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Foto: Gustavo Alves/CBAt |
Sairam na sexta-feira (7) os primeiros campeões da Copa Brasil de Meio-Fundo e Fundo, que está sendo disputada em Bragança Paulista.
Duas atletas de clubes gaúchos Luísa Monteiro de Almeida (SOGIPA), de 18 anos, e Fernanda Sandri Schneider (ANR-Ijui/Atletismo), de 16 anos, foram as campeãs dos 3.000 m rasos. Ambas estavam felizes com os títulos e comemoraram muito a conquista e a opção por terem migrado do futebol para o atletismo ainda bem jovens.
Luísa correu os 3.000 m em 10.36.02 - sua quinta medalha de ouro ganha em Copa Brasil (tinha dois ouros nos 5.000 m e mais dois nos 3.000 m com obstáculos). "Estou muito feliz com o meu resultado. Gosto da distância, a mais curta que eu corro. Faço 5 mil e 10 mil e este ano vou correr a minha primeira Meia Maratona", comentou Luísa, que treina com Yuri Fajardo.
Luísa agradeceu até o seu gato Pretinho, "um fofo, resgatado pela família". "Vim do futebol com o apoio dos meus pais, avó, irmã, dinda e treinador. Agradeço a todos e aos profissionais e o meu gato preto, que ganhou o Oscar", brincou, fazendo uma referência ao personagem da animação Flow, premiada na festa do cinema. Luísa corre sua primeira meia maratona, em abril, em Porto Alegre (RS).
Fernanda Schneider (ANR-Ijui/Atletismo) conquistou a sua primeira medalha de ouro na Copa Brasil nos 3.000 m na categoria Sub-18 (10.50.46). "É a primeira vez que ganho, depois da prata em Brasileiro e estou muito feliz. Era um sonho para mim esse ouro - eu treino na rua, em Cerro Largo, e longe do meu treinador Paulo Porshe, que me viu numa corrida de rua e me levou para o atletismo. Eu gostava de futebol, mas o atletismo foi ficando sério e eu fiquei", disse Fernanda.
Dois jovens atletas de 14 anos foram os primeiros campeões da Copa Brasil Loterias Caixa de Meio-Fundo e Fundo, nos 1.000 m, da categoria Sub-16. A paulista Anne Caroline Mendes Franco, da AD Centro Olímpico-SP, venceu os 1.000 m com 3.05.33, e o baiano de Camaçari Micael Diogo dos Santos, que treina no Clã Delfos, em Belo Horizonte (MG), a prova masculina da distância, com 2.49.85.
Anne Caroline foi abraçada pelas colegas de clube. Comentou que era bailarina, no quinto ano do curso de balé clássico no Teatro Municipal de São Paulo, quando migrou para o atletismo. Seus pais são corredores de rua, uma amiga da mãe indicou Anne para uma peneira no Centro Olímpico, ela passou e gostou. Adotou o atletismo, treina com Rodrigo Novaes e comemorou o seu primeiro título de Copa Brasil. "Fui bronze nos 1.000 m com obstáculos no Brasileiro Sub-16 de João Pessoa em 2024", contou.
Micael Diogo dos Santos é atleta há três anos e também ganhou seu primeiro título de Copa Brasil. Comentou que é um corredor de 5.000 m, que migrou das corridas de rua para as pistas descoberto pelo treinador José Mauro Valente (que foi campeão pan-americano) na Bahia. "Ele me viu e me convidou para treinar", observou o garoto que tem como 'espelho' nas provas de fundo Altobeli da Silva.
Os campeões dos 800 m foram Mayara dos Santos Leite e Eduardo Ribeiro Moreira, ambos do EC Pinheiros, de São Paulo. O Brasil tem conquistas importantes nesta prova, com as do campeão olímpico Joaquim Cruz, o campeão mundial Zequinha Barbosa e o campeão pan-americano Agberto Guimarães, todos com muitos resultados internacionais expressivos.
Mayara foi a campeã dos 800 m, com 2.06.84, com uma chegada muito forte no final. "Eu já venho treinando para virar rápido. Foi a minha primeira prova do ano e ainda tenho para melhorar, mas sei que estamos no caminho certo. Meu objetivo é melhorar a minha marca (2.04) e conseguir a vaga no Sul-Americano de Mar Del Plata", disse Mayara, de 29 anos, que treina com Clodoaldo Lopes do Carmo.
Mineiro de Lavras, Eduardo Ribeiro Moreira, o Dudu, foi o campeão dos 800 m, com 1.46.63. Dudu, de 24 anos, que também treina com Clodoaldo Lopes do Carmo, passou 40 dias na altitude de Cochabamba, na Bolívia (cidade a 2.600 m acima do nível do mar). "Cheguei há cinco dias e queria acertar uma corrida para 1.45 logo na primeira prova do ano, mas não larguei bem e passei fraco na primeira volta. Se tivesse em 'coelho' puxando a prova acredito que já sairia agora 1.45", disse Dudu, que estava fazendo treinos de volume e agora vai entrar numa fase mais específica para os 800 m, nos treinamentos em Bragança Paulista, onde vive.
Sua melhor marca pessoal é 1.45.10 (7/5/2023), do Troféu Adhemar Ferreira da Silva. Seus focos na temporada são o Sul-Americano Adulto de Mar Del Plata, Argentina, em abril, e o Mundial de Atletismo de Tóquio, Japão, em setembro.
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