar uma boa campanha. No gol, Giuliani é figura carimbada como titular da Azurra, enquanto Bergamaschi e Boattin compõem as laterais. Na zaga, Linari e Gama compõem um miolo de zaga de boa estatura e eficaz na bola aérea ainda que a seleção sinta a ausência de Cecilia Salvai, cortada do mundial por lesão. No meio campo, Giugliano e Cernoia jogam centralizadas, enquanto nas pontas Galli e Bonansea oferecem opções ao ataque, composto por Sabatino, essa mais de movimentação e Mauro, centroavante conhecida por marcar muitos gols seja com a camisa da Itália, seja a da Fiorentina. 


Craque - Barbara Bonansea: Não há dúvidas que Barbara Bonansea é o grande nome desse time. A ponta vive a melhor fase de sua carreira aos 27 anos. Veloz, inteligente, com bom chute de média distância, pode causar muitos problemas no lado esquerdo das equipes adversárias com suas jogadas trabalhadas, gols, assistências, que a colocam como uma das principais jogadoras da posição no futebol europeu na atualidade. 

Fique de Olho - Manuela Giugliano: A jovem Manuela Giugliano tem impressionado pela maturidade, tendo apenas 21 anos, ela é a camisa 10 do Milan, que foi terceiro colocado na Serie A. Capaz de jogar em qualquer posição no meio campo, tem sido utilizada como volante ou ponta, devido a sua visão de jogo e capacidade de passes curtos, longos, além dos chutes de fora da área, ganhando confiança da treinadora. 


Técnica - Milena Bertolini: Fez trabalhos excelentes em temporadas anteriores com o Brescia, colocando a equipe no cenário internacional com participações na UWCL. Adepta de jogo ofensivo, gosta bastante de explorar jogadas ensaiadas, sobretudo envolvendo bolas aéreas, devido a boa estatura da equipe.



Convocação Final

Goleiras: 1-Laura Giuliani (Juventus FC), 12-Chiara Marchitelli (CF Florentia), 22-Rosalia Pipitone (AS Roma);

Defensoras: 3-Sara Gama (Juventus FC), 5-Elena Linari (Atlético de Madrid-ESP), 7-Alia Guagni (ACF Fiorentina), 13-Elisa Bartoli (AS Roma), 16-Laura Fusetti (AC Milan), 17-Lisa Boattin (Juventus FC), 20-Linda Tucceri (AC Milan);

Meio Campistas: 2-Valentina Bergamaschi (AC Milan), 4-Aurora Galli (Juventus FC), 6-Martina Rosucci (Juventus FC), 8-Alice Parisi (ACF Fiorentina), 11-Barbara Bonansea (Juventus FC), 15-Annamaria Serturini (AS Roma), 21-Valentina Cernoia (Juventus FC), 23-Manuela Giugliano (AC Milan);

Atacantes: 9-Daniela Sabatino (AC Milan), 10-Cristiana Girelli (Juventus FC), 14-Stefania Tarenzi (SSD Chievo Verona), 18-Ilaria Mauro (ACF Fiorentina), 19-Valentina Giacinti (AC Milan).




BRASIL 



Ranking da FIFA: 10° lugar 


Histórico em Copas

1991, 1995: Fase de Grupos 
1999: Terceiro Lugar 
2003, 2011: Quartas de Final 
2007: Segundo Lugar 
2015: Oitavas de Final 


Primeira Fase 
9 de Junho: Brasil x Jamaica (10h30; Stade des Alpes, Grenoble) 
13 de Junho: Austrália x Brasil (13h; Stade de la Mosson, Montpellier) 
18 de Junho: Itália x Brasil (16h; Stade du Hainaut, Valenciennes) 


Time Base: Bárbara; Letícia Santos, Érika, Mônica, Tamires; Thaisa, Formiga, Andressa Alves, Debinha; Marta, Bia. 

Com um 4-2-2-2, a seleção brasileira fez boa parte da sua preparação para a Copa do Mundo. No gol, Bárbara é titular desde as Olimpíadas, porém Aline Reis também aparece como opção para a meta. Nas laterais, Leticia Santos é ótima no apoio e briga por vaga com a recém-chegada Poliana, tendo vantagem nesse setor. Poliana substituiu Fabiana em meio à preparação para a Copa do Mundo e foi confirmada por Vadão na lista das 23 atletas no começo da noite desta segunda-feira. Fabi teve um problema na coxa. Já no lado esquerdo, Tamires tem a confiança de Vadão e vai para mais um grande torneio vestindo a 6 da seleção. Na zaga, a lesão de Rafaelle, titular absoluta mas que perderá a Copa do Mundo, praticamente confirmou Érika e Mônica como a dupla titular. No meio, a highlander Formiga cadencia o jogo perfeitamente, tendo a jovem Andressinha como candidata a sucessora. Debinha e Andressa Alves acrescentam velocidade aos lados de campo. No ataque, Bia e Marta, com Ludmila podendo ser opção para uma variação no esquema tático. 


