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Atletas olímpicos do Brasil iniciam temporada internacional no Sul-Americano Indoor de atletismo

Atletas olímpicos do Brasil iniciam temporada internacional por Sul-Americano Indoor de atletismo
Foto: Wagner Carmo/CBAt 




O Atletismo Brasil disputará a quarta edição do Campeonato Sul-Americano de Cochabamba, na Bolívia, sábado e domingo (22 e 23/2), com 37 atletas (17 mulheres e 20 homens), brigando para manter a hegemonia continental. O Brasil conquistou o tricampeonato em 2024, também em Cochabamba, cidade que tem a única pista oficial indoor da América do Sul, com 244 pontos (136 no feminino e 108 no masculino) e 26 medalhas (13 de ouro, 7 de prata e 6 de bronze). 

O público fã do atletismo poderá acompanhar ao vivo a disputa na TV Atletismo Brasil, canal do YouTube da CBAt, com narração e comentários em português. E a estreia da saltadora Valdileia Martins (ORCAMPI-SP) na temporada internacional - o salto em altura será disputado no domingo (23/2), na quarta etapa, que encerra a competição. 

Valdileia Martins ganhou notoriedade quando igualou o recorde brasileiro feminino mais antigo e conquistou a vaga para a final do salto em altura, no Stade de France, nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Val passou pela qualificação com 1,92 m, seu recorde pessoal e mesma marca de Orlane Maria dos Santos, estabelecida há quase 35 anos, em 11 de agosto de 1989 – o ano de nascimento da saltadora. Um entorse no pé esquerdo não permitiu que Valdileia saltasse na final olímpica. A atleta também enfrentou a morte do pai e incentivador Israel Martins, enquanto estava em Paris.

"A Val ainda está insegura em relação a lesão no pé, mas precisa competir para voltar a adquirir confiança. Esse é nosso objetivo para esse início de temporada e depois treinar para competir bem o Sul-Americano outdoor na Argentina", afirmou o treinador Dino Cintra Dino de Aguiar Filho, com quem Val, como é conhecida na modalidade, treina no Centro Nacional Loterias Caixa de Desenvolvimento do Atletismo, em Bragança Paulista, São Paulo.

Valdileia, de 34 anos, nasceu em Querência do Norte (PR). Sua história ficou conhecida após a qualificatória olímpica. A saltadora nasceu e foi criada em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) – Pontal do Tigre. Foi o pai quem a incentivou no esporte. Ele montou um setor de salto improvisado, com sacos cheios de palha de arroz para substituir o colchão, e varas de pescar no lugar do sarrafo.

Com 14 para 15 anos, foi para Maringá, onde teria mais condições de se desenvolver no atletismo. Em 2010, transferiu-se para São Caetano do Sul - treinou com José Antônio Rabaça - e, depois, para Bragança Paulista. Mas Valdileia virou orgulho da cidade e do assentamento, ainda que só volte para lá nos curtos períodos de férias.

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