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Vasco Ribeiro impedido de competir: WSL recua e surfista questiona decisão

Vasco Ribeiro sofre punição por recusa de teste antidoping (Foto: Reprodução)
Vasco Ribeiro sofre punição por recusa de teste antidoping (Foto: Reprodução)

A volta de Vasco Ribeiro às competições de surfe foi abruptamente interrompida. O surfista português, que estava confirmado na etapa do Pro Taghazout Bay, no Marrocos, viu seu nome ser retirado do quadro de baterias poucas horas antes do evento. A decisão, tomada pela World Surf League (WSL) seguindo as normas da Associação Internacional de Surf (ISA), deixou Ribeiro indignado e levantou questionamentos sobre os critérios utilizados pela entidade.

Uma reviravolta inesperada

Após cumprir um ano de suspensão devido à recusa de realizar um teste antidoping em 2023, Vasco Ribeiro recebeu a confirmação de que poderia competir novamente. O convite da WSL para participar do Qualifying Series (QS) indicava um retorno antecipado do surfista, que havia sido originalmente punido até 2026. No entanto, a decisão foi revista de última hora, e o atleta foi impedido de entrar na água no Marrocos.

Nas redes sociais, Ribeiro expressou sua frustração:
Foi com enorme surpresa e desilusão que recebi a notícia. Apesar de ter tido confirmação formal da WSL de que poderia regressar à competição, fui impedido de competir no Pro Taghazout Bay poucas horas antes do início do evento.
O surfista destacou ainda que a mudança de decisão ocorreu sem que ele tivesse a chance de se manifestar:
A WSL reviu sua posição com base em informações e pressões agora apresentadas pela ISA. Cumpri todas as exigências para meu regresso e respeitei as decisões das entidades reguladoras. É difícil aceitar uma mudança repentina de critérios sem explicações claras.


O caso de doping e a punição ampliada


Vasco Ribeiro foi suspenso pela ISA em 2023 após se recusar a realizar um teste antidoping em abril de 2022. O surfista admitiu ter ingerido álcool, maconha e cocaína na noite anterior e, temendo um resultado positivo, optou por não fazer o exame, seguindo um conselho equivocado de seu treinador. Pelas regras da entidade, um teste positivo para drogas recreativas resultaria em apenas três meses de suspensão. No entanto, a recusa ao teste levou a uma punição muito mais severa: três anos fora das competições oficiais, com validade até 2026. O Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) manteve a sanção, confirmando a penalidade máxima.

Apesar da punição imposta pela ISA, a WSL decidiu antecipar o retorno de Ribeiro às competições. No entanto, segundo o surfista, a entidade acabou cedendo à pressão da ISA, que, por ser vinculada ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e responsável pela organização do surfe nos Jogos Olímpicos, teria exigido o cumprimento integral da suspensão. Embora sejam independentes, WSL e ISA mantêm uma colaboração em políticas antidoping, o que, segundo Vasco, pode ter influenciado na mudança de postura da liga, resultando em sua exclusão do evento poucas horas antes do início.

O futuro de Vasco Ribeiro

Apesar da frustração, Vasco Ribeiro mantém a esperança de voltar ao surfe profissional:
Toda a preparação e dedicação para este momento foram abruptamente postas em causa, o que torna tudo ainda mais difícil de aceitar. Apesar da frustração, sigo focado no futuro e com esperança de que tudo se resolva rapidamente.
O surfista português segue sem perspectivas claras de retorno às competições oficiais, mas não descarta buscar outros meios para reverter a decisão. O desfecho do caso segue em aberto, enquanto o mundo do surfe observa atentamente os próximos passos da WSL e da ISA. 

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