Craque - Marta: A maior jogadora de todos os tempos poderá vir para sua última Copa do Mundo. Seu talento é indiscutível, bem como sua liderança na seleção brasileira. Estando na melhor forma, com um time jogando bem, poderá ser decisiva no mundial. Com recursos de drible, chute, velocidade, evoluiu taticamente ao passar dos anos de uma armadora de jogadas, para exímia finalizadora e com passes precisos para gol. 

Fique de Olho - Ludmila: A atacante do Atletico de Madrid é veloz, tem boa finalização e chega como uma das promessas da seleção brasileira. Sua parceira com Jenni Hermoso rendeu uma Liga Iberdrola ao clube colchonero e sua presença na seleção brasileira é certa nessa Copa. Resta saber se desbancará Bia Zaneratto e se ficará entre as titulares. 


Técnico - Oswaldo Alvarez: Vadão treinará a seleção brasileira em mais um mundial feminino. Com passagem em equipes masculinas, será sua segunda Copa do Mundo e sua situação atual não permite erros, visto que a seleção está com uma péssima sequência de derrotas antes do mundial e sem apresentar o melhor futebol possível. 


Convocação Final:

Goleiras: 1-Bárbara (Kindermann), 12-Aline Reis (Tenerife-ESP), 22-Letícia (Corinthians);

Defensoras: 2-Poliana (São José), 3-Érika (Corinthians), 4-Tayla (SL Benfica-POR), 6-Tamires (Fortuna Hjorring-DIN), 13-Letícia Santos (SC Sand-ALE), 14-Kathellen (Bordeaux-FRA), 21-Mônica (Internacional);

Meio Campistas: 5-Thaísa (AC Milan-ITA), 7-Andressa Alves (FC Barcelona-ESP), 8-Formiga (PSG-FRA), 15-Camila (Orlando Pride-EUA), 17-Andressinha (Iranduba), 18-Luana (Jeonbuk KSPO-KOR);

Atacantes: 9-Debinha (NC Courage-EUA), 10-Marta (Orlando Pride-EUA), 11-Cristiane (São Paulo), 16-Beatriz (Hyundai Steel Red Angels-KOR), 19-Ludmila (Atlético de Madrid-ESP), 20-Raquel Fernandes (Sporting Huelva-ESP), 23-Geyse (SL Benfica-POR).




JAMAICA 



Ranking da FIFA: 53° lugar 

Histórico em Copas: Estreante 


Primeira Fase 

9 de Junho: Brasil x Jamaica (8h30; Stade des Alpes, Grenoble) 
14 de Junho: Jamaica x Itália (13h; Stade Auguste-Delanue, Reims) 
18 de Junho: Jamaica x Austrália (16h; Stade des Alpes, Grenoble) 

Time Base: Sydney Schneider; Dominique Bond-Flasza, Konya Plummer, Allyson Swaby, Lauren Silver; Chinyelu Asher, Marlo Sweatman; Trudi Carter, Jody Brown, Deneisha Blackwood; Khadija Shaw. 

O 4-2-3-1 é o esquema jamaicano para o seu primeiro mundial feminino, o primeiro também de uma seleção do Caribe. O setor ofensivo é o ponto forte, com as três meias se destacando pela boa velocidade e a forte chegada na área para finalização. Jody Brown, a mais jovem e responsável pela criação dos lances, constantemente vai para o lado esquerdo e busca uma jogada de linha de fundo apesar de destra. A novata capitã Konya Plummer (21 anos) e a polivalente Lauren Silver (também meio campista) são os pontos de segurança na defesa. Sydney Schneider, de ótima eliminatória, também se destaca lá atrás e parece ter vencido o duelo contra Nicole McClure pela camisa 1 das Reggae Girlz. Com boas defesas especialmente contra Panamá e Costa Rica, foi uma das responsáveis pela classificação jamaicana à Copa do Mundo. Khadija Shaw é a esperança de gols na frente, vinda de ótima participação tanto no qualificatório ao mundial quanto nos Jogos Centro Americanos realizados em Barranquilla no ano passado. A atacante é tratada como celebridade no país pelos números dentro da equipe e foi muito comemorada nos amistosos contra o Chile no começo do ano, dois dos últimos testes da seleção antes da viagem histórica à França. 

Muito alterado devido ao pouco tempo de intervalo entre um jogo e outro, o time contou ainda com boas peças vindas do banco que deram conta do recado quando chamadas durante a eliminatória. Para o meio campo, Sashana Campbell e Chantelle Swaby foi opção para a parte central e também na busca por mais fôlego para os contra-ataques. Marlo Sweatman, provável titular, mostrou qualidade nos chutes de média distância e é uma arma também para as jogadas em bola parada. A Jamaica carece, porém, de uma peça de mais força na frente caso necessite. Pela importância que tem nos lances aéreos e também nas jogadas em que protege a bola contra as adversárias para a aproximação das companheiras, Khadija Shaw é insubstituível. Jody Brown pode aparecer como atacante, mas a forma de atuar das Reggae Girlz muda completamente, com a seleção buscando quase que a todo instante a escapada em velocidade. Para a defesa, a lateral Toriana Patterson é outra que pode aparecer ocasionalmente apesar da boa forma recente da titular Dominique Bond-Flasza. 


