A bicampeã olímpica Caster Semenya (RSA) perdeu a apelação feita a Corte Arbitral do Esporte (CAS) contra as regras criadas pela IAAF (Federação Internacional de Atletismo) para reduzir os níveis de testosterona naturalmente produzidas em algumas corredoras.
Segundo o CAS, as regras da IAAF em relação a atletas com diferenças de desenvolvimento sexual são discriminatórias, mas devem ser aplicadas.
O resultado do veredito foi de 2 votos a 1 a favor das regras, com o painel de juízes alegando que "com base no que as provas que as partes apresentaram, tal discriminação é necessária, razoável e proporcional com meio da IAAF alcançar o objetivo de preservar a integridade do atletismo feminino em determinados eventos."
Mas o painel ainda disse que a IAAF deve modificar as regras no futuro, utilizando a experiência, já que certos fatores podem afetar as regras em relação a diferenças de desenvolvimento sexual.
O CAS disse ainda que elas são devem se aplicar aos 800m, uma vez que não ficou claro que as mulheres com hiper androgenia tem vantagens nos 400m ou nos 1500m. A IAAF queria o tratamento em todas as provas de fundo.
Assim, a sul-africana precisará se submeter a tratamento médico para baixar os níveis de testosterona se quiser buscar o tri olímpico em Tóquio 2020 ou defender o título mundial em Doha (QAT) esse ano. Após a decisão, Semenya reagiu com um tweet:
— Caster Semenya (@caster800m) May 1, 2019
Ainda é possível um recurso nos tribunais suíços, mas raramente os juízes modificam a decisão do CAS.
Foto: Divulgação
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