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Em ano com cirurgia e até caxumba, Rafaela Silva espera um 2019 saudável para se garantir em Tóquio 2020


Rafaela Silva teve um ano de 2018 bem agitado. A judoca campeã mundial e olímpica quase não competiu no primeiro semestre por conta de uma contusão e passou o restante do ano se recuperando para encontrar a melhor forma que lhe consagrou nos tatames. Presente no prêmio Brasil Olímpico vindo direto da China, onde disputou o World Masters, especialmente para ver a premiação de seu mestre Geraldo Bernardes, ela conversou com o Surto Olímpico sobre a temporada:

"O ano de 2018 foi bem agitado, bem diferente dos outros anos para mim. Depois de 10 anos na seleção eu tive minha primeira contusão séria, fiz cirurgia no cotovelo e não participei do início da temporada do judô. Voltei a tempo de estar representando o Brasil no Mundial, mas não fui tão bem e perdi na primeira rodada. Mas consegui duas medalhas de ouro em Grand Prix, fui campeã Mundial Militar, e cheguei hoje da China após a disputa do World Masters onde fiquei em quinto lugar e saí dessa competição com um gostinho de poder ter chegado mais longe, porque acabei pegando caxumba no dia 1º de dezembro no período de treinos no Japão, tava um pouco debilitada e não estava nas melhores das condições" revelou Rafaela.

A cirurgia no cotovelo foi a mais séria da carreira e Rafaela admitiu que temeu não conseguir voltar a competir em alto nível: "Muitas pessoas falavam para mim que essa é uma contusão séria para um judoca, que é uma recuperação difícil, e quando voltei a competir em maio eu perdi na primeira luta e parecia que as adversárias estavam muito melhor treinadas do que eu. Ainda bem que pouco tempo depois voltei ao pódio e agora quero estar 100% nas competições em 2019"

E 2019 é um ano muito importante para as pretensões olímpicas de todos os judocas. Por isso, Rafaela espera competir o máximo que puder para assegurar sua vaga em Tóquio e espera que na reunião que Federação internacional de judô em janeiro não se mude alguma regra, o que tem acontecido anualmente: "Como a gente começa a competir em fevereiro vamos ter pouco tempo para se adaptar às novas regras, se houver mesmo alteração. Um período muito curto, mas o calendário não para. Já volto a competir no Grand Slam de Paris e vou disputar o máximo de competições que puder, só paro com a minha vaga em Tóquio, se Deus quiser."

E desde 2017 com o backnumber dourado, Rafaela Silva conta que não se vê mais visada pelas adversárias por causa disso: " Mudar algumas coisas no nosso jeito de lutar, temos que mudar sempre independente de ser campeã ou não. Se você ganha de uma adversária hoje, na semana seguinte ela já sabe o que você fez para ganhar dela. Então a gente sempre tem que tentar mudar de uma competição para outra. No ciclo tem sempre muitas lutas com as mesmas judocas e tem que mudar bastante o nosso estilo de luta pra luta, pois chegar em um mundial ou olimpíada e defender o seu título é mais difícil, mas não impossível. Meu objetivo é defender o meu backnumber dourado até 2020."

Rafaela  resumiu o rendimento abaixo do esperado da seleção e seu próprio em uma palavra: Frustrante. Mas acredita que o mundial de 2018 servirá para a equipe ir com muito mais gana no mundial de 2019, que será no Japão: "Sabemos do nosso potencial e da nossa qualidade e no ano que vem teremos a oportunidade de estar em mais um campeonato mundial antes dos jogos olímpicos, e nesse mundial em Tóquio vamos poder ter um noção de como vai ser em 2020, na casa do nosso esporte. Acho que essa competição vai nos ajudar a nos motivar a buscar os resultados que precisamos para manter o judô brasileiro no topo."

Sobre a expectativa para os jogos de Tóquio, Rafaela não falou muito pois quer primeiro garantir a sua vaga. No momento ela quer apenas chegar sem contusões e focada em 2020 e para isso conta com uma boa atuação em 2019: "Estamos a menos de 2 anos dos Jogos olímpicos, e a temporada de 2019 será o momento certo para crescer e chegar bem nas olimpíadas".

Foto: Alexandre Loureiro/COB/Exemplus

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