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Tiro esportivo chega aos Jogos Paralímpicos em Paris em ciclo de primeiro pódio em Mundial

Tiro esportivo chega aos Jogos Paralímpicos em Paris em ciclo de primeiro pódio em Mundial
Foto: Wallace Teixeira/CPB


Os atletas representantes do Brasil no tiro esportivo disputarão os Jogos Paralímpicos de Paris em busca da primeira medalha nacional desse esporte no megaevento. Para isso, o país contará com o paulista Alexandre Galgani e o capixaba Bruno Kiefer, dois atiradores que integraram o trio que obteve o primeiro pódio brasileiro em um Mundial da modalidade. 

A conquista veio no Mundial disputado em Lima, no Peru, em setembro. Ao lado da catarinense Jéssica Michalack, Alexandre e Bruno obtiveram a medalha de bronze por equipes na prova R4 Carabina de Ar – 10m – posição em pé SH2, resultado inédito para o país. A disputa por equipes, porém, não faz parte do programa dos Jogos Paralímpicos. 

Nas disputas individuais, o ciclo teve entre seus destaques Alexandre na primeira colocação dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, no Chile, na mesma prova do bronze mundial, resultado que assegurou sua qualificação para Paris. Ele também conquistou uma medalha de prata na prova R5 carabina de ar –10m – Posição deitada SH2. 

“Agora é reta final. Estamos fazendo os últimos ajustes e me sinto muito preparado. Consegui fazer um ciclo completo e com treino muito reforçado, bem intenso. Peguei finais em mais de uma prova em etapas de Copa do Mundo na Índia e na Coreia. Nas disputas individuais de Mundiais, também cheguei a finais e consegui a sétima colocação tanto nos Emirados Árabes, em 2022, como também no Peru, em 2023. Agora é buscar novamente estar entre os oito em Paris para chegar a mais uma final e, se Deus quiser, garantir um pódio”, afirmou Alexandre Galgani, único brasileiro a representar o país nos Jogos de Tóquio 2020 na modalidade, ocasião em que obteve a 10ª colocação na prova R5 carabina de ar –10m – Posição deitada SH2. O atleta tem uma deficiência desde os 18 anos, quando mergulhou em uma piscina, bateu a cabeça no fundo e sofreu uma lesão na coluna, perdendo os movimentos do corpo. 

“Foi um ciclo de treinos constantes, muitos campeonatos para os quais o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) nos levou. Estamos com muito ritmo de competição, o que é muito importante. Além disso, tivemos apoio profissional fundamental, da equipe de psicólogos, dos treinadores. Sinto que chego muito preparado para dar o meu melhor e o resultado vai ser consequência disso”, afirmou Bruno Kiefer, que tem paralisia cerebral, afetando movimentos dos membros inferiores e superiores, especialmente o lado direito do corpo. 

“Estamos observando melhora na pontuação de nossos dois atletas. Chegamos aos Jogos com expectativa real de buscar uma medalha, sabendo que não é fácil. O tiro esportivo paralímpico evoluiu em todo o mundo e, para chegar à final, nossos atletas terão de bater recordes brasileiros. Porém vemos possibilidade real de isso acontecer, porque isso vem acontecendo nos treinos muitas vezes. Chegando à final, as chances são iguais para todos.”, disse James Walter, coordenador do tiro esportivo no Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

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