Foto: SLS
Se as duas medalhas de bronze em Paris já fizeram do skate um destaque do esporte brasileiro na Olimpíada propriamente dita, o ano da modalidade além dos Jogos foi ainda mais mágico. Apenas entre as versões presentes no programa olímpico (street e vertical), o país conquistou quatro títulos mundiais. Só um deles, contudo, ganhou transmissão ao vivo em TV aberta para o país, que foi identificado pela Ipsos como o maior entusiasta do esporte no planeta na atualidade.
No domingo (15), a conquista de Rayssa Leal na SLS, a Liga Mundial, foi exibida pela TV Globo dentro do Esporte Espetacular. E correspondeu de forma magnífica na audiência. O fato de ter sido ajudada pela entrega do Viver Sertanejo, comandado por Daniel, depõe ainda mais a favor do skate. É um sinal de que a modalidade não deve ser vista “apenas” como um chamariz de renovação trazendo a juventude, mas que também possui capacidade de reter a atenção do público mais tradicional da televisão aberta com igual eficácia. Na medição minuto a minuto, o EE viu seus índices caírem justamente após a transmissão do Ibirapuera ser finalizada para a entrada de VTs sobre, entre outros temas, até o futebol nacional.
Na média, foram 10 pontos registrados tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro. Essa padronização dos números entre as praças é mais um sinal exitoso específico do skate. O automobilismo, que historicamente ocupou as manhãs dominicais da Globo, habitualmente se mostra muito mais aceito entre os paulistanos, o que vem se mantendo na Band.
O sucesso de público torna difícil a compreensão de que outras etapas da própria SLS não sejam exibidas ao longo do ano, especialmente considerando a passagem por cidades em que o fuso horário não causaria nenhum problema na grade de programação. A etapa paulistana contou com o patrocínio do Banco do Brasil na Globo e de outras grandes marcas para o evento propriamente dito, o que evidencia também o potencial de mercado.
O Mundial da World Skate, realizado em Roma, já havia tido as consagrações da própria Rayssa e de Augusto Akio e Raicca Ventura (esses no park) também restritas como conteúdo por assinatura mesmo em tardes de sábado e domingo, respectivamente. Sem a imprevisibilidade de horário do surfe ou de duração do vôlei, motivos historicamente alegados como complicadores para incursões com outras modalidades, fica a expectativa de que o skate possa ter a oportunidade de colaborar com os índices de audiência por mais vezes em 2025.
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