Foto: Gabriella Garbim/ECP |
O nadador Manoel dos Santos, medalha de bronze (100m livres) na Olimpíada de 1960, em Roma, ficou ainda mais cidadão paulistano. Na manhã da última segunda-feira (14), em solenidade presidida pela pinheirense e vereadora Cris Monteiro, Maneco, como era chamado pelos amigos, recebeu a Medalha de Honra ao Mérito Desportivo.
A solenidade, realizada no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo, contou com as presenças dos presidentes Carlinhos Brazolin (diretoria), Guilherme Domingues de Castro Reis (conselho) e do ex-presidente Cezar Roberto Leão Granieri (Betinho), além dos filhos Marcelo e Maurício.
“A natação literalmente me salvou. Como fui criado por tias, não podia fazer nada na rua. Era toda hora, Maneco ” vai pegar gripe, não toma sol, vento, fica aqui dentro de casa. E ai pegava tudo que era doença. Quando comecei na natação em Guararapes, era porque tinha bronquite, logo me transferi para Rio Claro porque sempre tive vontade de competir. E lá começou minha vida esportiva. Depois, em 1958, me transferi para Sâo Paulo e até hoje estou aqui. Agora me sinto ainda mais um cidadão paulistano”, afirmou o orgulhoso Maneco, que foi nosso primeiro medalhista olímpico.
Maneco é simplicidade pura. Ao tomar um café pelas lanchonetes do Clube, conversar com amigos quando faz caminhada na piscina externa ou atender um jornalista para uma declaração. E não foi diferente na sua homenagem na Câmara Municipal. Lembrou com detalhes no dia em que bateu o recorde mundial dos 100m Clube de Regatas Guanabara, no Rio. “Cheguei para a prova e tinha pouca gente. Quando voltei trocado de roupa, tinha mais de três mil pessoas me esperando para ver eu bater o recorde. Fui lá e fiz o melhor tempo 53s06”, lembrou. Depois o americano Stephen Clark quebrou o recorde do brasileiro ao fazer 53s03.
O presidente do Pinheiros, Carlinhos Brazolin, que no sábado passado teve um encontro com Maneco e Alison dos Santos, o Piu, aqui no Clube, também enalteceu a atitude da Cãmara em homenagear Manoel dos santos. “Manoel já é um cidadão paulistano há muito tempo. Aqui escolheu para ser sua casa, abrir seus negócios e criar os filhos – estavam presentes Maurício e Marcelo.
Nesse ano olímpico em que o Pinheiros conquistou oito medalhas – sendo quatro por equipe no judô – faltava a cereja no bolo. E essa cereja foi para o nosso primeiro medalhista. Manoel dos Santos foi inspiração para César Cielo, Gustavo Borges, Xuxa e tantos outros nadadores. É o nosso maior ídolo”, disse Brazolin. Depois completou. “Essa homenagem linda ao nosso Maneco, completa com chave de ouro nosso ano olímpico”.
Luiz Eduardo Cardia, também pinheirense, do Sindiclube, foi um dos integrantes da comissão que escolheu o nome de Manoel dos Santos para a homenagem. “Quando surgiu a ideia de homenagear um atleta olímpico, logo veio na minha mente o nome do Manoel dos Santos. Foi aprovado por todos essa homenagem a ele que além de ter sido um grande atleta foi um grande empresário e pai”, concluiu Cardia.
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