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WSL inicia temporada com iniciativas consolidadas para sustentabilidade

 

WSL inicia temporada com iniciativas consolidadas para sustentabilidade
Foto: Daniel Smorigo/WSL


A temporada de 2025 da WSL começou na última semana em Pipeline, no Havaí. De olho em mais um ano repleto de disputas nas ondas, na atual temporada a organização mira mais uma vez seguir cultivando a sustentabilidade. A busca será por fazer crescer o legado em torno das ações sustentáveis realizadas nos últimos anos, quando a WSL retirou 26 toneladas de lixo dos oceanos além de ter restaurado mais de 110 mil corais.

Desde 2018, inclusive, a liga já compensou mais de 29 mil toneladas de emissões de CO2, o que equivale a plantar e cultivar mais de 480 mil árvores durante 10 anos. 

Uma das principais iniciativas da organização para promover a sustentabilidade tem sido o WSL One Ocean, que atua em âmbito global e inclusive organizou diversas ações de sustentabilidade durante a temporada de 2024 do Championship Tour (CT). 

Ao todo, pouco mais de 4.500 voluntários estiveram envolvidos nas ações e mais de 53 mil hectares de terras foram restauradas, incluindo a proteção de ecossistemas de surfe nos 17 locais onde a liga esteve, como Brasil, Austrália, Fiji, Taiti, Estados Unidos, El Salvador, Portugal e Havaí. 

Ainda no ano passado, o Programa Ambiental das Nações Unidas reconheceu o WSL One Ocean como um ator da Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas – entre os anos de 2021 a 2030 – proclamada como um período dedicado à criação de um esforço unido para a implementação de soluções sustentáveis aos ecossistemas e oceanos do mundo. 

Destaque também no Brasil e na América Latina

As medidas para preservação do meio ambiente são evidentes no Brasil. Na Praia de Itaúna, que recebeu a oitava etapa do Championship Tour em 2024, por exemplo, a liga intensificou as ações de sustentabilidade. Por meio da WSL One Ocean, uma limpeza no manguezal da Lagoa de Saquarema foi realizada, local estrategicamente importante para a economia da região.

As iniciativas envolveram estudantes de escolas públicas, membros da equipe da WSL e competidores estrangeiros, casos de Imaikalani deVault, Barron Mamiya, Seth Moniz e Bettylou Sakura Johnson, do Havaí, juntamente com Liam O´Brien, da Austrália, e Matthew McGillivray, da África do Sul. 

Durante os oito dias de evento, no total, mais de 3 toneladas de resíduos foram reciclados. Este número representa que 99% dos materiais foram reaproveitados. Houve ainda a entrega de quilhas e abrigos de ônibus para o município, produzidos através da reciclagem de 590 kg de lonas e 90 kg de presilhas, todas retiradas da estrutura do Vivo Rio Pro 2024. 

"Além da filosofia de ser uma liga sustentável, nosso esporte é praticado no oceano e assim se torna legítima nossa preocupação de protegê-lo. Desta maneira, criamos alguns planos para minimizar o impacto ambiental. Uma das formas de fazermos isso é apoiando com recursos ONGs parceiras, outra é através de nossos eventos que são produzidos com práticas sustentáveis que deixam legado e também engajando nossos atletas na causa” , falou Ivan Martinho, presidente da WSL na América Latina.

“A WSL tem mostrado o quanto o esporte tem potencial para promover ações sustentáveis na prática. Toda ação importa, e o esporte consegue unir pessoas e chamar atenção para a necessidade de aplicar o pensamento e as práticas ESG. Vi isso acontecer nas experiências com o Recicla Junto e o Criciúma E.C., quando unimos a paixão pelo esporte e o respeito pelo meio ambiente, o resultado sempre é positivo”, comenta Augusto Freitas, CEO da Cristalcopo.

Competições menores também recebem atenção

Tamanho sucesso fez com que o braço na América Latina da WSL expandisse as atividades de sustentabilidade de maneira intensa no Challenger Series (CS) e no Qualifying Series (QS). Nas cinco etapas do Circuito Banco do Brasil de Surfe, válidas pelos QSs, a WSL LATAM teve a participação de 35 ONGs e projetos, 19 iniciativas locais, recolheu 100 kg de lixo das praias, neutralizou a pegada de carbono para equilibrar as emissões de gases de efeito estufa em ações baseadas em três pilares (sustentabilidade ambiental, diversidade e igualdade e performance & governança) e quatro compromissos (carbono neutro, banimento plástico descartável, diversidade & inclusão e preservação ambiental).

Uma dessas iniciativas envolveu a recuperação de 164 kg de lonas dos eventos, que se transformaram em 200 unidades de kits de higiene pessoal distribuídos no projeto da Igreja do Galo, na Cidade Alta, em Natal (RN), local que recebeu a última edição do ano passado. 

A ação atendeu 151 famílias em situação de rua. Coube a Flor da Kantuta, uma iniciativa de mulheres imigrantes bolivianas em São Paulo costurar manualmente as 200 necessaires que, posteriormente, foram compradas pela própria WSL para dar continuidade no projeto. 

Desta forma, a liga contribuiu e impactou, em uma mesma ação, dois projetos sociais distintos. Cada bolsa carregava cinco itens básicos para higiene pessoal: escova de dente, creme dental, shampoo, condicionador e sabonete. O estojo também pode ser utilizado para guardar documentos e objetos pessoais. 

Outras missões como a gestão de resíduos responsável e incentivo a negócios locais na contratação de cooperativas de reciclagem; conservação e preservação de ecossistemas e praias do litoral; oficinas de educação ambiental para gerações futuras, com projetos locais que ensinam pela experiência prática; e a implementação do programa pioneiro de Diversidade, Equidade e Inclusão no esporte também foram realizadas. 

Os eventos também fomentam o surfe inclusivo por meio de projetos locais que atendem crianças e adultos com deficiência cognitiva e motora, síndrome de Down e autismo, além de trazerem o WSL Novas Ondas, iniciativa em que jovens atletas da região ganham a chance de bater um papo e surfar com profissionais da modalidade e grandes promessas do esporte. Já participaram personalidades como Tainá Hinckel, Ian Gouveia, Laura Raupp, Sophia Medina e Cauã Costa.

“Há cada vez mais iniciativas em prol da sustentabilidade em diferentes modalidades, assim como uma tendência de crescimento da integração dos valores ESG ao ambiente esportivo. Isso permite ampliar a conscientização da sociedade em torno das questões ambientais, vide a visibilidade que o esporte pode proporcionar para a causa”, ressalta Vanessa Pires, CEO e fundadora da Brada, empresa que auxilia investidores a apoiarem projetos de impacto positivo.

WSL e NBA juntas

Recentemente, em parceria com a National Basketball Association (NBA), a WSL lançou o “Nets for Change”, uma iniciativa visionária no Brasil com o propósito de reaproveitar redes de pesca subaquáticas, as chamadas redes fantasmas, para uso em quadras de basquete em São Paulo. As redes de pesca descartadas, que representam uma ameaça aos ecossistemas marinhos, estão sendo reutilizadas para compor as cestas, elemento fundamental do jogo, nos ambientes que carecem dessa estrutura.

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