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Antônia relembra partida que jogou lesionada na Olimpíada de Paris: 'joguei pela minhas companheiras e pela família'

Rafael Ribeiro/CBF


A lateral e zagueira Antonia relembrou um dos momentos mais marcantes da olimpíada, quando jogou 14 minutos lesionada na partida decisiva contra a Espanha na fase de grupos. Depois da partida, descobriu-se que a jogadora fraturou a fíbula, o que tornou o feito de Antonia impressionante

"Foi um jogo que me marcou muito, porque ali todos viram que a Antonia é entrega, é garra, é uma pessoa que joga muito com a emoção, com o coração, com o sentimento de representar bem o meu país. Nada poderia me descrever melhor do que aquele momento de pura garra. Eu tinha dor, mas sabia que, pelas minhas companheiras, se a gente conseguisse passar de fase, elas iam dar esse retorno pra mim e para as outras meninas que se contundiram, a Tamires e a Rafaelle”,

aos 45 minutos do segundo tempo, Antonia acabou se chocando com Gabi Portilho e sentindo muitas dores. Um exame rápido à beira do campo não detectou nada de muito grave e Antônia aguentou as dores e continuou em campo por 14 minutos. Antonia fez esse esforço porque as substituições tinham se esgotado e Marta tinha sido expulsa no primeiro tempo, e ela se esforçou para não deixar o Brasil com nove jogadoras. Com dores, foi para o ataque para segurar uma ou duas jogadoras da Espanha na defesa para evitar que ela puxasse algum contra-ataque.

Antonia hoje admite que se soubesse que tinha fraturado algum osso na hora, não teria ficado em campo, já o que risco de agravar a lesão foi muito grande: “Ali, no calor do jogo, eu com o corpo quente, a gente achou que seria alguma outra coisa, um problema muscular ... porque a saúde do atleta está sempre em primeiro lugar e jamais isso aconteceria se soubéssemos da fratura."

Antonia acredita que seu esforço naquele momento ajudou a motivar as outras jogadoras a continuarem e conseguirem a ótima campanha, que só parou nos Estados Unidos na decisão:  "Ali, eu coloquei toda emoção, todo o meu sonho que é representar o país, foi isso que me fez segurar ali dentro de campo por praticamente 15 minutos, foi pelas minhas companheiras, pela minha família, pelo Brasil. Isso foi fundamental pra me dar forçar e fazer eu continuar e graças a Deus deu certo. Eu acredito que foi esse momento que fez me ganhar a medalha olímpica junto com as minhas companheiras.”


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