Craque - Khadija Shaw: Artilheira na campanha que colocou a Jamaica na Copa, a atacante espera manter os bons números que conseguiu em 2018. Seus 19 gols durante toda a campanha (desde as fases preliminares) chamam a atenção, mas o que acrescenta importância é que dois deles foram essenciais para a classificação. Shaw balançou as redes na surpreendente vitória contra a favorita Costa Rica (1x0) e marcou também no decisivo encontro contra as panamenhas (2x2), com a seleção vencendo nos pênaltis e garantindo um posto no mundial. A atleta do Univesity of Tennessee, dos Estados Unidos, foi eleita a segunda melhor da CONCACAF em 2018, ficando atrás apenas da americana Alex Morgan. Em compensação, esteve no time ideal do ano no continente, assim como a companheira Jody Brown. Outro ponto importante do 2018 de Shaw é que, apesar da eliminação jamaicana ainda na primeira fase dos Jogos Centro Americanos e do Caribe, a atacante marcou duas vezes em três jogos em que pouco se esperava de sua seleção, contra Venezuela, Colômbia e Costa Rica. 

Fique de Olho - Jody Brown: Com somente 16 anos e sem participar de todos os minutos de sua seleção na última eliminatória, Jody Brown terminou a campanha jamaicana com quatro gols na fase derradeira. Um ano mais velha, chega para a Copa do Mundo como uma das atletas a se ficar de olho pela qualidade técnica (tem facilidade para finalizar com os dois pés) e também pela inteligência para encontrar espaços. Apesar de a Jamaica pouco almejar dentro do mundial, o estilo ofensivo do time pode acabar beneficiando o setor em que Brown aparece. Seja pelo centro ou pelo lado esquerdo, sua velocidade e seu controle de bola fazem a diferença para a criação de lances ofensivos. É quem mais auxilia Khadija Shaw e a parceria tem tudo para render bons frutos para o futebol feminino do país dentro dos próximos anos. Em 2018, Jody Brown venceu o prêmio de Melhor Jogadora Jovem da eliminatória e esteve na seleção ideal da CONCACAF ao término do ano. Se a Jamaica conseguir avançar dentro do campeonato, provavelmente terá muito de sua jovem armadora na campanha. 


Técnico - Hue Menzies: Será o técnico responsável por treinar a Jamaica em sua primeira Copa do Mundo na história na que será também a primeira participação de uma seleção caribenha em um mundial feminino. Menzies começou sua participação no comando das Reggae Girlz em 2015, logo após a não-classificação para o Mundial do Canadá. Sua chegada e o apoio de Cedella Marley (filha de Bob Marley) ao futebol feminino deram um novo gás para a seleção alcançar o objetivo maior que foi a classificação para a atual Copa. Com um grupo renovado e formado por muitas jogadoras jovens, a experiência do treinador foi fundamental para que a Jamaica deixasse para trás seleções de mais porte e ditas favoritas como México e Costa Rica além de fazer jogo duro na última edição dos Jogos Centro Americanos e do Caribe, a competição de mais nível antes da histórica campanha na Eliminatória. O técnico de 55 anos tem passagens como auxiliar por Texas Longhorn Women (até 1997) e também seleção norte-americana Sub-19 feminina (2004).



Convocação Final:

Goleiras: 1-Sydney Schneider (University North Carolina-EUA), 13-Nicole McClure (Sion Swift LFC-NIR), 23-Yazmeen Jamieson (Papakura City-NZL);

Defensoras: 3-Chanel Hudson-Marks (University Memphis-EUA), 5-Konya Plummer (UCF Knights-EUA), 14-Deneisha Blackwood (University West Florida-EUA), 16-Dominique Bond-Flasza (PSV-HOL), 17-Allyson Swaby (AS Roma-ITA), 19-Toriana Patterson (ASD Pink Sport Time-ITA);

Meio Campistas: 2-Lauren Silver (Trondheims/Om-NOR), 4-Chantelle Swaby (University Rutgers-EUA), 6-Havana Solaun (Klepp IL-NOR), 7-Chinyelu Asher (Stabaek IF-NOR), 8-Ashleigh Shim (Sem Clube), 9-Marlo Sweatman (Szent Mihaly-HUN), 12-Sashana Campbell (Maccabi Kishronot Hadera-ISR); 

Atacantes: 10-Jody Brown (Montverde Academy-EUA), 11-Khadija Shaw (University Tennessee-EUA), 15-Tiffany Cameron (Stabaek IF-NOR), 18-Trudi Carter (AS Roma-ITA), 20-Cheyna Matthews (Washington Spirit-EUA), 21-Olufolasade Adamolekun (United Soccer Alliance-EUA), 22-Kayla McCoy (Houston Dash-EUA).


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