Eu atirei contra a Simone Biles. Ele é um cara fantástico, já tem dois ouros só aqui em Paris e eu sabia que não podia dar espaço para ele. O espaço que eu tinha era de empate na verdade. Ele fez um 29 e o resto 30, eu tinha que ter acompanhado.
O brasileiro empatou no primeiro set por 29-29 e perdeu os outros três, em que Kim foi perfeito. O encontro entre os dois, no entanto, ocorreu mais cedo que o esperado antes dos Jogos começarem. Isso porque Marcus não foi bem na rodada inicial que estipula os rankings para o decorrer da competição, dando margem ao azar de cair na mesma chave do segundo colocado do mundo.
Eu paguei o preço de não ter feito um classificatório tão bom assim, de lançar um pouco abaixo e acabei pegando [Kim] nas oitavas. Se eu tivesse outra chave, talvez seria tudo diferente. [...] O que eu levo de experiência desses jogos é o classificatório, não dar esse vacilo de novo.
Mesmo com a derrota, Marcus tem a melhor marca do Brasil em Jogos Olímpicos. Foto: Wander Roberto/COB |
Com apenas 26 anos, Marcus já está em sua terceira edição de Jogos Olímpicos. Com as oitavas de final, se igualou a melhor marca brasileira conquistada por ele mesmo em Tóquio 2020 e sua colega de equipe, Ana Luiza Caetano, em Paris. Contudo, o atleta ponderou que, apesar de ter boas condições de treino, é preciso investir em infraestrutura que propicie a competição por medalhas com grandes potências do arco, como a Coreia do Sul:
Ele [Kim] é o recordista olímpico, então é fruto de investimento e estrutura. Eles são mais avançados que a gente nesse sentido. Eu sou muito agradecido por todo mundo que me apoiou, meus patrocinadores, a Confederação, mas tem que continuar investindo e mais forte para gente alcançar mais resultado. Mais acesso à tecnologia, mais acesso a conforto também, porque o que não falta é o conforto para Coreia, mais tranquilidade.
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